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Papai tinha o hábito de levar Athany ao colégio porque ainda a considerava nova demais para ir caminhando até ele, principalmente por não ser o mesmo onde eu e Jeannine estudávamos

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Papai tinha o hábito de levar Athany ao colégio porque ainda a considerava nova demais para ir caminhando até ele, principalmente por não ser o mesmo onde eu e Jeannine estudávamos. Mas naquela manhã tudo me pareceu diferente.

Tomamos o café da manhã todos juntos. Mamãe estava com o mesmo mau humor de sempre e nem ao menos me olhou. Papai por outro lado fez questão até mesmo de preparar meu pão com queijo.

Estávamos prontas para ir ao colégio e saindo de casa quando ele nos ofereceu uma carona, pegando-nos de surpresa.

— O que aconteceu? — Jeannine perguntou no instante em que colocamos o pé para fora do carro.

— Acho que ele só resolveu nos dar uma carona. — Respondi dando de ombros. — Ah, seu amigo mandou mensagens enquanto esteve fora, está com saudade.

Pisquei a deixando envergonhada e logo cada uma fez seu próprio trajeto até as salas.

Concentrei-me em ir até a minha sala e esperar por Lola para contar todo o meu fim de semana.

— Como foi sábado? Gostou da universidade? — Perguntou Lola sentando-se atrás de mim.

— Intenso. Incrível. Libertador. — Respondi animada.

— Preciso de detalhes. — Afirmou curiosa.

Pela carona de papai, consegui chegar bons minutos antes da aula começar, o que foi o suficiente para contar os maiores e melhores detalhes de sábado.

A cada coisa que contava seus olhos brilhavam ainda mais e as caras e bocas ficavam cada vez mais engraçadas

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A cada coisa que contava seus olhos brilhavam ainda mais e as caras e bocas ficavam cada vez mais engraçadas. Ela com certeza estava surpresa das atitudes que havia tomado.

— Espera, você está me dizendo que bebeu pela primeira vez? Que beijou pela primeira vez? Que teve a sua primeira vez com um desconhecido mais velho que você? — Perguntou um tanto alto, o que me fez dar-lhe uma pequena cotovelara para silenciar. — Cara eu sou muito tua fã.

Nós rimos e novamente ela pediu que eu repetisse toda a cena com Bryan. A propósito, ela parecia bem mais apaixonada do que eu.

— Cara, ele está tão na sua. — Comentou sorridente.

— Ele joga no time principal da universidade, deve ter ficado com a metade de meninas de lá. A gente só transou. — Respondi como se não fosse nada.

Limitei-me em falar meus reais sentimentos sobre aquilo. Apesar de ser minha melhor amiga e saber de todos os meus segredos, aquilo fora tão íntimo e diferente que certas recordações havia deixado para guardar apenas em minha memória.

Por sorte a professora de geometria adentrou a sala e nos fez encerrar o assunto. Assim, eu poderia pensar em tudo sozinha.

Sabia que além de me empenhar no futebol, precisava me empenhar dentro das salas de aulas, afinal, minhas notas também somariam pontos para ganhar a bolsa.

Enquanto desenhávamos as fórmulas geométricas que ela havia exposto no quadro, Lola desenhava corações escrito Bryan dentro para me provocar. Revirei os olhos em tom de surpresa.

— Idiota. — Sussurrei sorrindo.

— Você pegou o número dele? — Perguntou baixo.

Como resposta balancei a cabeça negativamente, chamando a atenção da professora.

— Lola?? Você está com algum problema?

Lola virou-se para frente e encarou a professora.

— Estava com uma dúvida no exercício mas Yanni já resolveu, obrigada. — Educadamente inventou uma desculpa e voltou a desenhar em seu caderno.

Ri baixinho e recebi um dedo do meio levantado em minha direção.

Pelo fato do colégio oferecer cursos livres no período da tarde após as aulas, essa era a oportunidade que tinha para participar dos treinos — este era o meu curso —

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Pelo fato do colégio oferecer cursos livres no período da tarde após as aulas, essa era a oportunidade que tinha para participar dos treinos — este era o meu curso —. O nosso treinador sabia dos meus motivos de faltas e também o motivo pelo qual não participava das comemorações.

Mas tive a sorte de Deus colocar as pessoas certas em meu caminho que entenderiam a minha situação e seriam mais compreensíveis. Ele era compreensivo quanto ao meu horário, muitas vezes saía mais cedo entre uma aula e outra apenas para treinar em particular com ele.

Sentia-me um tanto desfalcada e distanciada das outras meninas da equipe de vez enquanto. A questão era que no início do ano passado o treinador quis realizar uma reunião para explicar para todas o que estava acontecendo. No início me fez ficar com vergonha, mas logo todas me apoiaram.

— Yanni? Posso falar um minuto com você? — O treinador pediu fazendo que me distanciasse das meninas.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei preocupada.

— Hoje cedo recebi uma ligação de Benjamin falando sobre sua visita. — Respondeu. — Adorou a sua presença no local e recebeu vários elogios dos alunos de lá. Ele falou que além de uma ótima jogadora, deseja uma aluno que seja uma boa pessoa, amiga e participativa. Disse que encontrou tudo isso em você.

Sorri aliviada com a notícia. De fato não esperava que ele já fosse entrar em contato tão cedo. Receber elogios como aquele e saber que as pessoas que eu havia me comunicado haviam me elogiado para Benjamin fazia-me sentir orgulhosa.

Ele apertou a minha mão e bagunçou o meu cabelo, sabia que aquela era uma das suas formas de demonstrar carinho.

Saltitei feliz até onde Lola brincava com a bola e a abracei apertado, fazendo-a arregalar os olhos.

— Estou com um pé dentro daquela universidade. — Cochichei em seu ouvido.

Ela sorriu e deixou um beijo em minha bochecha. Corremos em direção a trave onde nossa fileira nos esperava para treinarmos pênaltis e faltas na entrada da área.

— Você pode fazer melhor do que isso. — O treinador falou para mim.

De cinco pênaltis que eu havia batido, havia acertado apenas dois. Realmente para uma atacante era uma margem péssima.

Quem sabe os meus pensamentos estivessem afetando o meu desempenho dentro de campo. Provavelmente pelo fato de estar preocupada em ganhar essa bolsa e poder possivelmente ver Bryan novamente.

Pois é, talvez ele estivesse passando tempo demais na minha cabeça e isso não me faria bem.

O Campeonato (AMOR EM JOGO)Kde žijí příběhy. Začni objevovat