He Xuan nunca se imaginou ajudando um estranho, ainda mais um estranho que usava uma minissaia rosa e um top preto. Mas ele também nunca imaginaria que pudesse fazer amizade com esse estranho e ainda gostar dele! Mas bem, o que ele poderia fazer se...
Okay, okay. O cap 9 finalmente está aqui. Eu tô viva e realmente teremos nossos casais de volta e mais algumas coisas! Bom, não quero falar muito, porque, como vocês bem sabem, esse cap tem 10.300 e poucas palavras, e eu provavelmente vou precisar editar muuuuito, então... BOA LEITURA MEU POVO!
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Tenso.
Isso definia bem como Shi Qingxuan estava se sentindo naquele momento, andando ao lado de um He Xuan, aparentemente, calmo e nenhum pouco afetado pelos últimos acontecimentos. Quer dizer, era esperado. O mais velho obviamente já deve ter estado em vários relacionamentos, então era apenas natural que um beijo ou outro não fizesse diferença alguma na vida dele. Ainda mais um vindo de alguém com praticamente zero experiência como o Shi.
Porra! Qingxuan odiava isso!
Se sentia o diabo de um virgem perdedor que não tem atitude alguma nesse momento, mesmo que soubesse com certeza que não se encaixava nessa categoria. Principalmente se você fosse ver apenas pelas suas atitudes em torno de todos os caras com os quais "brincou".
— Então... vamos falar sobre aquele beijo ou você vai me pedir pra ignorar?
A pergunta feita em um tom simples pelo mais alto deixou o de cabelos longos completamente travado e sem reação por alguns segundos.
— Ahn... vo... você... quer mesmo... f-falar sobre... isso...? — Gaguejou, incrédulo e sem jeito, as bochechas se avermelhando de leve.
O He suspirou e parou de andar, olhando alguns segundos para frente antes de se virar para o outro com um rosto vazio, que parecia não se afetar por nada, sendo que na verdade, por dentro não era assim.
Por dentro, o de olhos claros estava uma completa bagunça sentimental.
Seu emocional parecia com uma loja saqueada e revirada, deixada em estilhaços. Completamente destruída e sem nenhuma chance de recuperação. E tudo isso fora causado por aquele homem em sua frente que agora o olhava com uma surpreendente timidez e falta de jeito, como se ele não fosse a pessoa que tivesse tido iniciativa no beijo ou como se ele próprio não vivesse constantemente se grudando em si como se não fosse nada demais, apenas algo diário e muito natural.
E não, aquilo não era natural.
Não podia ser.
Não podia porque não tinha como chamar todas as sensações que sentiu com o beijo, ou que sentia com os olhares e toques dele, de algo natural. Que deveria e poderia acontecer com qualquer um.
