Capítulo 12

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Com a vivacidade de quem esperou por aquilo por muito tempo, Lu me envolveu pela cintura e puxou meus cabelos para deixar meu pescoço em evidência. Senti um calafrio muito bom percorrer meu corpo quando seus lábios tocaram a pele do meu pescoço.

Eu sentia algo por ele, não tinha como negar. Relaxei em seus braços e fechei os olhos apreciando o toque daqueles lábios, que foram subindo... Senti uma mordidinha em meu queixo... Subindo... Senti seu hálito quente muito próximo à minha boca. O encarei. Olhos verdes imersos nos meus castanhos. Me beija! Me beija! Meus lábios clamavam.

Ele se abaixou um pouco sem tirar os olhos dos meus e me suspendeu. Aproveitei que precisei me segurar a ele para explorar os músculos torneados de seus braços. Ele sentou no sofá, me encaixando em seu colo. Caramba! Aquilo era muito sexy!

Voltou a beijar o meu pescoço. Seus braços me apertaram contra seu corpo... Suas mãos pressionaram minha cintura com força. Arranhei as costas dele impulsionada pela sensação alucinante que me tomou.

- Me beija, Lu! - Digo, quase em tom de súplica.

- Que bom que você pediu! - Diz ele ofegante, colando seus lábios nos meus.

Uma de suas mãos percorreu meus cabelos e a outra pressionou meu quadril ao encontro do dele, enquanto sua língua explorava a minha boca. Que sensação!? Eu nunca tinha sido beijada com tanto... entusiasmo antes.

Me assustei profundamente ao abrir os olhos e me deparar com o Rafa bem ali nos observando com cara de poucos amigos. Levantei do colo do Lu depressa.

- O que foi, Laura? - Ele me pergunta, se levantando do sofá também.

- Não foi nada, Lu.

Eu estava com vergonha dele e sem graça pelo Rafa. Que situação! Meu rosto queimava.

- Melhor eu ir lavar... isso! - Apanhei a cortina do chão. Nem reparei em qual momento ela caiu de minhas mãos.

Saí, o deixando na sala sozinho... Ou melhor, com a companhia invisível, para ele, do Rafa.

Fui para a lavanderia que era junto com a cozinha. O Lu me seguiu.

- Me conta o que foi, Laura! - Ele exige.- Você não gostou do beijo, foi isso?

- É claro que não foi isso, Lu. - Eu respondo, jogando a cortina dentro da pia sem olhar para ele.- Eu ando um pouco tensa ultimamente, é só isso.

- E não é para menos, né? - Ele encosta na parede, pensativo.- Tantas catástrofes ultimamente... Acho que você está precisando relaxar um pouco...

Ah... Lá vem ele!

- Podíamos pegar um cineminha hoje, o que acha? - Lu me olha com carinha de criança feliz.

Sorri para ele. Tá... Por que não? Me olhando assim, não tem como resistir!

- Mais tarde... depois que o apartamento estiver limpo! - Eu respondo.

Ele me deu um selinho sem pedir permissão e saiu, me deixando sozinha com minha cortina e meus pensamentos. O que eu estava fazendo? Eu queria mesmo aquilo ou só estava o usando para suprir minha carência, já que o Rafa não fazia isso?

Foi só pensar nele, que ele apareceu. Tão estonteante e distante para mim.

- Me perdoa? - Sussurro.

- Você não tem que me pedir perdão, Laura. - Ele me respondeu. Ele me respondeu?- Viva a sua vida e esqueça que eu estou aqui.

Foi bom ouvir o meu anjo Rafael falando comigo, mas aquelas palavras doeram. Por que ele ficou com aquela "cara de bumbum" quando me viu com o Lu então? E poxa... Ele disse que me amava como minha mãe amava meu pai. Mesmo me amando, ele estava disposto a me ver nos braços de outro?

Anjo Meu Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang