TEMP1 EP2 - PRIMEIRA DE MUITAS

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Um barulho perturbador interrompe Julieta, alto e intenso, podendo ser ouvido de longe. Em seguida, ressoa outro som semelhante ao de um metal pequeno caindo no chão. Foi naquele momento que a ficha caiu: um tiro.

Os 11 foram caminhando no corredor todo vazio, só almas penadas percorriam o corredor escuro. Com uma luz falha, não tinha outro pensamento além de medo. Essa sensação era presente em todas as faces, não havia jeito de esconder. O corredor pelo qual caminham tinha cerca de 50m, e aparência de 50km. Logo na frente, os jovens avistam uma irregularidade no chão, rodeado de líquido vermelho escuro. O corpo aparentava-se familiar, e depois lágrimas lentas e sinceras caiam sobre os rostos de cada um. É difícil pensar que a pessoa que vimos a 5 minutos atrás estava no piso da escola sem vida.

Karen - O que aconteceu? Ela saiu em menos de 5 minutos - percebeu chorando com a mão no rosto

Patrick - Ela simplesmente nos deixou com suas palavras finais

Karen - Tão pouco tempo para fazer ela merecer morrer

Julieta - Okay, isso é muito estranho. É por isso que ela estava com tanto desespero passando por nós - direciona ao Romeu

Nando - Mas se ela sabia que isso iria acontecer, por que motivo ela veio?

Alex/Rosalina - O envelope. - raciocinam juntos - Deve ter alguma coisa relacionada - Rosa completa

Sofia - Estão esperando o que? Vamos voltar para a sala dela

Patrick - E deixar o corpo dela aqui? - gagueja - Não mesmo, e ninguém vai se separar não.

Diego - Para de ser cagão cara - fala dando um tapa nas costas do primo

Teo - Mas o Patrick tá certo, são 11 retardados que não sabem nada sobre assassinato. - diz fazendo todos voltarem para a realidade - Sofia, liga para a polícia por favor - ela concorda com a cabeça e eles aguardam a polícia chegar

No aguardo da polícia, um silêncio triste se instala. Pela primeira vez, o lado Vila e Torre sentiram a mesma emoção. Um desgosto, abalo e dor. A dor é uma experiência emocional desagradável associada às grandes preocupações da humanidade

"Romanos 8:18 Considero que nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória em nós será revelada"

A polícia chega junto com emissoras de TV. De tanto repórter, aparentam estar ligando mais a mídia do que ao real objetivo. Uma falsidade, já que as datas das minhas pistas estão defeituosas

Policial A. - É mocinhos. Vamos levar as provas para a delegacia e veremos o que fazer.

Lívia - Não vai deixar nem nos ajudar? Afinal, achamos o corpo - pergunta com esperança, que logo é quebrada

Policial A. - Eu sei o que faço, ajuda não é necessária. E não posso deixar crianças atrapalharem o caso. - diz arrumando seu colete a prova de balas. - Vamos interditar essa área da escola. As expedições serão feitas amanhã. Circulando.

Todos foram em direção a suas respectivas casas. Alguns traumatizados, outros pensativos. Era tanta perturbação misturada, semelhante ao adubo de planta. A noite foi intensa, cheio de perguntas de familiares do tipo "como foi a escola?" "sabe quem a matou? "foi culpa desse seu celular, fica o dia inteiro nele". No dia seguinte, o lado Vila se encontrava no pátio.

Lívia - Essa história da diretora não cheira muito bem - diz iniciando o assunto nada agradável

Julieta - Concordo, temos que tomar atitude

MORRA OU VEJA A MORTEWhere stories live. Discover now