ALFHEIM
Feudan andava de um lado para o outro no grande palácio élfico. O motivo disso? Seu rei, Aranion, havia falecido sem deixar herdeiros ou qualquer outro com capacidade para reinar sobre Alfheim. Porém deixou para Feudan, seu fiel general, a missão de buscar alguém digno o bastante para tal posição e alertou-lhe que tal ser não se encontrava no reino élfico.
Feudan estava aflito e confuso, nunca havia sentido tais emoções. Alfheim era um lugar pacifico, sem guerras ou coisas do tipo. O reino era um verdadeiro País das Maravilhas. Suas árvores eram altas e robustas, suas flores exalavam o perfume mais doce que suas narinas poderiam experimentar. E seus habitantes, os Álfar, eram criaturas belíssimas desprovidas de maldade e egoísmo.
Mas, como todo reino, Alfheim precisava de um rei para governar.
Feudan fora até a biblioteca Real falar com seu amigo Hara, responsável pelos cuidados com os manuscritos antigos e documentos reais.
Feudan adentrou a biblioteca sem nenhuma cerimônia, encontrando o bibliotecário guardando alguns pergaminhos.
— Hara, meu amigo. Preciso falar com você.
— O que passa?
— Aranion em seu leito de morte mencionou que o próximo governante de Alfheim não está nos limites do reino. Sabe de algo a respeito?
— Há algo nos registros que eu vira há muito. Talvez ajude.
Hara pegou um manuscrito empoeirado de uma prateleira alta e o colocou sobre uma mesa de pedra, esticando para que ambos pudessem ver o que estava escrito.
— Há muitas eras atrás, nosso querido rei falecido, previra sua morte. Ele e Odin, apesar do contato escasso, eram aliados e Aranion usou essa aliança para garantir que Alfheim tivesse um descendente de sua linhagem. Porém, o governante da Cidade Dourada não era bobo, e não faria um acordo sem ganhar algo em troca. Odin também sabia do futuro que Asgard aguardava.
Hara mostrou a ilustração do que seria o Ragnarok.
— Ambos os reinos ficariam sem seus governantes legítimos. Digo, aqueles que possuem alma ou sangue descendentes dos reis anteriores. Então, houve um acordo — Hara mostrou-lhe o desenho do que seria um aperto de mãos entre Odin e Aranion — Aranion precisava de um filho que governasse Alfheim com sabedoria e gentileza e Odin, precisava de um herdeiro que fosse forte e destemido para governar Asgard após o Ragnarok.
— E o que consiste esse acordo? — Indagou Feudan.
Hara pegou outro pergaminho. Nele, havia uma imagem de Frigga, mãe de Thor.
— Está é Frigga, Rainha de Asgard e esposa de Odin. Ela foi a responsável para que o acordo acontecesse. Durante um ritual poderoso abaixo de uma lua de sangue, Frigga e suas assistentes pegou um pouco da essência de Odin e Aranion, juntou as duas e as converteu em luz, transformando ambas as energias em uma única alma.
— Impossível!
— Infelizmente não, meu amigo. Tal feitiço quase matou a Rainha e a mesma teve de lidar com o aprisionamento da Alma sozinha, pois suas assistentes não aguentaram tamanho poder que aquele feitiço precisou.
— Então, a alma está presa?
— Não mais. Ouvi boatos de que ela está em Midgard, pronta para nascer.
— Um descendente de Aranion não deveriam estar num mundo subdesenvolvido como Midgard.
— Concordo, meu amigo. Mas é lá que se encontra Nova Asgard, o pouco de reino sobrevivente do Ragnarok.
— Asgard se refugiu em Midgard? Por que não aqui? Ou Vanaheim?
— Talvez deva perguntar a Thor, filho de Odin.
Feudan observou o pergaminho, arquitetando um plano em sua mente.
— Irei reunir os mais bravos elfos de Alfheim e partiremos pela manhã rumo a Midgard. O novo governante não vai ficar entre esses meros mortais.
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Spider-Gwen VII: The Bloody Hunt
FanfictionApós a morte de seu rei, um soldado Álfar buscando um substituto para o trono, descobre em manuscritos antigos que há muito tempo havia um acordo entre Alfheim e Asgard que não fora cumprido por seus soberanos. Do outro lado da Yggdrasil, a grande á...