Era uma vez eu podia me controlar

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Oiê, chegay! Então, acho que já está na hora de vocês conhecerem mais um pouquinho da história da Loren, eu sei que essa fic é muito bolinho, mas o fato da Lolo ser assim se deve em parte pelo que aconteceu no passado, dói mas é necessário, porque ela vai finalmente poder abrir mais seu coração para Camila.

Peço que escutem a primeira música enquanto lêem, é importante pra dar uma imersão melhor na história, mas se for forte demais pra vocês deixem pra lá. A segunda música fica a seu critério, é muito triste e é baseada em algo que aconteceu de verdade com o John Lennon, e infelizmente com tantas outras crianças.

Beijinhos, e preparem os coletes! 😘😘😘
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Lauren

Quinta feira, hoje completam sete dias que Camila e eu estamos namorando, por isso eu comprei um presente para ela, não é nada demais, apenas um pequeno vaso de flores, eu me certifiquei de que ela não é alérgica, perguntei a Ally e Dinah, e Chris me ajudou a escolher, Dinah disse que ela gosta de orquídeas, então optamos por um pequeno vaso de orquídeas vermelhas, e também comprei uma caixinha de chocolates, ela simplesmente ama.

Cheguei no teatro cedo como sempre e fui direto para o piano, eu estava preparando a música de introdução do espetáculo e estava com muitas ideias. Como ninguém havia chegado ainda eu fiquei mais à vontade para experimentar várias harmonias e trechos de músicas diferentes, alguém de fora diria que eu estava fazendo uma verdadeira bagunça ao piano, mas eu compreendia bem aquela “bagunça”, que para mim estava muito bem organizada.

E até continuaria tocando, mas algo chamou minha atenção, um choro baixinho vindo das coxias, parecia ser a voz de uma mulher. Não que eu acredite em fantasmas ou coisas assim, mas outro dia ouvi uns bailarinos conversando sobre o fantasma de uma dançarina que morreu no palco desse teatro, disseram que ela dançou chorando porque o namorado a deixou, e no final do espetáculo ela simplesmente desmaiou e não acordou mais, os funcionários mais antigos daqui a chamam de La llorona, porque muitos dizem que ouviram seu choro baixinho, principalmente à noite e pela manhã bem cedo.

Caminhei lentamente até as coxias, eu não queria acreditar que estava com medo de fantasmas, mas às vezes a emoção domina nossa razão, eu sei bem o que é sentir-se assim, pois meus TOC's são exatamente isso, o emocional se sobrepondo ao que é racional, coerente, então sim, eu estava com um friozinho na barriga. Me aproximei mais um pouco, eu tinha que provar para mim mesma, para minha própria paz de espírito, que não era nada demais.

Andei um pouco mais e vi uma moça sentada no escuro, não dava para ver muito bem, mas acho que era loira, ela soluçava um pouco e fungava baixinho, não era fantasma coisa nenhuma, só uma pessoa triste. Caminhei um pouco mais confiante para saber de quem se tratava e quem sabe poder ajudar, mas tropecei em algo no caminho.

Quem tá aí?! – Ela deu um grito tão assustador que por uns milésimos de segundos meu cérebro voltou a achar era mesmo o fantasma.

- Aaaaahh!! – Eu gritei e ela veio na minha direção com aqueles cabelos cobrindo o rosto, os braços compridos, ela era enorme! Tudo que eu consegui fazer foi me encolher sentada no chão.

- Lauren?! – Ela segurou meus pulsos! – Lauren, calma! Sou eu, a Dinah!

- D-dinah...?

- Eu ué, quem você achou que fosse? – Ela me levantou do chão e me sentou numa cadeira ali perto.

La-la llorona... – Falei baixinho e envergonhada.

- Quem?! – Ela riu.

- É s-só uma lenda boba, desculpe se eu te assustei.

The Tiny DancerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora