Baqueta▸parte 1

429 41 31
                                    

— Ariba, abajo, al centro y adentro! — o nível alcoólico no meu sangue já estava me permitindo fazer esse tipo de coisa sem sentir a menor vergonha

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Ariba, abajo, al centro y adentro! — o nível alcoólico no meu sangue já estava me permitindo fazer esse tipo de coisa sem sentir a menor vergonha.

Vários copos tilintam e vão direto para as nossas bocas. Tomo de uma vez a minha dose e não resisto a vontade de sacudir a cabeça, fazendo a bebida nublar um pouco mais rápido os meus sentidos. Mesmo já sentindo a cabeça rodar, ainda consigo ver as feições das pessoas que me rodeiam. E abro um sorriso sincero.

Eu tenho os melhores amigos do mundo.

Só eles mesmo para estarem aqui, nem sei mais que horas são, nessa boate comigo. Temos compromissos amanhã e, com certeza, não deveríamos estar enchendo a cara e assinando um compromisso com a ressaca que viria implacável quando acordássemos.

Eles poderiam reclamar, com uma cara preocupada, mas não. Cada um aqui está rindo, virando as doses que chegam sem parar, sem demonstrar nenhuma negatividade. Estão aqui acompanhando meu estado de espírito.

Bart está do meu lado, e me sinto ridículo ao sentir orgulho dele. E esse orgulho se deve apenas pelo fato dele não alterar em nada o seu semblante ao engolir de uma vez o conteúdo da dose. Ele mal pareceu ter engolido o líquido e já está com os dedos na boca, assobiando alto, chamando a atenção de um dos garçons que caminhava freneticamente entre os espaços reservados. Nosso cantor já pede mais doses para a nossa mesa.

Tomo um susto ao escutar o barulho de um copo cair no chão. Isso foi Fred tentando colocar o copo em cima da mesa baixa, porém falhando miseravelmente. Seu sorriso é igual ao de uma criança que aprontou algo e sabe que não vai ser descoberta. Ele apenas dá de ombros e estica a mão para apanhar uma garrafa de cerveja, dá um longo gole e estende as pernas para baixo da mesa.

Não consigo mais prestar atenção no meu amigo quando o grito particularmente feminino de Catarina me chama atenção. Ela está tomando mais uma dose e assim como eu, sacode a cabeça com velocidade e solta mais um gritinho.

Seus olhos estão bem apertados e fechados e ela está tateando a mesa, procurando um pequeno prato com limões cortados que um garçom tinha trazido não muito tempo atrás. Ela está fazendo uma careta quase que engraçada e então eu me apiedo dela e busco entre copos cheios e vazios brigando com a luz parcial, onde diabos estão os limões.

Estou quase chamando um garçom para que ele traga mais limões, quando Chuck segura meu ombro e apenas com um aceno de cabeça me pede licença.

Só então percebo que meu melhor amigo está com a maldita fruta azeda na boca e está chamando a namorada com um dedo de uma maneira no mínimo indecente. Catarina abre um sorriso malicioso e praticamente pula em cima do meu amigo, e nem deve estar sentindo mais a queimação da dose, e sim outro tipo de fogo.

Pulo pro assento do lado quando os dois perdem o equilíbrio e quase caem em cima de mim. Tento não encarar os dois. Não preciso ver essa cena muito provavelmente erótica. Os dois ainda estão na "fase lua de mel" e não conseguem manter as mãos longe um do outro.

O que Aconteceu nos BastidoresWhere stories live. Discover now