(Olá a todos e bem vindo Agosto! Um mês de várias surpresas para esse livro, isso se eu não demorar muito, Hehe, boa leitura! Capítulo não revisado)
- Entre, tome banho comigo. - Me aproximei dele e tirei seu avental cheio de sangue e o joguei no lixo - Desculpa mas não vou lavar aquilo, e você não precisa usar - Abri sua camisa de botões e xadrez que estava manchada de sangue ainda fresco, e a tirei vendo que havia um corte fundo abaixo do peitoral de Bubba mas já estava enfaixado - Tommy... Tome banho e depois irei ajudar a refazer.
Ele estava calado, apenas me olhava. Entramos no box e abri o chuveiro, e após nós ensaboar, Bubba me abraça e faz carinho em meu topo, enquanto a água quente nos acolhia.
- Vamos ficar bem. É.. Vamos. - Digo baixo.
Era o dia seguinte, estávamos tomando café, ovos com bacon e um pedaço de bolo de milho, que estava guardado na geladeira.
Termino e observo Thomas que tomava o suco de laranja.- Aqui não é seguro... Digo e repito... Eu sempre quis morar em uma fazenda, mas nessa não vai dar certo. - Digo em um suspirar.
Este me olhou e soltou um suspirar cansado.
- Eu sei que é pedir de mais. Você está ferido, bem mais que eu que só consegui uma ferida na cabeça. - Esse me olhou atento; é eu não havia contato - Está tudo bem, o seu tá pior. - O mesmo bufou revirando os olhos - O importante é.. Pegarmos o máximo que podermos de alimento, e sair! Acho que tem um fusca do lado da fazenda... - Digo tentando lembrar, e me arrepiei ao sentir o contato que ele fez, ao pôr sua mão na minha. Abri um sorriso fraco e a segurei entrelaçando os nossos dedos.
- Vou ajudar. - Disse e sorri fraco.
- Eu sei que vai. - Faço carinho em sua mão.
Mãos que usou para matar pessoas, só para me proteger. Fechei os olhos por alguns minutos tentando esquecer isso.. Mas eu queria mesmo esquecer?
A dúvida ficou pairando em minha cabeça até ele quebrar o silêncio.
- Thomas conhece a flo.. Flor.. - Tenta dizer a palavra.
- Floresta? - Continuo o ajudando e esse balança a cabeça em afirmação.
- Chá.. Cha.. Chalé! - Abri um sorriso com o que ele disse.
- Muito longe? - Este pensou um pouco e fez um sinal com a mão de mais ou menos.
- Fusca.
- Certo, vou o abastecer! - Sorri e me levantei, caminhei três passos até ele o dando um selinho no topo - Meu herói.
Este me olhou e me abraça com o rosto abaixo de meus seios, mas não me incomodei apenas retribui o fazendo carinho em seus cachos escuros.
O fusca estava pronto para partir, havíamos almoçado antes, e assim que escutamos um som de helicóptero, Thomas ligou o carro e dirigiu me surpreendendo. Parecia que ele aprendia rápido.. Bom, não era novidade.
Este dirigia rápido na estrada e vi a floresta escura por dentro, isso me trouxe arrepios. Viver dentro de uma floresta era mesmo uma boa ideia?
Olhei para o retrovisor da porta, ergui o vidro do mesmo para ver o céu, e pelo visto o helicóptero ainda estava longe de nós.
Soltei um pequeno grito quando Tommy fez uma virada brusca entrando em uma rua ainda asfaltada, fazendo a nossa chegada na floresta.
Eu o via tenso segurando o volante e acelerou e entrou em uma trilha de terra assim que virou para a esquerda. Minha confiança estava toda nele, eu apenas segurava o cinto de segurança, e rezava baixo.
Até que.. Ele entrou na última trilha e parou o carro bem a frente do lugar. Meus olhos se alargam ao ver uma cabana de madeira, ou como Thomas disse, chalé. E era bem escondida mas um pouco estranha.
Tirei algumas bolsas de comida, Thomas me ajudou e subimos os dois degraus curtos e vejo a porta amarela. Olho ao redor gostando da vista, era bem mais claro aqui, além do mais, escuto um som parecido com o.. Mar.
