II

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Escuto um som, e olho pro lado. Ele estava.. Dormindo.

Eu o via dormir tentando entender o que faço neste exato momento.

Claro, eu poderia pegar algo para matá-lo enquanto está adormecido. Mas.. Não. Não posso.. Não consigo. Acabei de o ajudar, qual seria o sentido em o matá-lo? Sendo que nunca matei ninguém. Alguns até diriam que sou louca com essa minha decisão.

Vendo assim.. Talvez eu seja mesmo.

Olhando a situação, eu não conseguiria o levantar. Ele parece que tem uns 1,90.. Por aí, comparado aos meus 1,70.

Esperarei ele acordar e se recuperar um pouco.

Caminho pelo porão e vejo uma coberta velha...

Pego a coberta velha subindo as escadas e jogo no corpo morto de Jacob, e caminho para a segunda escada que irá me levar para os quartos, e vou para o meu, pegando uma manta antiga mas sem cheiro, e desço para o porão o vendo ainda dormir.

O cubro com a manta preta, arrumando em seus ombros.

- Pronto.

Digo baixinho.

Me sentei nos degraus da escada o observando e me encosto na parede de madeira. Eu estava com um taco de beisebol ao meu lado, como autodefesa.

Poucos minutos e acabo por.. Adormecer pelo cansaço.

Uma hora depois...

Uma voz parecia querer me acordar, até que a voz aumenta como um curto grito baixo.

Acordo em um susto vendo que ele estava me olhando, com aqueles olhos presos em mim e que mal piscavam.

Minha mão vai lentamente para o taco de madeira ao meu lado, e acredito que ele notou o movimento, pois ele olhou rápido para sua serra elétrica, como se fosse um aviso.

Afastei minha mão do taco e ele apenas assentiu com a cabeça como se dissesse: "boa garota".

O mesmo olhou a manta em si e começou a tirá-la e a jogá-la ao chão.

Merda, tinha acabado de lavar.

O Serial Killer começa a se levantar com um pouco de dificuldade, entre grunhidos baixos.

Bom, ele não falava, mas fazia sons com a boca, então ele não era tão incapacitado de conseguir falar.

Me levantei e não sabia se iria me aproximar ou não, mas enquanto ele me olhava atento, deu um passo e por pouco não veio ao chão.

Apareci ao seu lado com meu próprio braço atrás dele servindo de apoio.

Ele me olhou meio surpreso e apenas o escutei bufar não crendo naquilo, e colocou seu braço grande em meus ombros.

Começamos a subir, um degrau por vez até chegarmos na sala.

O deixei sentado na cadeira da sala de jantar, estava mais próxima.

O homem mascarado me olhou com a respiração forte,e apontou para o porão novamente.

Olhei para lá não entendendo o que ele queria me dizer.

- Não consegue.. Me falar o que.. Quer?

O mesmo apenas negou com a cabeça em um "não" mudo.

- Ah tá...

Digo baixinho e olho para o porão novamente.

- É a coberta?

O olhei, e este negou.

𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora