IV

1.4K 119 15
                                    

- Certo.. Agora... Boa noite.. Tommy.

Sorrio e ele me olhou parecendo gostar do apelido, e assim, me retirei indo para meu quarto e se deitando.

Abro um sorriso contente e envergonhado.

Depois de tantos anos... Será que ele me trará a alegria perdida em minha alma ferida...?

Espero que sim...

Se passou três dias apenas, Thomas estava indo bem até, mas me assustava diversas vezes.

Já percebi seu jeito calado, silencioso e curioso como uma criança, mas.. Uma criança com sérios.. Problemas. Ainda mais quando trás algumas "coisas" estranhas para casa.

A primeira foi o gato morto (o qual um dia foi meu) e Thomas havia o desenterrado após encontrar a caixa antiga no jardim, e levar para dentro de casa, como se fosse algo normal. Ele só estava curioso para saber o porquê "daquilo" estar ali.

Eu chorei um pouco quando vi a velha caixa na sala ainda segurada por Thomas. Na verdade, primeiro, eu gritei de susto, e mandei ele fechar, depois chorei.

Me perguntei o porquê dele desenterrar, mas Thomas apenas se sentiu culpado o dia todo enquanto o confortava e dizia que estava tudo bem.

Eu ri um pouco, pelo lado curioso dele.

No dia seguinte, era uma coleção incrível de facas de carne...

O perguntei como conseguiu elas, e este apenas apontou para a parede da sala, mas entendi que ele saiu de casa e "pegou" as coisas da casa do vizinho, e entender que o matou. Era um vizinho gentil até... O único da rua.

E no terceiro dia, apenas o vi com um álbum em mãos no sofá da sala, e quando me aproximei eram uma coleção de borboletas. Borboletas mortas.

Detalhe, ele roubou de um senhor de idade, pela noite.

Depois desses três dias, coloquei regras na casa.

- "Sem roubar, sem matar, e.. Não pegar nada que esteja abaixo do chão"

Simples.

Thomas havia ficado um pouco perdido sobre as regras, eu não sabia descrever direito bem como ele havia ficado, mas aparenta que toquei em algo que não deveria.

Mas ele não se irritou, e apenas assentiu com a cabeça.

Era difícil saber se o magoei ou não, Bubba estava direto com a máscara de pele humana dele, ele "disse" que não queria tirá-la, e mesmo que eu não goste da máscara, deixei ele usar. Sendo que já o vi sem aquilo.

No dia seguinte (após os três dias)...

Abro os olhos assustada após um pesadelo. Respiro fundo me sentando na cama e coçando os olhos, por fim, me levanto e faço minhas necessidades no banheiro.

Saio do quarto, e desço as escadas com um olhar ainda cansado, rapidamente sinto braços grandes e fortes rodear meu corpo e me abraçar forte fazendo alguns ossos estalar. Isso me despertou.

- Bom... Dia.. Thomas...

Digo com dificuldade e este me olhou e aparentou sorrir, e me soltou pondo a mão sobre meu cabelo como um carinho.

- Dormiu... Bem?

Este assentiu balançando a cabeça.

- Okay... Já tomou café? Se não, venha.

Digo indo pra cozinha e preparo um café ficando de costas pra porta da cozinha, mas posso sentir Bubba na entrada me olhando fixamente.

Me arrepio.

𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora