Capítulo 18

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Então o problema era que Louis estava sentindo, sentindo demais.

Beijar um garoto de recém completos dezesseis anos não deveria ser tão bom.

Louis não deveria estar excitado.

Os dedos de Harry segurando seus cabelos com tanta força, como se ele estivesse desesperado para mantê-lo ali, não deveria ser tão bom

E o corpo dele era relativamente pequeno no colo dele, e ele estava tão excitado quanto o próprio Louis, mas tudo bem porque ele é um adolescente, mas aquilo não devia deixar Louis tão desnorteado e desconcertado.

Tudo bem gostar daquilo, mas tinha algo muito, muito errado passando pela cabeça de Louis.

Porque ele não queria parar de beijá-lo nunca, e todas as coisas erradas que ele vinha pensando sobre o garoto pareciam estar se multiplicando em sua mente.

Aquilo era tão, tão bom.

E tão, tão errado.

E de repente todas as razões do porque aquilo era errado explodiram na sua cabeça, e Louis começou a se sentir sobrecarregado.

Um monte de sentimentos, um monte de culpa, e um monte de sensações o fazendo entrar praticamente em colapso, até que ele simplesmente virou o rosto para desconectar sua boca da de Harry e ofegou desesperado.

Seu corpo estava muito quente, e Harry estava muito quente e muito perto.

E ele continuou fazendo aquilo de se mover no colo dele e gemer, e Louis tinha certeza que ia morrer porque aquilo era sim algo demais.

Demais para suportar.

Harry beijou seu rosto todo, e segurou seu queixo com as pontas dos dedos para que Louis o encarasse, ele se aproximou para juntar seus lábios de novo, mas Louis inconscientemente virou o rosto.

Nem foi tanto assim, ele apenas sacudiu a cabeça quase que imperceptivelmente, mas Harry percebeu porque eles estavam muito perto.

Perto demais.

Louis se arrependeu no segundo seguinte quando viu a mágoa nos olhos de Harry e percebeu o quanto o garoto se sentiu rejeitado.

Deus, não era a intenção dele.

Harry ficou tenso em seus braços, e Louis não sabia o que fazer, porque suas mãos ainda estavam nas coxas dele, e eles ainda estavam respirando ofegantes muito perto um do outro.

Harry engoliu um monte de ar como se estivesse compreendendo algo e começou a levantar do colo de Louis.

Louis não o impediu, ele não tinha forças, mesmo que quisesse desesperadamente manter o garoto ali, para sempre.

Caralho, a boca dele já estava formigando de saudade, ele precisava beijá-lo mais.

Mas ele não conseguia se mover, e Harry parecia tão, tão envergonhado e desesperado.

Ele arrumou a roupa que estava toda amassada e murmurou um obrigado antes de simplesmente abrir a porta e sair.

E Louis continuou parado.

Tinha muita coisa passando por sua cabeça naquele instante para que ele conseguisse se mover.

Muitas lembranças. Muitas comparações.

Ele não queria estar pensando naquilo agora, mas era inevitável.

Porque eles eram iguais.

E Louis não sabia como deixar de se sentir péssimo.

Qual era o problema dele?

Por que ele estava sentindo aquilo tudo? Justo por aquele garoto que era igual a alguém por quem ele não conseguiu sentir nada?

Love Don't Break MeWhere stories live. Discover now