Seonghwa faz parte de uma banda punk e conhece Hongjoong em uma festa qualquer. Eles se apaixonam mas não assumem até Hongjoong entregar à Seonghwa as cartas decoradas que escreveu contando como se sentiu desde a primeira vez que o viu.
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⋯Seonghwa
Abro o chuveiro e deixo que a água fria molhe meus cabelos, eu sinto a calmaria daquela manhã quente e suspiro sentido-me relaxar, ouço alguns pássaros do lado de fora e sinto também o rastro de sol que entra pela janela e ilumina minhas costas.
É cedo, acho que sete da manhã ou mais cedo, mas é sábado e eu tenho algumas coisas para resolver sobre os shows desse fim de semana.
Tenho passado muito tempo com Hongjoong no último mês, nos aproximamos muito, eu me permiti entrar na vida dele e tenho me dedicado a estudar o que posso fazer para poder ajudá-lo. Não que eu seja a pessoa mais saudável e estável do mundo, longe disso, mas uma parte de mim sabe que ele é a prioridade agora e que qualquer coisa do passado que me atormenta pode esperar até que ele se sinta melhor.
Tenho constantemente empurrado meus medos pra dentro e ignorando os meus desconfortos idiotas por ele e, em partes, tem me feito muito bem.
Nas últimas semanas tenho sido quase uma mãe, de forma exagerada em relação a preocupação. Mas não me entenda mal, eu só não quero ver ele em crise de novo. Foi a cena mais dolorosa que já presenciei e, depois daquele dia, jurei que nunca mais permitiria que ele sofresse assim.
Não sou psicólogo, nem perto disso, acho que não saberia dar conselhos que não fossem frases prontas e possivelmente piorar toda a situação. Mas no caso do Hongie eu só tô me esforçando de verdade pra que ele não se sinta sozinho. E é por isso também que tenho passado mais tempo no dormitório dele do que na minha própria casa.
Preocupo-me se isso vai fazer a dependência dele sobre mim se tornar algo não saudável, mas acho que o acompanhamento psicológico dele deve ajudar mais do que minhas preocupações de quem leu artigos na internet. Deixo a água levar a espuma de minha cabeça ao que lavo meus cabelos.
Sinto mãos circulando minha cintura e um corpo quente grudando em minhas costas. Hongjoong murmura um "bom dia" cheio de preguiça e deita sua bochecha na minha pele molhada.
— Bom dia, preguiçoso — respondo colocando minhas mãos molhadas sobre as suas — acordou cedo.
Viro meu corpo para abraçá-lo melhor e ele mantem sua posição com a cabeça deitada agora em meu peito. Acaricio seus cabelos que começam a molhar com a água gelada e beijo o topo de sua cabeça. Meus braços rodeiam seus ombros e a diferença de altura torna tudo mais adorável. Ele é a pessoa mais doce e amável, não consigo descrevê-lo diferente.
A verdade é que descobri que eu amo, amo sua pele, seus olhos inchados pela manhã, sua voz preguiçosa, seu cheirinho natural que me entorpece sempre que ele se aproxima demais. Seu perfume, seu estilo e sua espontaneidade, mesmo com seu jeitinho tímido e introspectivo demais. Ele é incrível e sempre cheio de ideias, quanto mais penso sobre isso mais tenho certeza de que amo tudo sobre ele.
