Phantom Lord

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𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖓𝖙𝖊𝖗𝖎𝖔𝖗

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𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖓𝖙𝖊𝖗𝖎𝖔𝖗...

- Se eu ou o Mestre mandássemos uma carta pedindo por socorro, você iria me ajudar? - perguntou.

Ash torceu o canto da boca.

- Não.

Sim.

Fenrir passou por Erza e começou a correr.

𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖙𝖚𝖆𝖑...

Fenrir parou em frente a um pequeno chalé na montanha. Ash desceu de cima dele e andou até a casinha, puxando uma chave de dentro do bolso e abrindo a porta. Ela entrou no chalé e se jogou em cima da cama que havia ali. Fenrir entrou logo depois e se deitou aos pés da cama.

Ash tirou o rosto do travesseiro e se deitou de barriga para cima.

- Eu... fui dura demais com ela? - murmurou. - Ei, Fenrir...

O lobo olhou para ela e Ash colocou a mão para fora da cama. Fenrir lambeu os dedos dela e encostou o focinho na palma de sua mão.

- A Erza é gentil comigo - disse Ash. - Ela fala comigo com um sorriso no rosto. E eu... afastei ela também.

Ash piscou para dissipar as lágrimas que se formavam em seus olhos.

- Eu me pergunto qual é o meu problema - ela riu, com o choro entalado na garganta.

Ash olhou pela janela ao lado da cama. A lua cheia tinha mostrado sua face, tão forte que as montanhas, os rios e o vale estavam iluminados a ponto de até as folhas das árvores lá embaixo serem visíveis. Parecia uma terra secreta e dormente que o tempo havia esquecido.

Ela não era nada diante daquela vista, daquelas montanhas. Tão insignificante para aquilo tudo quanto uma formiga era insignificante para um humano. Era um alívio divino não ser nada e ninguém.

Mas nem um milhão de anos ali, sendo tão insignificante quanto uma formiga, a fariam uma pessoa melhor. Ash sabia disso. Antes, ela pensara que Laxus pudesse fazer aquilo por ela — torná-la uma pessoa mais agradável, mais simpática, mais... humana. Mas não funcionou.

Ela queria que alguém cortasse fora aquela coisa maldita de dentro de seu peito. Queria que alguém sufocasse a voz que sussurrava cada coisa terrível que ela já fizera, cada pensamento horrível que tivera, cada pessoa que magoara com suas palavras de maldade.

Ash tinha nascido assim — ou talvez tivesse ficado assim com o tempo. Ela não sabia qual das opções era, mas ela não se lembrava da última vez que dera um sorriso verdadeiro ou que dissera algo gentil para alguém.

Ash não sabia consertar aquilo. Não fazia ideia de como consertar nada daquilo. Como parar de ser daquele jeito. Ela não conseguia conter aquele ódio incansável e revolto. Não conseguia se impedir de atacar antes de ser ferida, assim como... Um lobo. Um cão.

𝑇ℎ𝑒 𝑇𝑎𝑖𝑛𝑡𝑒𝑑 𝐻𝑎𝑙𝑓 - Fairy TailWhere stories live. Discover now