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Estive contando os segundos para que a hora do jogo chegasse

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Estive contando os segundos para que a hora do jogo chegasse. Aqueles meninos haviam muito a me ensinar, sem falar que era uma final de universidade e sabemos que elas são as mais loucas e divertidas de todas.

— Você não vai chorar né? — Perguntou assim que estacionou a moto e me viu secar pequenas lágrimas que haviam se formado em meus olhos.

— Ah... não. — Neguei. — Eu nunca vivi algo tão verdadeiro e libertador como nessas horas que estive aqui.

Bryan utilizou o polegar para limpar a minha bochecha, sua atitude me pegou de surpresa fazendo com que eu fechasse os olhos e inclinasse a cabeça.

Ao abrir deparei-me com seus olhos intensos focados em mim.

— Vamos subir? — Convidou. — Tenho que colocar a roupa para o jogo.

No último andar já não haviam mais vestígios de Selena. Luke encontrava-se colocando a caneleira e seu meião.

Nos olhou brevemente por alguns segundos e semicerrou os olhos para o colega de quarto.

Fingi uma intimidade que não tinha e o ensinei a amarrar a chuteira de uma forma que ele não fosse precisar parar em algum momento do jogo para amarra-la novamente.

— Obrigado, isso será muito útil. — Agradeceu.

Bryan retirou a camisa e a colocou novamente no guarda-roupa. Passei os olhos pelo seu abdome e me arrependi ao notar que havia reparado a intensidade do meu olhar.

— Pode descansar um pouco. — Apontou para a cama. — O jogo é daqui duas horas mas precisamos estar um pouco antes para finalizar as estratégias.

— Claro, obrigada. — Agradeci retirando os tênis e me deitando sem jeito em sua cama.

Meu corpo estava se sentindo cansado por conta do dia corrido e novo para mim. Assim que passei seu cobertor que continha o mesmo cheiro amadeirado que ele, meus olhos pesaram e me permitir dormir.

O que eu mais esperava daquele dia era a noite no  jogo e também a festa para qual havia sido convidada.

— Ei, vou deixar meu celular aqui com o despertador ligado para você não se atrasar. — Bryan avisou ao me despertar do início do meu sono e depositou o celular de baixo do travesseiro.

Sorri com a atitude é apenas balancei a cabeça em concordância.

Abracei a coberta e a coloquei até o pescoço como se aquele fosse um gesto habitual meu naquela cama

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Abracei a coberta e a coloquei até o pescoço como se aquele fosse um gesto habitual meu naquela cama. Poderia facilmente me acostumar com aquilo na minha estadia na faculdade. Provavelmente todas os quartos eram iguais.

 Provavelmente todas os quartos eram iguais

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Havia dormido profundamente. Sabia disso porque alguém me sacudia com força na cama, fazendo-me levantar em um pulo assustada.

— Você não escutou o despertador? — Bryan perguntou com pressa. — Temos dez minutos para o jogo começar, vem.

Ele fora paciente ao me esperar passar uma água no rosto para dar aquela acordada. Depois disso nós estávamos correndo feito loucos pelos corredores e escadas dos dormitório.

Sua mão estava entrelaçada a minha para que ninguém ficasse para trás. Corremos o mais depressa possível, ele poderia se meter em encrenca caso não estivesse no horário programado para entrar em campo.

Tudo aquilo me lembrava cenas de filmes clichês onde os casais fugiam de algum local ou até mesmo de seus pais para não serem pegos no flagra. Mas eu e Bryan éramos apenas dois conhecidos.

Novamente a adrenalina percorreu as minhas veias, fazendo-me sorrir com aquela agitação. Era possível escutar o som das pessoas gritando nas arquibancadas, para constar, elas estavam lotadas, mal havia um lugar para se sentar.

Não lembro exatamente quando perdi Bryan de vista, foi quando soltou a minha mão. E então passei a cruzar o caminho até um dos poucos espaços que haviam disponíveis bem no canto da arquibancada perto do corrimão.

 E então passei a cruzar o caminho até um dos poucos espaços que haviam disponíveis bem no canto da arquibancada perto do corrimão

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A torcida do time adversário havia vindo em pouca quantidade. Enquanto da universidade preenchia praticamente a volta do estádio todo, os outros haviam ficado com um pequeno espaço, talvez 1/4 de todo o local.

Enquanto as líderes de torcida faziam o espetáculo todo de piruetas no ar, os jogadores passavam a caminhar até o centro do campo. Embora estivesse jogando futebol por praticamente três anos, nunca iria ter a flexibilidade que elas tinham. As pernas chegavam encostar na orelha e a única coisa que eu conseguia sentir era dor.

— VAI LUKE! — Ouvi a voz da sua namorada vir a dois lances abaixo. Ela estava segurando um pompom laranja e o sacudindo no ar.

— VAI AMOR! — Gritou novamente.

Ninguém além dos outros alunos haviam ido a um jogo meu torcer por mim. Todas as meninas dos times tinham a presença dos seus pais e família na maioria dos jogos, mas eu nunca tive ninguém.

Embora os dois times fossem bons e possuíssem suas habilidades e estratégias, no primeiro tempo o time adversário se sobressaiu. Eles pareciam mais calmos e nenhum pouco afetados com a torcida gritando a favor do outro.

Luke berrava o tempo todo com seu time pedindo mais entrosamento, mas eles pareciam afobados e nervosos demais. Os dois gols que o time adversário pontuou no primeiro tempo os manteve impacientes e com pressa para jogar.

Para o intervalo Bryan retirou-se do estádio olhando por todos os lados da arquibancada. Gostaria de imaginar que ele estivesse me procurando em meio a multidão, mas seus olhos encontraram os meus. Os dele pareciam perdidos e tristes, provavelmente pelo resultado.

Falei um "vai dar tudo certo" em silêncio para que ele lesse meus lábios e assim fez ao deixar um pequeno sorriso aparecer de canto.

O Campeonato (AMOR EM JOGO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora