Party babe

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— Vai começar às onze, Ana.

— Eu não vou sair da minha casinha às onze da noite — ela me respondeu entediada.

— Não precisa ir tão tarde, eu vou às sete, por exemplo, você vem comigo daí...

Ela me olhou com aqueles olhos que poderiam tanto me matar de amor quanto de ódio, naquele caso, de ódio.

— As festas dessa república são um cu de ruim, Jeon, por que dessa vez vai ser diferente?

— Porque! — eu me alterei. — Eu estou organizando e só vai ter coisa show de bola, confia no Jeonzito, Ana, caralho, menina...

Ela riu, como eu gosto quando a Ana ri, meu deus.

— Olha, eu vou, mas só porque eu quero beber até o Figueiredo dizer chega.

— Não vai me fazer ficar de babá né?

— Como se você já não ficasse no meu pé naturalmente — falou revirando os olhos.

Ana me conhece muito bem, devo confessar. Mas não é que eu fique no pé dela, é que eu me preocupo, veja bem. Pelo menos ela iria, e quem sabe naquele clima festivo, entre uma música do Post Malone e uma da Ariana Grande ela não percebesse que estava sim apaixonadinha pelo Jeonzito aqui?

Oras, um homem pode sonhar.

[...]

Eu estava há muitos minutos sentadinho ali no nosso sofá, prontinho da silva, no meu melhor jeans, camisa cara, relógio falso, porém bonito e perfume bom, que por sinal, foi Ana que meu deu. Falando nisso, era por ela que eu estava ali entediado, o que ela tinha de bonita, tinha de atrasada, pensa numa menina que não sabe cumprir horário. Se marcou que sairia às sete, perto das seis e cinquenta é que ela entraria no banho.

— Ô, ANA! Eu sou o organizador da festa, não posso chegar junto com o pessoal — gritei frustrado, por mais que eu quisesse, e muito, chegar com ela, o Namjoon vai me matar por isso, entende? É uma faca de dois gumes.

Se bem que a namorada do Namjoon, a Táta, uma brasileira que se dá muito bem com Ana, porque é igualmente brava, provavelmente vai defender a amiga e isso pode me dar um respiro. Okay, nem tudo está perdido.

— EU TÔ INDO! — ela gritou do quarto, e aquela foi a quinta vez.

Bufei, me dando por vencido, sairíamos quando Ana quisesse e isso era fato. Entrei no instagram e comecei a fuçar pela timeline, muitas pessoas já postavam os preparativos e inclusive Namjoon e Táta já tinham uma foto em frente ao jardim da casa, eles são um casal e tanto eu devo dizer, e entre uma foto e outra eu me deparo com aquela:

Ana em seu roupão cor de rosa e máscara facial, postada há exatos dois minutos. Ah, mas não é possível! Essa menina tá me testando hoje; eu geralmente não fico pistola com ela, porque né, é ela. Mas eu estava sendo enrolado na caruda! Então eu fui a passos largos em direção ao quarto dela, meio irritado. Só que eu não tive nem tempo de chegar lá.

Ana saiu por aquela porta com aqueles cabelos negros descendo pelo corpo, o vestido vinho coladinho e o batom da mesma cor, e eu que ainda estava no meio do caminho, quase caí pra trás. Puta que me pariu. Como é que pode um negócio desse? Eu não sabia mais o que era falar, só sabia piscar freneticamente. E ela me olhando como se eu fosse um doido.

Ela realmente me acha doido.

— Que foi? — perguntou sorrindo. — Vamos logo, Jeon, tamo atrasado, meu anjo!

Essa mulher ainda me mata, ela ainda me mata.

[...]

Chanyeol já animava as poucas pessoas que estavam ali para a organização, ele era o dj da noite e o principal motivo da festa ser garantia de sucesso, não havia quem não gostasse do loirinho naquela faculdade, era o famoso boa praça. Eu confesso que sofri um bocado por causa dele há algum tempo, porque Ana é fã dele e não há quem o deixe mal diante dela, e foi difícil entender que eles eram só amigos, e também que ela deu uma baita ajuda pra que ele ficasse com seu atual namorado, o Sehun.

Você que lute, Jeon Jungkook!Where stories live. Discover now