capítulo 3

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g r a c e.

Passo a lâmina pelo meu pulso, ouvi-se as risadas das crianças, eu olho-as e continuo passando a mesma pelo meu pulso. Lágrimas caíam de meu rosto enquanto eu olhava o sangue sair pelo mesmo local onde eu cortava.

"Você é um anjo?" Ouço uma voz atrás de mim, olho para trás e vejo um garotinho que aparenta ter uns seis anos.

"O quê?" Meu olhar segue o garoto enquanto ele caminha até minha frente. Ele tinha um sorriso no rosto enquanto olhava para minha pessoa.

"Minha mãe disse que aqueles que têm os pulsos marcados são anjos." O garoto divagou, eu arquei minhas sobrancelhas. O garoto mexia os dedos de forma tímida.

"Eu não sou um anjo." Eu repito, o garotinho rir-se e eu continuou em entender.

"É claro que você é. Mamãe disse que só os anjos se cortam, porque eles não gostam da vida terra. Eles tentam se matar para retornar ao paraíso. Eles são sensíveis à dor do outro e deles mesmo."

"Você sabe, sua mãe é muito sábia." Eu sorri, e o garotinho assenti sorrindo.

"Obrigado. Ela também é um anjo, mas já voltou para o paraíso."

"GUS, VEM CÁ!" Uma senhora grita, o garotinho olha para trás e vem até mim da-me um beijo na bochecha e fala ao pé do meu ouvido:

"Tchau, anjo!" Ele sorri para mim e depois sai correndo em direção a senhora de cabelos loiros e longos.

Eu olho para meus bolsos, o sangue havia parado de sair. Estava começando a secar. O vento estava fraco e estava começando a ficar nublado. Levando do balanço onde eu estava sentada, tiro o casaco da minha cintura e o visto. Ando em direção à rua da minha casa, subo a ladeira. Logo chego à porta da minha casa, respiro fundo e pergunto a mim mesma se eu estava pronta para entrar em casa.

Uma parte de mim diz sim e as outra não, já era possível ouvir os gritos da minha mãe, e os pratos sendo quebrados. É aquele famoso "não fui eu!" saindo da boca do meu pai. Abro a porta e vejo minha mãe jogando os pratos no chão e xingando cada vez que o fazia.

"VOCÊ ESTAVA PAQUERANDO AQUELA VAGABUNDA DA AMBER!" Minha mãe grita estética, meu pai nega até morte mas ambos sabíamos que era verdade; minha mãe sempre o perdoa e ele sempre comete o mesmo erro.

"Boa tarde família amada." Eu disse mas passo despercebida pelos meus pais, minha mãe continuava com a gritaria. Subo até meu quarto, fecho a porta com força, respiro fundo coloco uma música alta, e deito-me na minha cama. Fico pensando no garotinho de agora a pouco, ele mexeu realmente comigo.

[...]

07:40 p.m

Merda, estou atrasada!

Mas aí olho para o calendário que havia em minha frente. Hoje é sábado, ou seja, sem aula. Ainda bem. Vou até meu banheiro, escovo os dentes e desço as escadas indo até a cozinha, não havia ninguém no local. Suspiro e vou assistir um desenho qualquer. Mas antes pego um cigarro em minha mochila – que estava na mesa da sala –

Acendo-o e logo dou uma primeira tragada, deixo a fumaça sair pelos meus lábios e ligo a televisão. Ponho em um desenho qualquer, minha campainha toca; penso em deixá-la tocar, mas acabo por abrir. Levanto do sofá, vou andando até à porta, abro-a e vejo o Niall. Calma aí... Niall?

"Hey, Grace! Desculpa esta vindo tão cedo mas... Eu vim te fazer um convite..."

"Não quero ser indelicada, mas já sendo... O que você faz aqui? É como descobriu onde eu moro?" Eu questiono e Niall dá uma leve suspira é uma leve risada.

"Eu olhei na sua ficha do colégio... Digamos que... eu invadir a sala da Mrs. Woodsen." Ele respondeu-me meio envergonhado, eu mordo os lábios e olho-o fixamente. "Minha banda está fazendo um show hoje às seis e queria que você fosse... Você vai?"

"Desculpa mas eu não posso..." Eu tento fechar a porta mas o pé de Niall não me deixa, eu suspiro e ele sobre mais um degrau ficando assim próximo de mim.

"Por favor, não vou embora até você dizer que vai!"

"Porque quer tanto que eu vá? Nunca trocamos mais que duas palavras, aliás, nunca trocamos nem duas palavras." Eu divaguei, tiro meu cabelo da frente do meu rosto e olho para os belos olhos azuis de Niall, ele tinha uma feição divertida e simpática. Mas ainda não sei se posso confiar nele.

"Eu sei, mas eu quero que você vá! Por favor." Ele pede, e eu dou uma risada fraca.

Eu mordo os lábios e suspiro fortemente. "Se eu falar que sim você vai embora?"

"Sim."

"Então sim, eu vou nessa show. Tchau."

.....

ALÔ ALÔ ALÔ MURKINESS VOLTOU

(((( rimou ))))

Que saudades de vocês meu deus :')

Então, o que acharam? Obrigada por todos os lidos e votos, minha Santa Inês Brasil, eu estou muito feliz ❤️

Dedico esse capítulo para pessoa que me inspirou com essa fanfic. Eu disse para ela que criaria uma história sobre ela e ela não acredita que eu já o fiz.

Love all, gabi xx

murkiness | njh {short}Where stories live. Discover now