Epílogo II

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Oiê, olha eu aqui de novo! Como estão meus leitores mais lindos? Espero que bem.

Segue a segunda parte do Epílogo, demorou menos que a primeira né? :D

Espero que gostem desse, fiz com muito carinho!
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Camila

– Camz, você vai mesmo pra ONG agora? – Lauren me olhou na porta do banheiro, com aqueles olhinhos verdes pidões, um bico lindo naqueles lábios rosados e seu barrigão de quase nove meses de gravidez. Eu queria abraça-la e encher de beijos a todo momento, minha mulher estava muito linda!

– Só vou passar lá rapidinho amor, o pessoal precisa da minha assinatura em alguns papéis. – Falei com o coração apertado, eu não queria deixa-las sozinhas, mas era só rabiscar alguns papéis e voltar correndo para casa.

Com a ajuda dos nossos amigos, da Doutora Sônia e alguns médicos amigos dela, a cerca de três meses criamos uma ONG para receber pessoas carentes que vem de outros estados, e até mesmo outros países, fazer tratamento e cirurgia de câncer em New York, o Centro Médico em que ela e Vero trabalham virou referência internacional no tratamento de osteosarcoma, e nós conseguimos um espaço incrível para abrigar as pessoas que precisam enquanto esperam por cirurgia.

Sobrevivemos muito bem nesse tempo, com contribuições generosas minhas, dos nossos amigos, amigos de amigos, familiares, e de doações através do site que criamos para divulgar o trabalho da ONG.

– M-mas e se eu sentir alguma contração, alguma coisa, e você não estiver aqui? – ela aumentou significativamente o bico, e eu quase cedi na mesma hora. – Não quero ter nossa filha sem você por perto. – Eu parei de me maquiar e fui abraça-la.

– Ei, a ONG fica só a cinco quadras, eu vou de carro, assino, e volto correndo, não vai levar nem dez minutos. – tentei convencê-la, mas minha esposa, a cada dia que se aproxima das tão faladas trinta e nove semanas, está mais nervosa e ansiosa.

– Você não pode pedir pro Jorge te trazer os documentos de motocicleta? – Jorge é nosso motoboy, ele roda a cidade arrecadando doações.

– Hoje é domingo, o Jorge está de folga meu bem. E você não está sozinha, tem a Sofi, a Nina dormiu aqui hoje, o Chris já deve estar acordando, e eu volto o mais rápido possível, prometo.

– Eu não quero ninguém, só quero você... – Ela escondeu o rosto no meu pescoço, tão manhosa Deus...

– E você tem, eu vou estar com o celular a postos, qualquer coisa me ligue imediatamente, mesmo que seja só saudade. – Desde que Lo entrou na trigésima terceira semana de gravidez eu não saio mais de perto da minha esposa. Sei que ainda falta um tempinho para nossa filha nascer, mas eu também tenho medo de eu não estar por perto caso algo aconteça.

– Melhor você me ligar quando chegar lá, não quero que você atenda o celular enquanto dirige.

– Eu atendo no Bluetooth do som novo do Gran Torino. – Eu fiz esse pequeno mimo para meu carrinho.

– Não, não, você sabe o quanto eu fico preocupada quando você atende ao volante.

– Eu sei... Não vou ligar dirigindo, prometo. – De um tempo pra cá a Lo tem sentido um medo absurdo de ficar viúva, não há nenhum motivo para isso, meus exames anuais, segundo a Doutora Sônia, foram excelentes, é só o TOC dando sinais de vida mesmo, a Doutora Moore nos alertou que isso poderia acontecer.

– Eu estou um pouco cansada... – Ela suspirou.

– Eu imagino amor, está quase chegando a hora. – A conduzi com cuidado para fora do banheiro, ela está andando tão bonitinha com esse barrigão! Parece uma patinha, minha patinha... – Quer deitar na cama ou prefere a poltrona?

The Tiny DancerWhere stories live. Discover now