- Por favor, me fale que tem lagos aqui! - O olhei sorrindo e esse afirma e fez um sinal com ambas mãos insinuando que é grande. Mordi os lábios com um pouco de ansiedade.
Bubba se agacha e tira uma chave do carpete, e ri fraco pelo esconderijo bem óbvio, já imagino tudo bem velho e cheio de teias. Ele destranca e abriu, e como no velho ditado “Nunca julgue um livro pela capa!”.
Era bem aconchegante, havia até dois sofás, um de dois assentos e um de três. Havia uma lareira na sala, obviamente apagada, porém não lembro de ver nenhuma saída no telhado, provavelmente seja do lado da casa e não a notei.
Havia uma poltrona também e uma cadeira de madeira velha, pretendo colocar lá fora, e havia uma rede vermelha sobre o assento.
Thomas caminha indo para um cômodo e o sigo vendo uma pequena cozinha mas com armários até debaixo da pia.
Ele pegou as bolsas de mim e deixou na pia e abriu os armários já vazios, que só faltavam dar uma boa limpada.
Acabo deixando Thomas sozinho e voltei para sala e vejo uma escada e subo ela logo se deparando com uma espécie de quarto aberto apenas com a janela, a cama de casal, e não me assustei com as três espingardas enfileiradas em pé na frente da cama.
- Sarah! - Me aproximei da beirada bem protegida e toquei no corrimão de madeira e o olhei do alto.
- Sim? - Este suspirou em alívio e desci rindo fraco.
- Aqui é legal. Gostei daqui. - Sorrio fraco e ele apenas acena com a cabeça - Como descobriu aqui?
Este apenas me olha e me leva para fora e caminhamos até uma outra casinha ao lado, e ele abre as portas. Era um estábulo! Pena que estava vazio.
- Cavalos.. Por... Perto. - Disse e abri um sorriso acenando - Outros animais, também. Ficam perto do.. Lago. - Diz e abri mais meu sorriso ao ver que ele melhorou na fala.
- Certo.
- Pri.. Primei...
- Primeiro. - Concluo e este sorriu de canto.
- Fusca, camuflar. - Disse separadamente.
- Aham, e segundo? - Tive que fazê-lo sentir o gostinho de ser o homem da casa, e poder dar as ordens. Ele conhece aqui melhor que eu.
- Limpar. Faxina. - Disse e saiu indo para o mato e parecia procurar algo, logo puxou uma espécie de rede cheia de folhas, e jogou no fusca o cobrindo por completo. Primeiro passo concluído, e o vejo arrancar as placas de trás e da frente e me entrega.
- E agora.. Faxina? - Ele afirma e sorri ansiosa - Tá, mas.. Onde tem coisas de limpeza?
- Pia. Embaixo. - Sorriu de canto e caminho para dentro e vou em busca do que preciso, encontrando tudo o que for necessário embaixo da pia.
Deixo as coisas como: balde, vassoura, panos, e produtos no chão da sala, e me assusto de leve ao ver a luz se acender no lustre e olhei Thomas que estava na porta e ajustava a caixa de eletricidade.
Sorri contente e começamos a trabalhar juntos, e quanto mais rápido começar, cedo terminaremos.
Três horas depois...
Pela direção do sol, eu podia dizer que era umas quatro horas da tarde, e estava exausta, assim como Thomas.
Ele me conduziu para um banheiro no pequeno corredor que vai para a cozinha e vi uma banheira branca e uma parte para o chuveiro. Naquele momento eu não sabia mais de nada, só queria um banho para relaxar, e o chuveiro foi a minha primeira opção.
Estava tomando banho sozinha, ele disse que viria só depois, mas acho que fiquei tempo o suficiente para sentir fortes mãos segurar minha cintura com firmeza, arrancando de mim leves suspiros.
O tocar de minhas costas com seu peito, comprovou que ele estava sem roupas, e por incrível que pareça, eu sentia o olhar de um predador atrás de mim.
Adeus, oh mundo cruel.
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𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18
Mystery / ThrillerSarah Mildred é uma jovem de dezoito anos que,sofreu abuso de seu padrasto Jacob, e recebia palavras maldosas de seu "irmão" Charlie, filho de Jacob. Mas um dia, todo aquele inferno iria acabar.. Foi isso que ela pensou ao se deparar com um homem ve...