Episódio 7: Em Busca de Padrões

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Existe uma espécie de lenda em relação às investigações policiais: padrões são facilmente reconhecidos

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Existe uma espécie de lenda em relação às investigações policiais: padrões são facilmente reconhecidos. Como todo mito, essa ideia passa longe da verdade.

Vejamos; existia, sim, um padrão do serial killer, o triângulo envolvido por um círculo, mas aquela era apenas uma de várias possibilidades analíticas.

Primeiro era preciso ressaltar que o símbolo não era um padrão propriamente dito, mas uma marcação — o que trazia um peso muito grande de diferença.

Em seguida, precisávamos localizar os reais padrões. Era um serial killer, não era? Então ele definitivamente teria alguma preferência em suas escolhas.

Pessoas desse tipo gastam tempo pensando em qual será sua próxima vítima, elas maquinam, analisam, observam, e, justamente por isso, deixam passar seus gostos através de quem atacam, formando o que nós conhecemos como padrões — sejam estéticos, emocionais, sexuais ou locais.

Sendo assim, iniciamos nossa investigação analisando as vítimas.

Grace Travis, uma garota de dezenove anos recém formada e aluna de Publicidade na Beacon University, em Beacon Country. Seus poucos colegas afirmavam que era uma garota introvertida, parecia marrenta e constantemente se envolvia em confusões, mas, no fundo, era dócil e bondosa. Era uma mulher alta, com cabelos pretos e olhos azuis.

Franzi o cenho, algo ali estava estranho.

Francisco Valdez, quatorze anos e estudante do Beacon High School. Era um garoto popular na escola, conhecido por festas lendárias e pelo apelido de "destruidor" — referente à dezenas de meninas aos quais ele destruiu a vida quando as namorou. Assim como Grace, era alto para sua idade, tinha cabelos e olhos castanhos e um vício por sua beleza.

Uma lembrança, uma referência... Alguma coisa se despertava em minha mente, mas eu não sabia o que era.

Encarei Felton por um momento antes de continuar a ler, o agente não tinha falado nada no período de cinco horas — o que era um recorde dado à sua tamanha desenvoltura social. Tinha os documentos abertos à sua frente — apoiados na mesa de inox que se estendia por toda a sala de investigação que nos foi disponibilizada —, os dois braços eram sustentados pelas mãos apoiadas de cada lado da prancheta parda, o tronco se curvava sobre a mesa e as pernas estavam relativamente distantes, uma delas flexionada para manter o corpo sustentado com maior conforto.

Encostei-me na cadeira enquanto o analisava.

Andrew Felton fingia concentração.

Era nítido em seus olhos vidrados, vendo além da página, nas mãos contraídas e nas pernas inquietas.

— O que foi? — perguntei.

Seus olhos continuaram vidrados no papel. Sabia que tinha ouvido, conseguia ver suas engrenagens trabalhando para decidir entre responder ou não.

Raiz de BabelWo Geschichten leben. Entdecke jetzt