Non poveto dire la verita

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"Se eu pudesse, eu gostaria de

perguntar. Por que você fez o que fez,

por que você se livrou de mim? Eu

ainda orbito ao seu redor sem um

nome. Nosso adeus foi tão incolor, as

cores que nunca mudarão"

- 134340


...


Há uma história antiga, sobre um homem que se achava feio e se isolava das pessoas em um castelo vazio e solitário, este homem se cobria com um capuz e uma máscara, ele já estava acostumado com a solidão que enfrentava todos os dias, mas se sentia bem ao cultivar e plantar flores em seu jardim, tais flores que chamaram a atenção de uma bela jovem que ia até o castelo todas as noites para rouba-las, o homem irritado com tal ato passou a vigiar o lugar, mas acabava dormindo e era nesse momento que a jovem agia, uma noite então ele fingiu dormir e quando ela apareceu ele a viu e percebeu o como a jovem era bonita, então ele a seguiu e descobriu que ela roubava suas flores pra vender e ela sobrevivia com isso.

Comovido com o ato da jovem o homem queria ir até ela, dizer como ele cuidava das flores para que elas ficassem tão bonitas, mas ele tinha medo que ela se assustasse com sua feiúra e nunca mais voltar a vê-la, então ele decidiu criar uma flor única, tão bonita quanto a jovem, para que ela as vendesse num preço único e caro, e nunca mais precisar roubar. Dias tornaram-se semanas, e semanas em meses, e depois de várias tentativas falhas ele conseguiu. A flor superava suas expectativas, era linda, num tom de azul claro com branco, ele então esperou a jovem, mas ela não apareceu, não importasse quanto tempo ele esperasse. Preocupado, ele foi até a vila perguntar sobre ela, descobrindo que ela havia adoecido e morrido, o homem então afundou-se em desgraças, triste por ter perdido sua amada, ele se culpava por ter tido medo de falar com ela, e sempre se julgava com a mesma pergunta "se eu tivesse tido coragem, um pouco que seja, as coisas seriam diferentes agora?"

Você deve estar se perguntando agora, " o que essa história tem haver com a sua?"

Bem, ouve um tempo que eu tive um amigo, um melhor amigo na verdade, seu nome? Não importa, o que importa é que eu o amava, mas tinha medo, assim como o homem, dele ir embora, de não corresponder com meus sentimentos e me deixar. Porém, como nada acontece como queremos, ele foi embora do mesmo jeito, me deixando sem notícias suas por muito tempo, até que ele se tornou apenas um garoto em minhas memórias, e assim como o homem da história, eu fiquei sozinha no final. A flor, dentre todas as que eu amo, Esmeraldo é a minha favorita, por nossas histórias terem muito em comum, eu me identifico com ela, não por ser bonita, mas sim, por ser solitária e carregar um coração machucado, seu nome tem como significado "non poveto dire la verita" que do italiano significa "a verdade que não pode ser dita". Infelizmente eu nunca consegui cultiva-la, elas só florescem em um lugar, "Cita Di Smeraldo" na Itália, o lugar de onde vem a história que contei antes, esse fato me entristecia, pois nunca pude ver sua beleza de perto, apenas em fotos, e nos livros da senhora Jung.

A senhora Jung era a dona da floricultura onde eu trabalhava, e mãe do meu grande amigo Hoseok. Eu e Hobi estudamos juntos e dividimos o meu apartamento por um tempo, até que ele começou a namorar com um cara e se mudou pra casa dele, trabalho com seus pais desde que nos conhecemos, ele viu como eu entendia de flores e pediu à sua mãe que me contratasse. Minha paixão por flores veio desde o berço, minha mãe tinha uma enorme estufa onde cultivava vários tipos de plantas, mas as que mais me chamavam a atenção eram as flores, por seus tons diversificados e seus cheiros diferentes, ela me ensinou tudo que sei. Mesmo sabendo que Esmeraldo não floresceria aqui, nunca desisti de tentar, reunia meus conhecimentos adquiridos com minha mãe e os conhecimentos da senhora Jung, mas como esperado sempre falhava.

The Truth UntoldWhere stories live. Discover now