Baqueta▸parte 2

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Ainda nem abri os olhos e a minha cabeça parece querer explodir

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Ainda nem abri os olhos e a minha cabeça parece querer explodir.

Não deveria ter ninguém aqui dentro do quarto, mas estou escutando passos indo de um lado pro outro. E pior, esse ser ainda tem a coragem de abrir as cortinas, deixando a luz do Sol entrar! Essa pessoa me odeia com certeza.

Quero abrir os olhos e mandar quem quer que seja para o inferno, porém a luz queima meus olhos e a minha garganta está seca demais para fazer um barulho racional, porém um resmungo eu consigo.

— Ah, estou vendo que você acordou querida, que bom! Não odeio ter que fazer isso, mas você tem que levantar, temos uma entrevista hoje! — a voz do Chuck é alta demais para o meu gosto, então resmungo mais uma vez e jogo um travesseiro na direção que acho que ele está.

Só que como ainda não consegui abrir o olho, não acerto. Quer dizer, acerto alguma coisa, que faz um barulho meio oco ao cair no chão e despedaçar.

A risada que o Chuck dá só me faz ter a certeza de que errei e por muito o meu alvo. Com um esforço descomunal consigo abrir um olho e olho ao redor. As paredes são brancas demais. Fecho novamente o olho e solto um suspiro.

— Tem uma garrafa de água e um remédio pra dor de cabeça aí do lado da sua cama — ele diz e eu me sento na cama. Olho para o lado e aquela garrafa transparente parece minha salvação.

Tomo mais da metade do conteúdo antes de ver dois comprimidos pequenos em cima de um guardanapo. Nem penso demais e os coloco dentro da boca e os engulo com ajuda do restante da água. Aperto minhas têmporas e agora me sinto um pouco mais confortável em abrir os dois olhos.

— O que seria de você sem mim querida... Me deu trabalho demais pra te desovar aqui dentro! Ainda bem que o Fred me ajudou!

— Que horas são? — pergunto ignorando completamente o seu comentário, mas ainda sim erguendo o dedo do meio para ele.

— Passou e muito da hora que você poderia descansar. Então trate de levantar essa carcaça da cama, e vá tomar uma ducha quente pra ver se o álcool termina de evaporar de você! Precisamos que, pelo menos, seu corpo esteja lá fora. E em no máximo vinte minutos.

— Tá certo, tá certo fofinho... Se você parar de falar minha cabeça agradece! — digo e jogo os lençóis para o lado, me levantando e indo na direção do banheiro me apoiando nas paredes.

O banho quente serve mais para levar o cheiro da bebedeira de ontem embora do que faz algum bem para a minha cabeça. Escovo os dentes no chuveiro mesmo e pego a roupa que alguém tinha deixado em cima da cama.

Quinze minutos depois estou saindo do quarto, passando a camisa por meu tronco e bocejando alto. Ao sair, vejo que os três integrantes da banda já estão no corredor, me esperando.

Fred está quase dormindo sentado, encostado na parede e os seus óculos escuros estavam pendurados na ponta do nariz... Aquilo é baba escorrendo da sua boca?

O que Aconteceu nos BastidoresWhere stories live. Discover now