─────•⊰•► [...] Jung Wooyoung, um modelo renomado que tinha tudo aos seus pés. Bom, isso até Choi San chegar e virar não só a agência em que trabalhava, mas toda a sua vida de cabeça para baixo. Tudo isso por causa de um único objetivo, o qual ele...
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Wooyoung:
"Senta e chora!"
Já ouviram essa expressão? Pois é, ela se encaixaria perfeitamente na minha situação, nesse exato momento. Chorar tinha uma probabilidade enorme de não resolver nenhum dos meus problemas, a qual Choi San era o maior responsável, mas sentar, talvez evitasse uma queda drástica ou então fizesse passar despercebido o estremecer que meu corpo deu ao ouvir sua resposta.
"Preciso de você saudável para o que está por vir".
O que diabos estava por vir? O que Choi estava planejando? Qual era o seu objetivo em relação a mim? O que ele ainda desejava?
Mais inúmeras perguntas vieram como uma avalanche, me pegando desprevenido enquanto ainda o encarava, enquanto fitava cada centímetro do seu rosto. Esperançoso que aquilo fosse apenas um sonho ruim e logo eu iria acordar, ouvindo Seonghwa dizer que estava tudo bem. Ou que fosse literalmente uma brincadeira de muito mal gosto, onde San iria desconversar, agindo como se nada estivesse acontecendo. Ele precisava desmentir aquele absurdo, precisava voltar atrás com suas palavras.
Me senti tonto por breves segundos, o mundo rodou e se não fosse o meu esforço em me manter de pé a todo custo, tinha certeza que já me encontraria no chão.
— O que você está querendo dizer com isso? — perguntei, rude, ainda incrédulo com a naturalidade que ele soltou suas futuras intenções, aparentemente nada boas.
— Ya, Wooyoungie, não leve tanto ao pé da letra, algumas coisas você pode só… estar colocando intensidade demais ou quem sabe, escutando errado — atiçou, dando alguns passos em minha direção.
Eu queria muito rir, gargalhar da forma mais áspera que conseguia, no entanto, não sabia se era de mim por parecer tão bobo e ingênuo para o Choi ou dele por estar sendo tão cínico e idiota. San estava insinuando que eu tinha uma audição ruim e que meu processamento mental era tão lento, ao ponto de me fazer ver e ouvir coisas onde não tinha?
Desgraçado!
Seu pescoço nunca me pareceu tão convidativo como agora. Sim, eu queria, desejava muito gravar minhas unhas curtas naquela parte de seu corpo. Enforcar alguém de modo algum me pareceu ser tão certo e satisfatório como nesse momento, minha vontade era jogar aquele prédio inteiro em sua cabeça. Arrancar seus dentes, melhor, sua língua ou então todos os seus órgãos, Choi San estava pedindo para levar uns belos socos naquele maxilar marcado.
— Você não faz ideia de com quem está mexendo…
— Aigoo, o que vocês ainda estão fazendo aí, parados se encarando? As roupas, cadê? Já experimentaram? Ficaram boas? — Yeosang abriu a porta de repente, despejando toda sua euforia em nós, sequer notando o clima pesado que pairava no ar. — Deixe para se admirarem outra hora, andem, um de vocês para o banheiro agora, o outro venha comigo, iremos adiantar a maquiagem — ditou rapidamente, e optei por segui-lo, assim que se virou em direção ao corredor. Antes claro, me certifiquei de mostrar um belo dedo do meio para o Choi, ele não iria escapar da próxima vez, se era guerra que ele queria, era guerra que iria ter. Por outro lado San apenas sorriu largo, me dando um tchauzinho animado e carismático.
