capítulo 10

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g r a c e.

"Meus pêsames." Era a palavra que em cinco e cinco minutos saia da boca de alguém, engraçado que quando uma pessoa morre, de repente, parece que todos realmente se importavam com ela, quando da verdade, 98% se importará de verdade. Eu estava ao lado do caixão da minha mãe, e Niall estava ao meu lado. Nesses dias ele tem me dado um suporte inacreditável. O padre falava; eu não prestava a mínima atenção, as lágrimas ainda caiam pelo meu rosto. O rapaz de cabelos loiros beija o topo da minha cabeça e fazia carinhos em mim nesse momento difícil.

"Obrigada por esta aqui." Eu agradeço sincera, tento um sorriso, mas parece uma difícil missão quando tudo que você sente é um vazio que nunca será preenchido por nada.

"Não precisa agradecer, Grace." Niall parece sincero com suas palavras, eu não respondo, não confio em minha voz então apenas o abraço fortemente.

Após o término de sua palavras do Padre Jones, cerca de cinco homens carregam o caixão da minha mãe passa fora do pequeno local onde ocorria a cerimônia do velório da minha mãe. Todos fomos em direção aonde iriam enterra minha mãe.

"Que vá em paz, Emília Cordelia Campbell." O padre Jones disse em alto em bom som, eu aproximo-me do caixão, beijo a pequena rosa vermelha que havia em minhas mãos, e a deixo em cima do mesmo. Levanto-me em seguida, Niall se aproxima de mim segurando fortemente minha mão. E, no momento seguinte, o caixão da minha desce lentamente.

[...]

O tempo parecia nunca passar, imagens de tudo de ruim que aconteceu em toda minha vida passava pela minha cabeça como se flashback. Pego um cigarro no bolso do meu casaco jeans, coloco-o entre meus dentes em seguida pelo um isqueiro e acendo o cigarro. Dou minha quinta tragada do dia, deixo que a fumaça escape pela minha boca, olho para meus pulsos e para os fundos cortes que eu havia feito há pousa horas atrás, e quando eu fiz, não senti nada, dor... nada. Era como se fosse incapaz de sentir algo, me senti vazia e perdida.

Dou mais uma tragada, ando pela vazias ruas de Londres, deixo meu casaco no meio da rua e caminho sem rumo. Eu sabia o que eu deveria fazer, nada me prendi mais aqui. A única pessoa que – pelo menos eu acho – que se importava comigo se foi, mas apensar de tudo tem Niall, e eu me importo com ele. Mas essa dor é maior que esse sentimento, na verdade é maior que tudo.

Eu caminho em passos lentos com cigarro entre os dentes em direção à ponte; ficava cerca de poucos quilômetros de distância de mim.

Após longos minutos de caminhada em chego ao meu mais novo destino; deito-me no chão, e canto uma minha música favorita; o cigarro já tinha acabado, eu apenas o jogo fora.

Eu me senti como um cigarro; depois de fumado, todos jogam fora e alguns pisam nele brutalmente.

Caminho em direção aos ferros que esperavam a pista do grande mar que havia lá em baixo, eu subo no mesmo e fecho meus olhos e simplesmente pulei.

"e, mais uma vez, a escuridão venceu."

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ACABOU! Sim, amores, este é o fim de Murkiness, após muitas idas e vindas e decidir fazer uma short fanfiction. E Murkiness saiu do jeitinho que eu imaginei, espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu!

não me deixem ainda, ainda faltam o epílogo, postarei ainda hj, talvez às sete horas :)

all love, gabi xx

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