Capítulo 11

573 93 22
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Quando chegamos na rua de nossa casa, Camille soltou a minha mão e me fez virar de frente para ela, me encarando silenciosamente, com uma pergunta brilhando em suas iris

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Quando chegamos na rua de nossa casa, Camille soltou a minha mão e me fez virar de frente para ela, me encarando silenciosamente, com uma pergunta brilhando em suas iris.

- E agora? - Sua voz soou evasiva, enquanto um suspiro escorria de meus pulmões.

Pisquei, pensando no que dizer. Certo, e agora? Não havia uma resposta para isso, pois não tínhamos parado para pensar a respeito do depois. Do depois do beijo, na noite após o mirante, no dia seguinte, nem na próxima semana. Porque, naquele momento, não existia o depois.

- Não sei. - Consegui dizer, em meio a mais suspiros entrecortados. - Amigas?

- Amigas não trocam saliva, Lauren. - Camille rangeu, e era como se ela já soubesse o que eu deveria dizer, mesmo que particularmente eu não fizesse ideia do que era.

- O que você quer dizer com isso? - Arqueei as sobrancelhas. - Não é como se fossemos nos casar por causa de um beijo.

- É sério isso? - Ela abriu a boca em uma expressão indignada.

- Camille, ir devagar... Você conhece a expressão? - Tentei fazer uma piada, deixar as coisas mais leves, porém, ela pareceu ficar ainda mais irritada.

- Como quiser, então. - Ela bufou, contrariada, e saiu em disparada em direção a sua casa.

- Camille, espere... - Dei alguns passos em sua direção, arrependida do tom que usei. Não era assim que eu imaginei que isso iria acabar, na verdade eu nem sabia o que esperar disso.

- Você sempre frisa o quanto eu sou uma idiota, mas agora é você quem está sendo uma babaca insensível, Lauren Jauregui. - Ela gritou para mim do outro lado da rua, e marchou para sua casa sem olhar para trás.

Engoli em seco com suas palavras, absovendo-as. Provavelmente pensaria nelas até adormecer. Já não bastava a quantidade de problemas que eu tinha, havia conquistado mais um. Um problema barulhento e temível como um furacão, mais conhecido como Camille Cabello.

[...]

Encontrei vovó sentada em sua poltrona de canto assistindo alguma reprise barulhenta de uma novela mexicana. As luzes estavam apagadas e o único clarão vinha da tv. Caminhei até o carpete e ela arqueou a cabeça ao me notar, fazendo seus cabelos grisalhos balançarem com o movimento.

OutbreakWhere stories live. Discover now