Capitulo 09

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M A R I A E D U A R D A

— Acha que eu fiquei gostosa? - Beatriz pergunta dando uma voltinha.

— Você tá linda Bea. - Sorrio e ela aperta minha bochecha. - Aí!

Credo, parece aquelas tias que ninguém gosta.

— Eu ainda não acredito que vou nesse baile. -Suspiro derrotada e me olho no espelho.

— Eu também não, mas que bom que você vai. - Ela pisca pra mim e continua a se maquiar.

— Bea.. - Chamei ela, mas a mesma cagou pra mim. - Beatriz! - Gritei, ela olhou tão rápido pra mim que o batom arrastou pelo seu rosto, não me aguentei e comecei a rir.

— Vai pra porra mona, vadia do caralho! - Eu continuei rindo, minha barriga doía pela risada. - Morre capeta!

— Aí Beatriz, eu não te aguento. - Limpei minhas lágrimas e coloquei meu tênis. Hoje eu resolvi me arrumar um pouquinho mais, a Beatriz veio com uns papo de que é por causa do grego, mas, puff, que?! Óbvio que não.

(N/A; A kátia ela.)

Me olhei no espelho e dei uma rodadinha, tanto é que tropecei nos meus próprios pés e cai de bunda no chão, aí meu bumbum, doeu.

— Isso que da rir da desgraça alheia. - Escutei Beatriz falar, me levantei, já sem a mínima animação e me olhei no espelho, não tá feio, isso já é suficiente.

Olhei pra Bea, ela tá linda, com um conjunto de saia de cropped preto, um tênis da fila e maquiada. Me olhei no espelho mais uma vez, estou com uma calça jeans larga de cintura alta, essas estilo indie, bem linda, um cropped simples preto de mangas, como se fosse um camisetão cortado ao meio, com a foto da monalisa. Meu cabelo tá solto, eu estou usando um Jordan Chicago Clássico e somente um gloss na boca.

Até que eu não estou tão mal.

Sinto um sentimento de insegurança atingir, será que ele gostaria que eu vestisse um vestido justo e um salto? Será que ele me prefere assim? Acho que ele não gosta do meu estilo, mas é assim que eu gosto, mas, e se ele não gostar?

Beatriz me abraça por trás no espelho, por ela ser mais alta que eu e com o salto ainda, eu realmente pareço uma tanajura, uma formiga.

— Eu sei que você está insegura, mas, fica tranquila, ok? Você tá linda, e eu estou feliz que você está seguindo em frente, sempre vou estar aqui tá? Te amo maria, é um privilégio ser amiga de alguém como você. - Sorrio sentindo algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, me viro e abraço ela. Eu tenho tanta sorte de ter ela.

— Obrigada, por tudo, eu amo você Bea.

— Não me faz chorar, Maria Eduarda, vou borrar a maquiagem. - Nós rimos, peguei minha bolsa com o kit de emergência dentro e a Bea pegou a dela, saímos e pegamos o Uber. Ele era muito bonzinho, um senhorzinho chamado José.

Chegamos ao pé do morro e subimos até a casa da Tati, com a Beatriz reclamando que estava cansada. Tati também estava linda de morrer, fomos com ela até o morro da rocinha, pois ia ser lá o baile.

Eu já estava pra morrer de tão cansada.

Beatriz foi encontrar o Bruno, e eu Tati, Yuri e Laura ficamos conversando, eu ainda não havia visto o Grego.

— Esse vagabundo, cachorro, filho de uma cadela! - Tatiane diz vendo Brendo no canto do baile com uma menina ruiva.

— Nem perca seu tempo amiga, esse aí não vale a buceta que come. - Laura falou, eu senti minhas bochechas quentes com suas palavras. - Que fofa! - ela apertou minhas bochechas.

Bebi um pouco da minha água e senti meu estomago se revirar, não acredito que esqueci de tomar a porcaria dos remédios.

Decidi ir ao banheiro jogar uma água no rosto.

— Gente, licença. Vou no banheiro. - Disse me levantando e pegando minha bolsa.

— Quer que alguma de nós te acompanhe vida? - Laura perguntou e eu neguei.

— Não, obrigada Lala.

Depois de enfrentar a multidão, finalmente achei o banheiro, pelo contrário do que eu pensava, até que não era sujo, era tipo banheiro de escola, várias cabines e pias, com um chuveiro no canto. Entrei, coloquei minha bolsa no suporte e fiz xixi, depois de me limpar, fui até a pia e lavei as mãos, passei uma água no rosto e sequei com um paninho que eu tinha na bolsa, já que ali não tinha.

Quando me virei, vi um homem de meia idade me encarando com um sorriso perverso, meu ar sumiu e minhas mãos tremeram, pelo jeito que ele me olhava. Peguei minha bolsa e tentei sair, meus olhos se encheram de lágrimas quando fui empurrada brutalmente contra a parede, me prensou contra ela e eu comecei a gritar, em meio a soluços e o choro, ela passava as mãos em todo meu corpo, e aquilo me dava ansia.

— Me solta! Por favor, moço, não faz isso. - Gritei chorando quando senti suas mãos grandes apertarem meu pescoço, fiquei fraca, meu cropped foi rasgado, em seguida o top que eu usava, fazendo meus seios mixurucas pularem pra fora, ele os apertou com força, e eu gritei de dor.

Quando ele começou a desabotoar minha calça, eu já não enxergava nada, só gritava e chorava, um estrondo chegou aos meus ouvidos e eu senti um peso saindo de cima de mim, mas não parei de gritar.

Me encolhi no canto da parede chorando, senti braços me envolverem e gritei.

— Calma Maria, sou eu, tá tudo bem. - A voz de Beatriz soou, eu parei de gritar e continuei chorando.

"Tato, cola aqui no banheiro perto do camarote" - Ouvi uma voz, mas não identifiquei.

Ouvi tiros, urros de dor e suplicas, mas Beatriz não me deixou olhar.

— Sabe, eu sempre fui um filha da puta, mas um filho da puta amigável, mas quando mexem com o que é meu, aí eu viro o próprio demônio, e você ainda não me viu bravo. - Ouvi barulhos indescritíveis, pareciam ossos se quebrando, a voz do Grego estava carregada de raiva, eu nunca o vi assim.

— Você tá no território errado, verme do caralho, eu vou te mostrar oque acontece quando se mexe com oque é meu, quando se mexe com a minha garota. - Mais barulhos, mais gritos até que foi cessado, eu não vi nada, Beatriz não me deixou ver nada.

Senti mãos tocarem minhas costas, mãos geladas e recém lavadas, pela humidade, me encolhi assustada. — Tá tudo bem minha branquinha, sou eu. - Saí dos baços da Bea e me joguei nos braços dele, o mesmo tinha vestígios de sangue, meu rosto corou de vergonha e insegurança quando lembrei que estava sem blusa, e meus seios estavam de fora, e arrepiados.

Ele tirou sua camiseta e me vestiu nela, se sentou no chão e me colocou em seu colo, me abraçando forte, enquanto eu chorava e soluçava. Tentei olhar em volta, mas ele impediu.

— Não olha não princesa, meu bebêzinho não pode ver isso. - Eu sorriria pelos apelidos, mas estava em choque demais pra isso.

Uns minutos depois, ele me pego no colo, eu continuava agarrada nele, em poucos minutos estávamos em sua casa, ele me disse que avisou Beatriz e que amanhã de manhã me levaria até a casa dela.

Tadinha da nossa pitchulinha.

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-maduu. 

Menina do Chefe ✔ - 𝖱𝖾𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈Where stories live. Discover now