XIV

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(Olá a todos e bem vindo Agosto! Um mês de várias surpresas para esse livro, isso se eu não demorar muito, Hehe, boa leitura! Capítulo não revisado)

- Entre, tome banho comigo. - Me aproximei dele e tirei seu avental cheio de sangue e o joguei no lixo - Desculpa mas não vou lavar aquilo, e você não precisa usar - Abri sua camisa de botões e xadrez que estava manchada de sangue ainda fresco, e a tirei vendo que havia um corte fundo abaixo do peitoral de Bubba mas já estava enfaixado - Tommy... Tome banho e depois irei ajudar a refazer.

Ele estava calado, apenas me olhava. Entramos no box e abri o chuveiro, e após nós ensaboar, Bubba me abraça e faz carinho em meu topo, enquanto a água quente nos acolhia.

- Vamos ficar bem. É.. Vamos. - Digo baixo.




Era o dia seguinte, estávamos tomando café, ovos com bacon e um pedaço de bolo de milho, que estava guardado na geladeira.
Termino e observo Thomas que tomava o suco de laranja.

- Aqui não é seguro... Digo e repito... Eu sempre quis morar em uma fazenda, mas nessa não vai dar certo.   - Digo em um suspirar.

Este me olhou e soltou um suspirar cansado.

- Eu sei que é pedir de mais. Você está ferido, bem mais que eu que só consegui uma ferida na cabeça.  - Esse me olhou atento; é eu não havia contato -  Está tudo bem, o seu tá pior.   - O mesmo bufou revirando os olhos -  O importante é.. Pegarmos o máximo que podermos de alimento, e sair! Acho que tem um fusca do lado da fazenda...  - Digo tentando lembrar, e me arrepiei ao sentir o contato que ele fez, ao pôr sua mão na minha. Abri um sorriso fraco e a segurei entrelaçando os nossos dedos.

- Vou ajudar.   - Disse e sorri fraco.

- Eu sei que vai.   - Faço carinho em sua mão.

Mãos que usou para matar pessoas, só para me proteger. Fechei os olhos por alguns minutos tentando esquecer isso.. Mas eu queria mesmo esquecer?

A dúvida ficou pairando em minha cabeça até ele quebrar o silêncio.

- Thomas conhece a flo.. Flor..   - Tenta dizer a palavra.

- Floresta?   - Continuo o ajudando e esse balança a cabeça em afirmação.

- Chá.. Cha.. Chalé!   - Abri um sorriso com o que ele disse.

- Muito longe?  - Este pensou um pouco e fez um sinal com a mão de mais ou menos.

- Fusca.

- Certo, vou o abastecer!    - Sorri e me levantei, caminhei três passos até ele o dando um selinho no topo  - Meu herói.

Este me olhou e me abraça com o rosto abaixo de meus seios, mas não me incomodei apenas retribui o fazendo carinho em seus cachos escuros.

O fusca estava pronto para partir, havíamos almoçado antes, e assim que escutamos um som de helicóptero, Thomas ligou o carro e dirigiu me surpreendendo. Parecia que ele aprendia rápido.. Bom, não era novidade.

Este dirigia rápido na estrada e vi a floresta escura por dentro, isso me trouxe arrepios. Viver dentro de uma floresta era mesmo uma boa ideia?

Olhei para o retrovisor da porta, ergui o vidro do mesmo para ver o céu, e pelo visto o helicóptero ainda estava longe de nós.

Soltei um pequeno grito quando Tommy fez uma virada brusca entrando em uma rua ainda asfaltada, fazendo a nossa chegada na floresta.

Eu o via tenso segurando o volante e acelerou e entrou em uma trilha de terra assim que virou para a esquerda. Minha confiança estava toda nele, eu apenas segurava o cinto de segurança, e rezava baixo.

Até que.. Ele entrou na última trilha e parou o carro bem a frente do lugar. Meus olhos se alargam ao ver uma cabana de madeira, ou como Thomas disse, chalé. E era bem escondida mas um pouco estranha.

Tirei algumas bolsas de comida, Thomas me ajudou e subimos os dois degraus curtos e vejo a porta amarela. Olho ao redor gostando da vista, era bem mais claro aqui, além do mais, escuto um som parecido com o.. Mar.

