Episódio 1: A Falha Tentativa do FBI

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No dia vinte e três de outubro, eu enviava treze kitsunes para o deserto

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No dia vinte e três de outubro, eu enviava treze kitsunes para o deserto.

Como relatei no capítulo passado, Lydia estava desaparecida e eu estava maluco. Numa falha tentativa de me acalmar, o FBI me enviou para Nova York — ainda no início do mês — para investigar algumas mortes que aconteceram numa estação de energia.

Três mortes, o mesmo local, o mesmo padrão. Os técnicos já haviam visitado o local e nada de anormal acontecia nos equipamentos. Depois da polícia ter localizado um possível suspeito e falhado, o FBI fora convocado.

Se fosse numa circunstância normal, eu teria achado um máximo. Olha que curioso! Mas eu estava, no mínimo, com muita raiva.

Lydia havia se sacrificado comigo em todos os lugares que fui enviado no ano anterior e, no momento em que ela estava em perigo e desaparecida, eles decidem me enviar para um maldito caso oficial.

Nunca pensei que a força de vontade (fúria) poderia funcionar numa investigação. Naquelas três semanas, tive essa revelação.

Tudo era culpa de treze funcionárias — todas kitsunes. Além de sofrerem terríveis descontrole de suas raposas, tinham deixado o instinto agressivo sobrepor sua razão: todas as vítimas eram colegas de trabalho que entravam em conflito com elas.

Não me pergunte como, mas eu sabia que eram kitsunes. Sabia também que não se tratava de uma decisão racional e, de alguma forma, escolhi ter piedade por elas. Colocamos a solução do caso como "negligência de manutenção dos fios" e as mulheres receberam multas gigantes e foram demitidas.

Se elas pagaram? Não sei e nem me interesso, só sei que as deixei com Kira para aprenderem a se controlar.

A japonesa-coreana estava mudada, Scott nem mesmo a reconheceria. Os cabelos estavam curtos, o rosto havia amadurecido e criado uma espécie de carranca, deixando-a com aquela feição de "mulher brava". Vestia-se de tecido e ossos de animais e a bainha da katana estava revestida com o mesmo material.

Conversamos um pouco e, claro, contei sobre Lydia.

— Desapareceu? — ela perguntou, preocupada.

— Sim. Já faz vinte e três dias — respondi. — Estou tentando ter acesso à algumas informações por parte do FBI, mas eles já deixaram bem claro que não vão liberar muita coisa.

Kira apenas confirmou com a cabeça. Além de carrancuda, estava extremamente insensível — era como se um desaparecimento ou morte fosse comum e não digno de lamentações e condolências.

— Olha, Kira, se puderem me fazer um favor e verificar a área por mim...

— Claro. Não se preocupe.

Assim, eu e Felton voltamos para Nova Iorque. Não foi tão rápido quanto estou narrando, mas pareceu ser.

Enviamos os relatórios, fechamos o caso e nos preparamos para dormir — em quartos separados.

Raiz de BabelWhere stories live. Discover now