➵ 6. Echoes of the Mask

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Calina Sartori
Dias atuais...

— Tire sua roupa. — Lentamente ele me colocou no chão do meu quarto.

Suas mãos vieram até a barra do meu vestido o puxando para cima. Apenas uma peça de lingerie o impedindo de ver meu corpo completamente nu e com um sorriso nos lábios ele observou a calcinha vermelha trabalhada na renda. Sua cor favorita, como se eu estivesse o aguardando aparecer essa noite. Senti a pressão se instalar no meio das minhas pernas no momento em que ele tocou meu seio direito apertando levemente o bico. Meus lábios se abriram em um gemido enquanto eu observava sua expressão de prazer.

— Para quem se arrumou essa noite, senhora Sartori? — Meus lábios se curvaram em um sorriso. — Definitivamente não foi para mim, não é?

— Claro que não. — E outra vez ele apertou ainda mais forte o meu seio. — Eu queria foder outra pessoa.

Rodando meu corpo ele se colocou em minhas costas fazendo seu corpo ficar completamente colado ao meu. Sua mão agarrou meu pescoço o fazendo ir para trás enquanto ele distribuía beijos por toda a extensão da minha pele. Permaneci com minhas mãos completamente paradas. Estávamos nesse maldito jogo há quase dois anos. Sabia exatamente qual era a forma que ele gostava ou quando eu deveria assumir a liderança. E desde o início vendo sua expressão eu já sabia que hoje seria o dia da submissão.

Sua mão descia lentamente entre meus seios, tocando minha barriga e ao finalmente tocar onde eu queria, senti cada poro do meu corpo se dilatando. Mordi meu lábio inferior tentando conter um gemido alto. Mas quando sua outra mão tocou meus lábios eu sabia que ele queria ouvir. Queria que eu gritasse seu nome no momento em que rodou seus dois dedos no meu clítoris.

— Ai meu Deus... — Sussurrei jogando meu corpo para trás me apoiando em seu peitoral.

— Queria foder outra pessoa, boneca? — Balancei a cabeça confirmando. Nem sequer me importando com o apelido idiota que eu tanto odiava.

Tudo que eu queria era apenas isso. Sexo. Queria relaxar e depois que ele sumisse pela porta. E eu sei que é exatamente isso que ele irá fazer.

Seus dedos continuavam me excitando enquanto ele começava a me puxar em direção a cama. Tomada pelo desejo senti vontade de cavalgar para chegar em meu ápice. Mas ao sentir ele retirando a mão e agarrando meus pulsos com um sorriso perverso nos lábios imaginei que a noite seria ainda mais longa. No bolso de sua calça ele tirou uma fita de seda juntando meus pulsos e atando um nó.

— Você está odiando foder comigo essa noite, senhorita Sartori? — Seus longos dedos começaram a descer outra vez pela minha pele me trazendo arrepios e fazendo meu corpo dar pequenos impulsos. — Sabe, desde que vi você de manhã com aquele olhar irritado para a nova secretária... — Ele fez uma pausa distribuindo beijos pela minha barriga. — Eu fiquei excitado pra caralho. Porra, mal podia esperar para foder você e ter o mesmo olhar sob mim.

Puxei o ar com força observando seus olhos castanhos mel profundos que não se desviam nem por um segundo sequer do meu rosto. Sua atenção está totalmente voltada para mim. Isso me excita, me leva a profundezas da minha alma que eu mantive escondidas durante anos. O desejo, a ganância de querer mais e mais devoção.

Fechei os olhos no segundo em que senti seus dedos tocarem meu clítoris por cima da calcinha e sentindo sua língua molhada passando pela lateral do tecido. Naquele momento eu esqueci de tudo. Esqueci do maldito que poderia estar nos observando, do meu ex maluco, do meu dia de merda... Eu só queria aquilo e ansiava por mais.

Exatamente como naquela noite. Ansiei por ele. Esperei por ele. O desejei com todas as minhas forças. E quando menos esperei fui arrastada pelo desejo de adrenalina, pela vontade de me sentir viva. Ele me manipulou tão facilmente quanto dar um doce para uma criança, mas não esperava minha reação ao retirá-lo das minhas mãos. Não chorei, não me senti triste, não implorei para me devolver aquilo que ele me tirou. Mas guardei raiva e rancor dentro do meu peito. Ansiando para o dia que ele voltasse a aparecer com aquela maldita máscara que um dia me arrancou gemidos de prazer.

TOQUE-ME SE FOR CAPAZOnde as histórias ganham vida. Descobre agora