─ 𝑰𝑺𝑨𝑫𝑶𝑹𝑨, filha do (ex) treinador da Seleção Brasileira, Adenor, é uma garota comum, que inicialmente sonhava ser jogadora, antes de sofrer uma lesão em seu tornozelo, tornando seu sonho impossível. Agora, a garota se contenta com sua faculd...
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Eu e Isa estávamos sentados conversando e saboreando o churrasco, até que Thiago diz.
─ É incrível que quando estamos reunidos, eu me sinto em uma família.
Todos dizem "owwww" e Thiago dá um sorriso e continua.
─ E tudo aconteceu muito rapido, a Isadora que eu encaro como praticamente uma filha minha, chegou aqui tão de repente, e parece que eu a conheço há séculos, e ela mostrou que mesmo sendo mais nova, isso não mede a sua capacidade de ser uma grande treinadora. - Ele olha pra Isa, ergue a taça e diz. - A ISADORA!!.
Todos erguem, e eu ergo a minha mais alto ainda e gritamos.
─ A ISADORA!!
Eu dou um beijo na bochecha de Isa, e decido dizer.
─ Eu também quero dizer uma coisa.
Os garotos murmuraram e eu escuto um "ah cara, eu não quero chorar não" que parecia exatamente a voz de Raphinha.
Eu me levanto e começo a dizer as palavras, olhando para Isa.
─ Como todos já sabem, eu e a Isa namoramos agora. E sinceramente? Minha primeira impressão sobre ela é que era um garota totalmente mandona. Mas isso era oque eu achava. Quando na verdade, ela não é assim, e eu não só acho, como tenho certeza, que encontrei meu patrono, - Eu digo sorrindo, pensando em como ela vai enlouquecer com a referência. - que não importa os dias ou momentos ruins e tristes, ela vai sempre me iluminar, e me fazer sorrir, obrigado Isadora, por ser meu solzinho mesmo em dias de chuva, obrigado Tite, por deixar a Isa namorar comigo, você não faz idéia do quanto eu sou grato sogrão. É isso, obrigado.
As palmas ecoam, e então rápido demais, Isa vem até mim, me abraça e diz.
─ Caramba, eu pensei que eu não podia te amar mais Gabriel, já não cabe mais no meu peito. E você também é meu patrono meu amor, só em pensar em você, meu sorriso se ilumina.
─ Imagine o meu meu amor, imagine o meu. - Eu dou um sorriso e em seguida um beijo nela, e grito. - RAPHINHA, SOM NA CAIXA!!
Começa a tocar "Até que Enfim" de Ferrugem, especificamente na parte do refrão que eu havia pedido, e então eu canto para ela perto de mim.
─ Quando você chegou, eu perdi o sentido, o teu sorriso quase que acabou comigo, me acertou em cheio esse tal cupido, o amor nasceu em mim... - Digo sorrindo para ela.
─ Me diz onde esse mundo tinha te escondido, te procurei até que me achei perdido, agora finalmente tudo faz sentido, te encontrei, até que enfimmmm!! - Ela canta me olhando.
A música continua, e só ficamos nos encarando e dando beijinhos um no outro.
─ Essa parte da música foi meio que irônica, eu não tava escondido, pelo contrário, tava bem exposto. - Comento.
─ Me lembra um pouco quando foi pra te convocar, papai esqueceu de você.
─ Ah mas eu não vou superar isso. - Digo sorrindo.
─ Ah mas você já superou. - Ela diz e me dá um beijo.
─ Tem razão. - Concordo. - você é a melhor, sério, como eu te amo meu amor. - Eu digo sorrindo, segurando sua cintura.
─ Ah meu amor, eu te amo mais. - Responde sorrindo pra mim.
E continuamos ali juntos.
Nossa comemoração mais uma vez foi única, mas uma coisa me atormentava, nosso confronto já estava decidido.
Enfrentáriamos a Argentina na nossa semifinal.
Todo mundo sabia, mas oque ninguém sabe, é se realmente todo mundo aqui tá bem. Isadora, apesar de parecer despreocupada, eu sabia mais que ninguém que ela não estava, mas ela mantém sua imagem de confiança.
Mas aí que tá o problema, eu não sei fazer isso muito bem.
Oque sinto não é medo, medo é um estado afetivo suscitado pela consciência do perigo, e para mim, a Argentina não me oferecia perigo algum, na verdade, oque me atormenta é a decepção, eu não quero decepcionar ninguém.
E pelo jeito que eu conheço os meninos, eles estavam assim também, a final estava praticamente na nossa cara, e perder ali, seria três vezes pior do que perder em uma oitava de final.
E o pior de tudo, seria perder para a Argentina, o que só piora tudo.
Minha tensão a cada minuto aumentava, e só piorava.
