Cap. 07 | Aroma Tóxico

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[CAPÍTULO NÃO REVISADO]

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❝essa é a mais cruel verdade entre nós, demônios. no fim das contas podemos amar, até mais intensamente que a maioria das espécies eu diria. mas esse também é o maior pecado que podemos cometer: o pecado do amor.❞

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Capítulo Sete:

AROMA TÓXICO

𝓐ɴᴏs 𝓐ᴛʀᴀ̀s

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𝓐ɴᴏs 𝓐ᴛʀᴀ̀s...

O barulho alto de algo batendo contra a porta foi o suficiente para a fazer acordar. As batidas incessantes não pareciam ser amigáveis, o que fazia o medo tomar conta de si. Ela já não era mais a mesma demônio que saiu do purgatório, já não tinha tanto poder assim. Não era mais a carrasco do rei demônio, que destruía vilas inteiras, que sentia prazer ao ouvir os gritos de dor e sofrimento dos outros. Agora ela tinha algo a perder, e esse algo repousava ao seu lado na cama de onde levantara, dormindo tranquilamente alheia a tudo àquilo que a poderia fazer mal. A garotinha de cabelos pretos estava esparramada na cama, onde momentos atrás estava agarrada a sua mãe.

Já de pé, a demônio caminhou lentamente até a porta, abrindo-a no momento exato em que o Sacerdote Regente Seymour bateria novamente. Atrás do homem velho, metade do vilarejo se encontrava com tochas, arpões e caras de poucos amigos.

— Senhora Lily, o templo recebeu diversas denúncias sobre práticas de magia negra nos arredores do seu terreno. Algumas testemunhas afirmam terem visto sua pequena criança fazendo objetos flutuarem. Precisamos que traga sua filha para interrogatório. — a mulher saiu da casa fechando a porta atrás de si após dar uma última olhada no interior e perceber que sua filha continuava a dormir.

— Claro que precisa. Antes de a levarem eu tenho uma pequena pergunta. — A de cabelos brancos sorriu de forma sombria. — Quem denunciou está atrás de você, Sacerdote? — olhou para a pequena multidão atrás do mesmo.

— Você não tem direito a perguntas Lily, certamente se sua filha é uma bruxa você se deitou com um demônio! — os aldeões concordaram começando a dirigir acusações e ofensas para a mulher.

— Sacerdote, eu nunca me deitaria com um demônio.

— É o que uma concubina de um ser das trevas diria para se livrar do julgamento divino. — o vozerio dos aldeões aumentou, sendo sobreposto somente pela risada alta que a mulher soltara.

— Acho que vocês não entenderam. — os humanos se afastaram, observando a mulher de cabelos brancos mudar de forma.

Veias negras cresceram por seu corpo, os chifres antes recolhidos para parecer uma humana comum agora voltavam a crescer sobre sua cabeça, acompanhados do terceiro olho vermelho que se abria no meio da testa. A escuridão agora tomava conta de parte do seu corpo, e sua humanidade era consumida pela terrível sede que se apossava da sua garganta.

The Sin of Love | THE SEVEN DAEDLY SINSWhere stories live. Discover now