─ 𝑰𝑺𝑨𝑫𝑶𝑹𝑨, filha do (ex) treinador da Seleção Brasileira, Adenor, é uma garota comum, que inicialmente sonhava ser jogadora, antes de sofrer uma lesão em seu tornozelo, tornando seu sonho impossível. Agora, a garota se contenta com sua faculd...
É chegada a hora, já nos gramados, prontos para entrarem em campo, eu resolvo dizer alguma coisa, a palavra final.
─ Meninos, acho que não tem muito o que dizer já a essa altura. Só lembrem das minhas palavras nos treinos, e principalmente as de ontem, independente de tudo, não se responsabilizem por "erros" se acontecerem na partida, afinal, somos humanos e não máquinas, cometemos erros, e está tudo bem. Apenas quero dizer, façam oque vocês sabem fazer de melhor, e vai dar tudo certo.
Todos batem palmas, cumprimento cada um.
Quando é a vez de Martinelli, ele me dá um beijo na testa e me diz.
─ Você é a melhor, saiba disso.
─ E você também meu amor. - Digo.
─ Lembra quando a gente se conheceu? E eu disse que se fizesse um gol você teria que sair comigo? E se tivermos um déjà vu hoje? - Ele pergunta.
─ Ah, eu sei que você vai marcar querido. Então já afirmo e adianto que aceito sair com você.
─ Você não faz idéia da surpresa que te aguarda. - Ele sorri e beija minhas mãos.
─ Conseguiu me deixar curiosa justo em uma final Gabriel?! Só você mesmo.
Ele sorri e me abraça, continua me dizendo coisas positivas.
O que sinceramente me dá uma imensa ajuda.
Mas é hora de me separar dele e dos demais, e cada um fazer sua parte, ele me dá um beijo na testa antes de ir.
O aquecimento começa.
Coloco todos os titulares em campo, mas coloco Martinelli para aquecer junto dos demais, faço o mesmo com Antony.
A nossa formação vai ser 4-2-3-1.
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Nesse intervalo, Phil e papai vem até mim, e dizem que vai dar tudo certo, antes de dirigirem-se para os seus assentos.
É aí que tenho uma surpresa inesperada, Galvão Bueno vem até mim também.
Eu sempre estava assistindo suas narrações, nos intervalos dos jogos, e é a primeira vez que o vejo pessoalmente.
─ Isadora Bacchi não é? - Ele diz sorrindo estendendo a mão para mim.
Ele muda o foco de sua visão para acima de mim, e seguindo a sua direção vejo papai dando um tchauzinho para Galvão.
─ A própria. - Respondo apertando sua mão, e correspondendo o sorriso.
─ Saiba que independente do resultado, você deu o seu melhor garota, é bem claro. Eu e todos os brasileiros somos testemunhas. E que saiba você tem um grande fã hein?!E acredito que não é somente eu. Agora, garota, você tem um futuro brilhante pela frente, e foi um prazer acompanhar essa sua trajetória, até aqui, e espero não te acompanhar só agora, mas para sempre.
Ele percebe que sou incapaz de dizer algo, estou emocionada demais, ele apenas dá um sorriso, me abraça, e diz.
─ O Brasil tá contigo garota.
E aí escorre uma lágrima, e quando o solto do abraço respondo.
─ Obrigada Galvão, obrigada. - Dou um sorriso sincero.
Ele dá tapinhas no meu ombro antes de ir para iniciar a transmissão.
É dada a hora de começar.
Os franceses estão prontos, e nós também.
O Brasil está comigo, foram as palavras de Galvão, independente do resultado desse primeiro tempo, ganhando ou perdendo, vou continuar de cabeça erguida.
Os garotos já estão trajados com a amarelinha.
É iniciado o primeiro tempo.
A posse é do Brasil, até que a França consegue tomar, e quando há a ameaça de um ataque, nossa defesa consegue fazer o corte, Marquinhos mais precisamente.
10 minutos do jogo passaram voando, o Brasil recupera e mantém a posse, porém, quando tentam fazer qualquer chute ao gol, somos impedidos pela zaga francesa.
Há vários erros de passes, mas acho que os garotos se lembram das minhas palavras, e continuam normalmente o jogo.
Grito algumas vezes para alertar alguns jogadores, o que ajuda bastante.
40 minutos se passam, estamos de cara com os últimos 5 minutos do primeiro tempo, a França acaba de fazer uma tentativa de ataque, porém é impedida novamente pela nossa zaga.
Os garotos iniciam uma nova jogada, Alisson joga para Marquinhos, que toca para Militão, Paquetá assume a posse, Raphinha em seguida, e Neymar para fechar, que toca para Vini, agora é com o pombo, Richarlison consegue driblar perfeitamente, e é GOOOOOOOOOOL!!!
Não consigo conter o grito de "É!!".
A jogada foi completamente perfeita.
Os meninos vem até mim e fazem a dancinha do pombo, eu faço junto deles.
Nos abraçamos.
─ Deu certo treinadora, deu certo!! - Diz Richarlison.
─ Continuem, apenas continuem. - É o conselho que eu dou.
E é isso que eles fazem.
Até que chega ao fim do primeiro tempo, sem gol por parte da França, por enquanto, estamos vencendo.
Quando a Seleção vem até mim, eu os parabenizo novamente, e é hora da estratégia do segundo tempo.
─ Meninos, é a hora da estratégia defesa fraca. - Digo.
A defesa fraca foi uma estratégia que eu bolei para fazer em um segundo tempo que precisa ser decisivo, ou seja, marcarmos novamente e evitarmos ao máximo ir para os pênaltis.
Ela praticamente consiste em parecer que nossa defesa está fraca, e acharem que tem uma brecha.
Quando na verdade, nosso ataque que está mais forte, com a rapidez de Martinelli que entrará, ele fará gol ou dará assistência sem dar tempo aos franceses para pensarem no que aconteceu.
O apito é dado, eles começam a estratégia, tocando um pro outro, como se estivessem querendo ganhar tempo.
Algo que não estava nos meus planos acontece, eu já sabia que eu tinha que estar de olho nele, e lembrar da sua agilidade, mas não o fiz, oque acabou resultando nisso agora.
A França conseguiu a posse, a bola é passada para Mbappé, que chuta agilmente para o gol.
