Capítulo 37

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—Dinda—Sofia gritou, assim que eu cheguei na festa de aniversário dela, minha dor tinha passado graças os remédios que o Gabriel passou, tô fingindo que não aconteceu aquela noite, não quero ficar vidrada nisso.

—Vem cá meu amor—Peguei ela no colo dando beijinhos, Isa tava na correria pra arrumar tudo, não tinha muito gente era só as crianças e o nosso bondinho mesmo, desci a Sofia do meu colo que correu pra brincar com os amigos.

—Deixa eu te ajudar mulher—Falei pegando a bandeja de cachorro quente da mão dela que me agradeceu, as crianças vieram correndo pedindo os cachorros quentes.

—Que bagunça meu Deus—Rafa reclamou assim que eu sentei do lado dela, ela olhava as crianças se sujando com a comida.

—Reclama não, que logo você vai ter um assim—Coloquei a mão na barriga dela.

—Meu filhão vai botar fogo nessa favela—Lc diz sorridente, Rafa revirou os olhos com o que ele disse.

—Ele vai ter modos que nem a mãe dele—Achava uma graça esses dois, Isa foi em direção a porta acompanhei com olhar, fiquei chocada assim que vir quem passou pela porta, não acredito que eles chamaram ele sem me avisar.

—Titio—Sofia foi correndo assim que viu ele, não sabia da relação deles, aliás eu não to sabendo de nada faz uns anos.

—Minha gatinha—Pegou ela no colo girando a mesma que dava risada, ele sempre teve o dom pra crianças era impressionante.

—Quero te apresentar minha dinda—Sofia apontou pra mim, ele parecia procurar até me encontrar com olhar, Sofia insistia pra ele vim até aqui—Esse é meu Dindo, só que chamo ele de Titio—Disse descendo do colo pra vim até mim, dei um sorriso pra ela.

—Prazer em conhecer—Entrei no teatro dele, comprimentando com um aperto de mão, que logo foi transformando eu um abraço, a sensação de seus músculos pareciam maiores, tava mais forte.

—Tenho que fazer uma ligação—Assim que sair daquele abraço, dei uma desculpa indo pra fora da casa, eu necessitava de um ar sentei na calçada olhando como o morro tava bonito.

—Fugindo de mim—Sabia que era o Gabriel, nem precisava olhar pra trás ele sentou do meu lado.

—Precisei tomar um ar—Ele assentiu olhando a paisagem também—Por que você largou isso tudo?—Ficou um silêncio por alguns segundos, achei até que ele nem ia responder.

—Isso nunca foi pra mim, meu destino foi mudado completamente por conta de um filho da puta—Que ele acreditava ser meu Pai, isso meu tocou um pouco afinal era por isso que a gente não tava junto—Depois da nossa última conversa, eu decidir que não dava mas pra continuar na caminhada, ia seguir meu sonho mesmo que isso causasse minha morte, foi difícil pra caralho sair do mundo do crime, ainda mas quando você é o dono, apanhei muito mas finalmente consegui me livrar disso tudo, deixando na mão de quem eu confio, entrei na faculdade com 30 mesmo—Dei um sorriso enquanto contava—Foi luta, mas hoje eu tô aqui formado como neurocirurgião.

—Caralho—Parei pra pensar tudo que gente ja tinha se passado, era história pra cacete—Casou?—Ele deu risada da minha pergunta.

—Ta me tirando Luana, sou cachorro solto—Rimos juntos—Não encontrei ninguém, que supere o que eu senti por você—os olhos de Gabriel percorrem meu rosto de cima a baixo.

—Talvez seja melhor a gente entrar—Falei me levantando.

—Espera—Ele levanta me puxando pra si, envolve minha cabeça com as mãos inclina meu rosto para o dele e me beija, Quando se afasta, a gente se olha com saudades, voltando o beijo mas uma vez.

—Puta merda, qual necessidade de você ser assim?—Perguntei ainda no beijo, fazendo ele soltar uma risadinha gostoso convencido.

—Tava com saudades preta—Apertou minha cintura, me dando um selinho.

Sobre a noite passada Where stories live. Discover now