᠉ Fifteen.

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Jimin's POV

Mal conseguia acreditar que estava de volta. Minha cidade, minha família. Desci quatro quarteirões antes de casa e caminhei observando cada detalhe dali, apreciando o lugar onde eu vivi por doze anos. Após meses longe, agora eu não sentia a menor vontade de voltar para Seoul, até porque, desde que pisei lá não tive tanta sorte. Meu lugar era aqui.

Há poucos metros de casa, senti uma felicidade imensa tomar conta de mim. Queria dar um abraço em minha tia, que sempre vi como uma mãe. Aquela que nunca me deixou e sempre se esforçou para me ver bem, bem diferente dos meus pais...

Toquei a campainha, que certamente não seria ouvida por conta do barulho vindo do lado de dentro. Abri a porta e me deparei com a casa totalmente enfeitada. Ninguém notou minha presença, estavam mais preocupados em pendurar faixas. Ri sozinho com a cena. Em poucos segundos, um Mel extremamente alegre apareceu na minha frente. Seu rosto continha vestígios do que eu poderia afirmar ser farinha. Abraçou-me tão forte que gostaria de nunca ter que sair de seus braços.

- Não acredito que chegou antes da hora, espertinho. – ela fez uma careta engraçada.

- Queria que eu viesse à noite?

- Claro! A festa é para você curtir e não para ajudar.

- Para com isso, obviamente não vou deixar vocês tendo todo esse trabalho sozinhas e eu também não aguentava mais ficar longe daqui. – senti meus olhos marejarem.

- Aconteceu alguma coisa, Chim Chim? – perguntou preocupada.

- Muitas, mas antes de contar, preciso ver minha tia. Onde ela está? – perguntei e Mel indicou a cozinha com o dedo.

Larguei a mochila e corri para o cômodo, avistando e abraçando-a por trás. Nunca me senti tão seguro e amparado. Ela virou-se e conseguiu retribuir-me o carinho ainda mais intenso. Eu não queria soltá-la.

- Meu menino, que saudade de você. – sorriu emocionada. – E esse cabelo?

- Coisas da profissão... – respondi, beijando sua testa. – Muita saudade sim, teremos tempo suficiente para matá-la, não se preocupe.

- Mas e o grupo? – olhou-me estranhamente.

- Tiramos uns dias de folga e pretendo passá-los aqui com vocês.

- Ah, bem vindo de volta. – Mel adentrou a cozinha, envolvendo-me por trás.

Após o almoço, subi para tomar banho e descansar, visto que ninguém me queria por perto para não atrapalhar a "surpresa". Ao alcançar o quarto, vi a roupa que eu provavelmente deveria usar, em cima da cama. Lembranças inundaram a minha cabeça e eu a sacudi, na tentativa de espantá-las.

- Jimin, é muita informação, vai com calma.

Mel havia escapulido há meia hora para conversar comigo. O sol já se punha e ela estava visivelmente esgotada. Sentada na cama, com minha cabeça em seu colo, ela fazia carinho em meu cabelo.

- Eu sei, mas eu não tive como contar antes...

- Te liguei tantas vezes! – ela reclamou. – Poderia ter dito, dado algum sinal. Agora você simplesmente joga a bomba em minhas mãos e ainda pede segredo.

- Mel, você prometeu! – lembrei-a, enquanto me sentava.

- Sim, prometi. Mas não concordo em deixar sua tia cega sobre uma coisa dessas. Você precisa de cuidados...

- E estou tendo-os. Tomo remédios, faço exames, tratamentos. Não tem com o que se preocupar. Eu contei porque preciso de alguém que cuide de tia Emily quando eu não estiver aqui.

won't you save me? ❁ jikook Where stories live. Discover now