As Crônicas de Nárnia - Eustáquio Mísero - Out of My League

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"Edmundo Pevensie Pov's"

Quando Eustáquio me disse que uma amiga dele viria aqui eu logo pensei que ela seria tão insuportável quanto meu querido primo. Porém eu estava errado, assim que a vi entrar pela porta percebi que ela é uma pessoa completamente diferente dele, uma pessoa linda e energética, essas são as melhores palavras para descreve-la. 

— Olá amiga do Eustáquio! - falei assim que cheguei perto da porta onde ela estava conversando com ele.

— Olá, estranho! 

— Ah é! S/n esse é Edmundo Pevensie, meu primo idiota! E Edmundo essa é S/n S/s minha melhor amiga! - ele disse dando ênfase na palavra "melhor", o que fez a garota olhar para ele confusa. 

— É um prazer Edmundo! Tenho certeza de que vamos nos dar muito bem! 

— Sem chance! - murmurou Eustáquio irritado, parece que ele tem uma quedinha pela "amiga", iria ser legal irritar ele. 

— Tenho certeza de quem sim! Se me permite dizer você parece uma pessoa completamente diferente do meu primo, tão bonita e alegre! Como você é amiga de uma pessoa como ele? - por incrível que pareça a garota riu da minha pergunta. 

— Bom, eu faço o meu melhor para não bater nele cada vez que ele diz algo estúpido! 

— Ah qual é? Já deu né Edmundo! - exclamou Eustáquio irritado. 

— Na verdade... - comecei mas S/n me interrompeu. 

— Se vocês pudessem parar de se provocar eu e o Eustáquio poderíamos fazer o trabalho de literatura que por incrível que pareça é o único motivo de eu estar aqui hoje! 

— Ótimo! - disse meu primo rapidamente o que me fez rir. 

— Claro senhorita S/s! Eu já vou indo então! Espero revê-la em breve! - falei fazendo uma reverência, Eustáquio obviamente não demorou a revirar os olhos.

"S/n Pov's"

Eu e Eustáquio estamos na biblioteca fazendo o trabalho agora. Ele está tentando parecer animado, mas existem dois motivos pelos quais eu sei que ele está mais irritado do que nunca: primeiro, estamos fazendo um trabalho de um livro de fantasia e ele não gosta de nada que não sejam "fatos", e segundo, ele claramente odiava o primo, não parava de ficar resmungando sobre como o Edmundo é idiota e tudo mais. 

— Tá bom Eustáquio já deu! - falei fechando o meu livro. 

— O que? 

— Meu deus do céu! Dá para parar de falar do seu primo! Parece até que é obcecado pelo Edmundo! 

— Eu obcecado pelo Edmun...

— Eu disse já deu! Olha, o seu primo parece ser até legal! Mas já deu para perceber que vocês adoram se irritar! E se você puder parar de pensar um pouco nele para focar no que estamos fazendo eu agradeço!

— Tudo bem! - ele disse suspirando. 

— Eu ainda não terminei! - falei e ele me lançou um olhar debochado - Olha eu sei que você ama fatos cientificamente comprovados mas se você puder começar a imaginar coisas fantásticas e fantasiosas eu também te agradeceria. Porque o nosso trabalho é sobre interpretação de texto e não tem como ficar debochando do livro no meio da nossa resenha! 

— Eu não estou debochando! 

— Ah não? 

— Não! 

— Olha essa frase então: "O personagem principal da nossa história fictícia é um elfo, ou seja, uma criatura totalmente fantasiosa de uma história completamente fantasiosa!" 

— Isso se chama realidade! 

— Eustáquio! É obvio que elfos não existem! E é obvio que o professor sabe que essa história é fictícia, ou seja, ele não precisa que você diga isso para ele! 

— Mas... 

— Não e não! 

— Você nem sabe o que eu vou dizer! 

— Sei sim e a resposta é não! 

— Tudo bem! Eu vou levar o trabalho a sério então... ou melhor.... não vou levar a...

— Ótimo, vamos terminar o trabalho logo! 

~~~~~ Quebra de Tempo ~~~~~~ 

— S/a! 

— Sim Eustáquio! 

— Já são oito horas da noite! - ele disse apoiando a cabeça na escrivaninha. 

— Eu estou na última frase! - falei terminando de escrever - Pronto! 

— Ótimo! 

— Perfeito! 

— É... então! 

— Hora de eu ir embora! 

— Ah mas... - eu sabia que Eustáquio ia começar a argumentar por isso lancei um olhar cansado para ele - Tudo bem! Vamos então! 

Eustáquio fez questão de me levar até a minha casa. Que ficava bem perto da casa dele, por isso era um caminho fácil de se percorrer a pé. E é aí que a história fica interessante. Quando eu e ele estávamos andando na calçada eu tropecei e ele me segurou, clichê? Sim eu sei, mas a questão é a seguinte, ele me segurou e nossos olhares se encontraram, nós estávamos tão o próximos e o tempo passava de uma maneira tão estranha que eu não sei dizer exatamente como ou quando aconteceu, mas ele me beijou, e tudo que eu sei é que foi um beijo doce e carinhoso. 

— É... - comecei mas agora foi a vez dele me interromper. 

— Me desculpe! Isso não vai mais acontecer eu... 

— Não eu... ficaria feliz se isso se repetisse! - falei sorrindo timidamente. 

— Honestamente eu também! - ele disse rindo. 

— É! Nós estamos na frente da minha casa agora!

— Ah claro! Hm... até amanhã então! 

— Até amanhã! 

— Ahm S/a! - ele me chamou e eu me virei - Só para constar, você é minha namorada agora né? 

— É... eu acho que sim! 

— Legal! Espera só até o Edmundo...

— Até amanhã "namorado"! - falei encerrando a conversa.



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