- Por favor, me fale que tem lagos aqui!   - O olhei sorrindo e esse afirma e fez um sinal com ambas mãos insinuando que é grande. Mordi os lábios com um pouco de ansiedade.

Bubba se agacha e tira uma chave do carpete, e ri fraco pelo esconderijo bem óbvio, já imagino tudo bem velho e cheio de teias. Ele destranca e abriu, e como no velho ditado “Nunca julgue um livro pela capa!”.

Era bem aconchegante, havia até dois sofás, um de dois assentos e um de três. Havia uma lareira na sala, obviamente apagada, porém não lembro de ver nenhuma saída no telhado, provavelmente seja do lado da casa e não a notei.

Havia uma poltrona também e uma cadeira de madeira velha, pretendo colocar lá fora, e havia uma rede vermelha sobre o assento.

Thomas caminha indo para um cômodo e o sigo vendo uma pequena cozinha mas com armários até debaixo da pia.

Ele pegou as bolsas de mim e deixou na pia e abriu os armários já vazios, que só faltavam dar uma boa limpada.

Acabo deixando Thomas sozinho e voltei para sala e vejo uma escada e subo ela logo se deparando com uma espécie de quarto aberto apenas com a janela, a cama de casal, e não me assustei com as três espingardas enfileiradas em pé na frente da cama.

- Sarah!   - Me aproximei da beirada bem protegida e toquei no corrimão de madeira e o olhei do alto.

- Sim?    - Este suspirou em alívio e desci rindo fraco.

- Aqui é legal. Gostei daqui.   - Sorrio fraco e ele apenas acena com a cabeça -  Como descobriu aqui?

Este apenas me olha e me leva para fora e caminhamos até uma outra casinha ao lado, e ele abre as portas. Era um estábulo! Pena que estava vazio.

- Cavalos.. Por... Perto.   - Disse e abri um sorriso acenando -  Outros animais, também. Ficam perto do.. Lago.  - Diz e abri mais meu sorriso ao ver que ele melhorou na fala.

- Certo.

- Pri.. Primei...

- Primeiro.   - Concluo e este sorriu de canto. 

- Fusca, camuflar.  - Disse separadamente.

- Aham, e segundo?  - Tive que fazê-lo sentir o gostinho de ser o homem da casa, e poder dar as ordens. Ele conhece aqui melhor que eu.

- Limpar. Faxina.  - Disse e saiu indo para o mato e parecia procurar algo, logo puxou uma espécie de rede cheia de folhas, e jogou no fusca o cobrindo por completo. Primeiro passo concluído, e o vejo arrancar as placas de trás e da frente e me entrega.

- E agora.. Faxina?  - Ele afirma e sorri ansiosa -  Tá, mas.. Onde tem coisas de limpeza?

- Pia. Embaixo.   - Sorriu de canto e caminho para dentro e vou em busca do que preciso, encontrando tudo o que for necessário embaixo da pia.

Deixo as coisas como: balde, vassoura, panos, e produtos no chão da sala, e me assusto de leve ao ver a luz se acender no lustre e olhei Thomas que estava na porta e ajustava a caixa de eletricidade.

Sorri contente e começamos a trabalhar juntos, e quanto mais rápido começar, cedo terminaremos.

Três horas depois...

Pela direção do sol, eu podia dizer que era umas quatro horas da tarde, e estava exausta, assim como Thomas.

Ele me conduziu para um banheiro no pequeno corredor que vai para a cozinha e vi uma banheira branca e uma parte para o chuveiro. Naquele momento eu não sabia mais de nada, só queria um banho para relaxar, e o chuveiro foi a minha primeira opção.

Estava tomando banho sozinha, ele disse que viria só depois, mas acho que fiquei tempo o suficiente para sentir fortes mãos segurar minha cintura com firmeza, arrancando de mim leves suspiros.

O tocar de minhas costas com seu peito, comprovou que ele estava sem roupas, e por incrível que pareça, eu sentia o olhar de um predador atrás de mim.

Adeus, oh mundo cruel.












𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18 Where stories live. Discover now