⥇ CAPÍTULO 4: O COMISSÁRIO DA MORTE

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          — MARY JAMES COLIN, ANTIGA apresentadora do jornal local. — anunciou o Dr. Timlin assim que identificou o rosto da mulher caída no chão do banheiro do segundo andar da hospedaria Lavora. O corpo, idêntico as outras vítimas, permanecia virado para baixo e o cabelo castanho estava bem preso no topo da cabeça. O médico fitou a figura pálida e sem vida da mulher durante alguns segundos e notou não haver marcas nas partes expostas da pele alva de Mary. Longe dos aparatos de sua sala, sabia que solucionar aquela onda de crimes seria um caminho quase impossível de percorrer. 

          — Que infortúnio... — a voz de Chase preencheu o pequeno cômodo. O banheiro estava limpo, havia um tapete de cor transparente no centro e alguns frascos de limpeza pessoal sobre a bancada à esquerda. O Sr. Burns permanecia parado ao pé da porta, que fora fechada logo após os três homens adentrarem o local. — O que acha que aconteceu aqui, Doutor? — As mãos de Chase pairaram sobre o corpo de Mary e, com um toque suave, ele virou-a de forma que a parte frontal encarasse o teto.

          — Céus! — Dr. Timlin cobriu a boca. — Perdoe-me, meu caro. Costumava ver o noticiário e... Por Deus! Vê-la nesse estado é apavorante. Está vendo essas linhas? — Perguntou o homem, apontando para o corpo de Mary com o dedo indicador. O detetive apenas balançou a cabeça positivamente. — É exatamente igual... Não há dúvidas. — Dr. Timlin colocou suas luvas brancas e sobrepôs seus dedos na área abdominal do corpo. — É o mesmo padrão...

         — Sim, realmente. Até mesmo as curvas no canto superior de cada linha... Não é impossível, mas... —  Chase suspirou e piscou os olhos, desviando-se da figura mórbida e falecida. As paredes, teto e luz branca faziam com que o vermelho das linhas desenhadas sobre o corpo da mulher queimasse suas vistas como se fossem as chamas de uma fogueira improvisada.   

          — Detetive Chase — chamou  Timlin —, está vendo isto?  

          Chase piscou os olhos algumas vezes e caminhou ao redor da vítima com sua expressão usual estampada no rosto. Ao parar atrás do legista, ele avistou uma pequena mancha negra marcada no chão. Chase se aproximou de Mary ao passo que Dr. Timlin se afastava e, sem encostar no corpo,  pôde observar que as pontas dos dedos da mão direita da mulher estavam sujas e cobertas por uma camada ressecada de líquido negro.  

          — Parece que temos outra mensagem escrita à mão. — concluiu Chase, movendo-se em volta do corpo para posicionar sua cabeça no mesmo ângulo de Mary. — Ao que se parece, nosso assassino também é um fã de charadas.

          — Por Cristo! — exclamou Dr. Timlin, sentindo um arrepio percorrer por cada fibra de seu corpo. — Em todos esses anos, nunca havia visto nada assim antes. Parece um jogo de horror. O que é isto, Chase? Parece tinta.

Noite Das Bruxas | CompletoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora