Capítulo 11

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Capítulo 11

Pov. Draco

Desde o dia em que dormimos juntos, acabamos por ficar mais próximos um do outro. Agora temos uma rotina de casal, mesmo que ainda não tenhamos nada.

Todos os dias acordamos juntos, às exatas oito da manhã. Tomamos café às oito e meia e então saímos para caminhar um pouco. Às dez estamos em casa de novo e começamos a fazer o almoço, juntos. Quando o almoço fica pronto, levamos ele para o quintal e comemos ao ar livre. Na parte da tarde sempre vemos algum filme novo que Harry não pode ver enquanto vivia com seus pais. De noite deitamos juntos no meu quarto e conversamos até pegar no sono, ele sempre em cima de mim.

É muito bom estar com ele nessas novas experiências, eu não poderia pedir coisa melhor.

Faz apenas um mês que ele está aqui, trinta dias que eu assassinei seus pais e várias horas que passamos juntos. Era para o meu hut acontecer esse mês, porém eu estou tomando remédios para ele não vir.

Não é que eu não quero passar meu hut com Harry. Eu quero muito. Mas tenho medo de que ele ache demais, já que faz pouco tempo que temos essa relação.

O cio dele acontece mês que vem, não conversamos ainda sobre isso. Provavelmente ele irá querer passar sozinho, então terei que sair para comprar alguns brinquedos que o ajudem.

Agora estamos vendo um dos filmes que ele escolheu: "A Culpa É das Estrelas". O filme está no fim, no momento onde a Hazel lê a carta no funeral do Gus.

"— Não posso falar da nossa história de amor, então vou falar de matemática. Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso."

Suas palavras me fazem refletir sobre o futuro, sobre o tamanho do medo que me consome. Tenho medo de perder Harry para alguém melhor, medo de não ser o suficiente para ele, medo de não ser aceito. Mas o pior medo, entre todos, é o medo dele não me amar também.

Não consigo imaginar uma vida sem ter Harry ao meu lado. Ele é o motivo pelo qual eu acordo e aquele que me faz dormir. Ele me faz sorrir todos os dias e isso é a melhor coisa da minha vida. Eu amo ele e todas as suas pequenas coisas.

— Hey, baby. — Chamo e ouço um resmungo em resposta, solto um risinho antes de continuar. — Seu cio está chegando, você vai querer passá-lo sozinho?

Observo ele levantar a cabeça, está com as bochechas rosadas, o que me faz ir de encontro com seu rosto para depositar um selinho em seus lábios.

Ele se senta no sofá ao meu lado - antes ele estava deitado em cima de mim -, vira o rosto e olha fixamente para suas mãos.

— Eu queria passar com você, Dray. — Ele levanta a cabeça e vejo um pequeno beiço em seus lábios. Ele é adorável.

— Tudo bem, querido, podemos passar juntos. Mas não quero forçá-lo a nada, okay? — Ele concorda com um resmungo e voltar a deitar em cima de mim, com o nariz na minha glândula aromática.

Eu não poderia ter recebido ômega melhor, eu realmente o amo. A cada dia que passamos juntos esse sentimento cresce. Deve ser coisa de alma, mas eu daria minha vida pela dele se fosse preciso.

Quando volto o olhar para a TV, os créditos do filme estão passando. Tenho agora um ômega dormindo levemente no meu colo, posso sentir como ele fica seguro comigo. Seu ômega interior confia em mim. Isso é melhor do que eu poderia esperar.

A confiança do ômega tem que ser conquistada aos poucos e é uma coisa difícil de se ter. Ele confia em mim e eu me orgulho disso.

Não vejo a hora de termos nossos filhotes correndo pela casa, isso seria ótimo. Ver Harry com os pés inchados e a barriguinha de grávido. Ele sendo manhoso e tendo desejos estranhos, como sorvete de pimenta com cachorro quente.

Eu adoraria atender todos os seus pedidos, pegá-lo no colo até ele adormecer em meus braços. Assistir mais e mais filmes com ele, vendo ele chorar pelas coisas mais superficiais que acontecem. Eu quero ter esse ômega para mim, e eu terei.

Crime Favorito | DrarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora