Dois.

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Kara se encontrava completamente desesperada, seu coração parecia que iria sair pela boca e a ansiedade em seu corpo gritava, junto com sua mente que não parava de girar, fazendo com que sua pressão ficasse baixa e, consequentemente, a levando a um desmaio, logo sendo socorrida pelas enfermeiras presentes. Quando acordou e viu todo mundo no quarto, automaticamente lembrou do ocorrido, fazendo seu corpo se levantar rápido e ficar sentada na cama de hospital.

— Cadê aquela mulher?! Vocês já entraram em contato com ela? — perguntou rapidamente, ainda meio tonta.

As mulheres da sala se olharam e depois olharam para a loira.

— O que foi?! — indagou Kara, começando a ficar nervosa.
— Kara, você ficou desacordado por 3h, nesse tempo tentando entrar em contato com a Lena, mas a secretária dela nos informou que ela tinha uma reunião e, infelizmente, era em outro país, na Holanda, especificamente em Amsterdam. Ela nos informou que Lena vai ficar por lá por, no máximo, duas semanas, totalmente incomunicável. — Carina explicava calmamente, esperando a paciente surtar.

Kara tremeu o olho, como um tique nervoso, sua respiração ficou falha e seu coração acelerou.

— Vocês estão me dizendo que usaram meus genes e inseminaram uma outra mulher e agora eu não tenho contato com ela?! — Kara falava com um tom sério, não acreditando que aquilo estava acontecendo. — Que irresponsabilidade do caralho! Eu vou processar esse hospital e essa enfermeira! — vermelha de raiva, a loira apontava para Ava, que engolia seco.  — Eu nunca vi tanta irresponsabilidade em um lugar. — ela se levantava da cama, ajeitando suas roupas. — Porra, puta que pariu!

Com a loira já em pé, ninguém se atreveu a chegar perto, Kara estava vermelha de raiva e quase soltava fumaça pelas orelhas.

— Quem é essa Lena? — perguntou a loira, tentando não soar grosseira mas falhando miseravelmente.
— Lena Luthor.
— Lena Luthor a CEO da L-corp? — as enfermeiras concordaram com a cabeça.
— A babaca que me empurrou e nem pediu desculpas é a CEO da Lcorp? — Kara repetia, tentando acreditar.
— Isso mesmo, Kara. — Carina disse, a italiana estava com receio dos próximos passos da loira.

Kara encourou as mulheres no quarto, pegou seu casaco e saiu pela porta, antes de sair completamente, parou e se virou para Ava, séria, quase chorosa.

— Espere que um processo vai chegar pra você logo. — sem dizer mais nada a loira saiu pela porta, agora conseguindo respirar, agora deixando algumas lágrimas rolarem seu rosto, chorava de raiva, chorava porque essa era sua última chance de ter um filho e deu tudo o mais errado possível, agora ela não poderia tentar de novo, economizou por quase 2 anos para juntar esse dinheiro e tentar realizar seu sonho. Kara sentia todos os sentimentos naquele curto caminho até seu carro, mas o sentimento que mais se destacava era a ansiedade para saber se a inseminação tinha dado certo.

Do outro lado do mundo, Lena se encontrava na cama com outra mulher, especificamente Lauren Lance, a filho do embaixador qual estava tentando fechar um acordo milionário. Lena nunca foi o tipo de mulher para namorar, ela queria todas, queria sexo, nunca compromisso, então nunca ninguém via Lena Luthor sozinha, estava sempre acompanhada, exceto nos últimos meses, quando a morena parou de aparecer publicamente com homens e mulheres por conta de sua mãe, Lillian Luthor, que pegava no pé da filha dizendo que não era uma boa imagem para a empresa.

Amsterdam tinha seus encantos, mas Lena gostava mesmo era do que as Holandesas tinham no meio das pernas, nada mais importava. A morena, meio sonolenta, sentiu seu celular vibrar embaixo do travesseiro, levantou-se com cuidado para não acordar Lauren e foi até a varando da sala para atender. O dia quente já se mostrava, os carros, os gritos, o barulho indicava que o dia havia começado cedo para a maioria e Lena gostava disso, gostava das pessoas serem donas da sua própria vida, porque ela mesma se sentia presa e controlada por sua mãe, desde criança ela tinha que ter um comportamento certo, sendo preparada desde os 7 anos para assumir a presidência da empresa ela nunca pode escolher de fato o que queria, sua vida inteira era uma farsa.

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