FIRE | ⁿᵒˢʰ

12!

[ povs Josh ]

Eu realmente me assustei com o modo que Noah agiu, meu coração se apertou ao ver seu desespero. Ele me abraçava com tanta força que achei por momento que minhas costelas iriam quebrar.

Decido por fim após um bom tempo abraçados levá-lo para meu quarto, percebo que o moreno havia pego no sono sendo assim coloco ele deitado sobre a cama e o cubro com os cobertores grossos.

Queria deitar junto a ele mas talvez fosse estranhar então apenas me sento na cama e o admiro dormir. Seus cabelos lisos baguncados sobre a cara e seu biquinho fofo deixavam meu coração quentinho. Fiquei a noite toda ali vigiando, se algum pesadelo enterrompesse seu sono eu iria esta ali.

Para protegê-lo.

Não me recordo de ter dormindo tão rápido, na minha concepção eu não havia pregado os olhos a noite inteira, mas a luz do sol que saia das cortinas me provava o contrário.

Me levanto da cama me espreguiçando sentindo a dor do mal jeito dormindo invadir minhas costas, após me recompor olho para cama mas não encontro Noah em lugar nenhum.

Acabo ficando desesperado, saio do quarto voando e desco procurando em todos os lugares da casa e me xingo mentalmente por ter comprado uma casa tão grande.

Ao lado das chaves do quarto na pequena mesinha da sala, me lembro que coloquei um rastreador no celular dele em algum momento que estava destraido.

Conseguindo sua localização saio correndo da casa sem ao menos pensar em algo, e pra piorar o meu carro preferido não queria funcionar.

Droga Urrea, tu me paga.

Só queria saber como ele conseguiu acessar as travas de segurança sem ao menos o alarme apitar, não tinha como ele saber a senha, ou tinha?

Adentrei qualquer carro e sai arrastando pneu pelas ruas de Los Angeles, passei em alguns sinais vermelhos mas nao era como se eu me importasse com isso no momento.

Cheguei em um local mas tava tão desperado que nem consegui distinguir onde estava.

- Ei, o senhor não pode entrar aqui assim! - nao dei ouvidos a voz, estaca concentrado em achar Noah.

- Aí está você Urrea.! - Vou até ele correndo e seguro seu rosto com as duas mãos dando um selinho fazendo o mesmo arregalar os olhos com o ato.

- Beauchamp! - Diz baixo com vergonha e olha em volta, logo percebo onde estávamos, Uma sala cheia de jovens. Todos estavam nos olhando e alguns até riam da cena, foi a primeira vez que fiquei com vergonha na minha vida, minhas bochechas coraram instantaneamente.

- É... eu... eu.... vou esperar lá fora. - Aponto pra porta e logo saio sem coragem de encarar ninguém.

- Acho que o senhor Urrea já terminou de apresentar seu trabalho. - Escuto a voz de uma mulher, deduzi ser a professora. - Parabéns Noah, está liberado.

Em alguns segundos o moreno sai furioso sem ao menos dirigir uma palavra há mim, pisava fundo no correndor indo pra saída com sua mochila nas costas.

- Noah, fiquei preocupado. - Puxo seu braço fazendo ele me encarar sério - Acordei e você não estava na cama, a propósito como conseguiu destravar o portão?

- Eu tenho a porra de uma vida Beauchamp! - Ele para de andar e me encara cruzando os braços - Não sou só um garoto de programa, e muito menos "seu garoto" - Ele revira os olhos e logo vira as costas voltando a caminhar para fora da tal universidade.

- E foi o Afonso, seu jardineiro que teve a decência de aparecer naquela casa e abrir a porta pra mim.

- Me desculpa Noah... - Digo entrando no carro - Eu... sei lá o que deu em mim, porra.

- Tá tudo bem. - Diz após um tempo suspirando e olhando pra frente.

Encaro ele por algum tempo, todos os seus traços que faziam ele ser perfeito. Alguma coisa nesse mlk me fazia agir por impulso, Suspiro profundamente entrelaçando nossas mãos e encarando as mesmas

Aquilo fez com que ele virasse o rosto para me encarar, encaro ele de volta, suas iris esverdeadas brilhando a luz do sol me deixava louco. Aproximo meu rosto do seu, estava prestes a beijá-lo quando alguma coisa acendeu em mim.

- Espera, quem você disse que abriu a porta pra você sair?

- O jardineiro, Afonso, porque?

- Noah, eu não tenho jardineiro.

Me afasto dele rapidamente e ligo o veículo pisando fundo no acelerador

- Liga pro Bailey! - digo assim que jogo o celular em suas pernas

- Você pode me explicar o que tá acontecendo?

- Liga pra ele, anda.

- Mas Beau...

- AGORA PORRA!

Não queria ter gritado com ele mas o assunto no momento era sério, eu precisava do meu batalhão em ponto.

- Não sai do carro. - Digo assim que estaciono o carro na garagem da minha casa

- Beauchamp, não precisa me de dizer o que...

- EU MANDEI VOCÊ NÃO SAIR DO CARRO URREA!

- Josh Beauchamp. - Ao ouvir meu nome fico na frente de Noah para o proteger.

- O que você quer?

- Promessa é divida não é Beau? - Alex diz rindo como se estivesse ganhando uma batalha.

- Noah? Você não...

- Claro Alex, sou um garoto de palavra hm? - Com delicadeza ele me afasta de seu corpo.

- O que tá fazendo? - Seguro seu braço e o olho confuso com aquilo.

- Sei que vai me achar onde eu estiver graças ao rastreador - diz baixo me encarando - Faça um plano para acabar com esse babaca de vez okay? - Olha pra mim e depois pra Alex.

- Não... Noah, espera aí! - Tento chegar perto dele novamente mas sou impedido.

- Uau, quem diria que essa putinha qualquer do Urrea te deixaria nesse estado hein Beauchamp. - Alex diz rindo segurando a cintura de Noah que está claramente desconfortável com a situação. - Acho que você perdeu de vez Josh! - Faz um sinal estranho com a mão e logo depois sinto sendo agarrado e vários socos são distribuídos em meu rosto.

- Não! Não faz isso com ele! JOSH! - Ouço de longa a voz de Noah se distanciando.

Não tinha forças pra fazer nada naquele momento, antes de eu falar alguma coisa, um soco é deferido em meu rosto fazendo com que eu me desequilibrasse e caísse no chão. Sinto agora vários chutes na minha barriga fazendo com que eu gemesse alto de dor.

Já não conseguia enxergar mais nada e muito menos fazer algo.

Tudo estava ficando preto ao meu redor.

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