Capítulo 08

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M A R I A E DU A R D A

— Maria, se tá bem mano? Desde que acordou tá meio estranha. - Beatriz diz relando na minha testa, com uma expressão preocupada.

— Deve ser só um resfriado Bea, vai lá com eles, vou tomar meu remédio e dormir um pouco.

— Tá, qualquer coisa me chama. - Ela beija minha testa e sai.

Tomo um banho quente e coloco uma blusa que vai até minhas cochas, coloco uma calcinha; de bichinhos, porque sim, e um short de pijama, me aconchego no meio das cobertas e durmo em pouco tempo.

[...]

Escuto a porta abrir e fechar, mas provavelmente é Beatriz, então volto a me concertar no meu sonho; — Caralho, que rabão. - Escuto um sussurro, mas não consigo entender oque.

— Eu disse que meu beijo causava efeitos colaterais, só não sabia que um deles era resfriado. - Escuto a voz do Grego, e por um segundo penso estar sonhando, já que meus sonhos ultimamente tem se resumido nele, e só ele.

Mas quando sinto a cama afundar e meu cabelo ser tirado do meu rosto quase pulo de susto, santo Hades, ele tá mesmo aqui. Okay, respira, poxa, ele tem que aparecer logo agora que eu estou parecendo um urubu depenado?

— Eu estou horrível Grego, não olha. - Me escondo embaixo das cobertas e escuto sua risada.

— Anjo, nem se você quisesse você ficaria feia. - Ela tira a coberta do meu rosto.

— Porque tá aqui? E não com eles? - Pergunto.

— Pra que eu ia ficar com eles? Se eu só vim pra ver você.. - Sinto o rubor subir pelas minhas bochechas e ele ri. - tá ligada que não vai se livrar do pai aqui tão fácil né?

— To ligada. - Faço; - ou tento; uma cara de bandida, e ele ri.

— Quer ir lá pra baixo ou ficar aqui? - Pergunto, me arrumando na cama, cruzando meus braços na frente dos seios, maldita hora que eu decidi não colocar sutiã.

— 'Bó cola lá embaixo, daqui a pouco tenho que piá pra casa. - Assinto e levanto indo em direção ao banheiro.

— Mariazinha Tanajura, que isso bebê, assim se mata o pai do coração. - Escuto ele dizer e me viro vendo ele com a mão no coração, rio, mas não sei oque quer dizer.

Bato a porta do banheiro e coloco uma roupa mais comportada, escovo os dentes e lavo o rosto, saio e vejo ele com uma coisa na mão, mas para tudo; não é qualquer coisa; merda, ele tá com a minha calcinha de bichinhos na mão, bosta, merda, praga.

Deus, me leva, eu deixo.

Ele me olha com ar risonho e diz; — Relaxa branquinha, curti pra caralho, fofinha, vou ficar com ela, valeu. - Ele coloca no bolso e eu corro pra pegar.

— Na-não, n-ã-ão, me-e da-a isso Gr-e-ego! - Tento pegar, mas ele pega em meus pulsos sem machucar e me empurra na cama, ficando em cima de mim.

Minha respiração fica ofegante, sinto como se fosse explodir, ele encosta os lábios nos meus levemente e me beija calmamente, assim que termina ele me da alguns selinhos e morde minha bochecha.

— Aí. - Reclamo e ele faz uma careta, mordendo novamente. — Ei, para! - bato no braço dele e ele levanta, e me coloca de pé, saímos do quarto e quando estamos descendo as escadas, eu sinto uma tontura e tropeço.

— Porra do caralho, aí, branquinha, tu tá bem? - Ele me pega no colo como se eu fosse uma pena e me leva pro sofá.

Assinto com a cabeça e ele passa o polegar na minha bochecha, mas somos interrompidos.

— Ala BN, Greguinho emocionado pô. - Brendo zoa ele junto ao Bruno, eu rio da cara feia do Grego.

— Na hora que eu enche o cu de vocês dois de bala, aí vai ver o emocionado.

Os meninos parem de rir na hora e eu continuo, mas ele olha pra mim e sorri.

Ele havia me dito que havia trazido alguns fiéis por precaução, um deles entrou na casa da Bea.

— Chefe, Cleitin ligou, roubaram os carregamento tudo. - Ele me olha e morde os lábios, me deixando desconfortável.

— Esses porra não faz caralho nem um direito, toma no cu viu. - Grego coloca as mãos no cabelo nervoso, e olha pro fiél. - Olha pô, olha bastante enquanto tu tem olho.

O fiel fica vermelho e se encolhe assustado.

— Vaza, porra! - Grego grita e ele sai rapidamente.

— Tão sentindo? - Maumau pergunta.

— Oque? - Laura pergunta.

— Esse cheiro de ciúme e possessividade. - Reviro os olhos e sinto um rubor subir pelas minhas bochechas.

— Pô, tá foda o cheiro. - Tati reclama.

— Vai todos vocês pra casa do caralho. - Grego diz e eles riem.

Nós continuamos a conversar, decidimos assistir a um filme, eu deitei no sofá e o folgado do Grego deitou no meio de minhas pernas, com a cabeça em minha barriga, fiquei fazendo carinho em seus cabelos, que eram incrivelmente macios.

[...]

— Bea. - Chamei ela, a mesma me olhou. - Oque é "tanajura"?

— É uma formiga da bunda grande.

— O grego me chamou assim hoje, será que pra ele eu sou tão feia quanto uma formiga? - Disse aborrecida.

— Porra, ele oque? - Ela riu alto. - Só progresso.

Não entendi, mas não perguntei mais.

Kiss, deixe seu voto e comentário,

- Maduu. 

Menina do Chefe ✔ - 𝖱𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈Where stories live. Discover now