11 - FELIZ ANIVERSÁRIO

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Hoje é aniversário de dois anos da pequena Cecília.

Não sei se o coelhinho de pelúcia que comprei para ela foi uma boa escolha. Na verdade, não faço a mínima ideia do que as crianças da idade dela gostam, mas Clair me afirmou que ursinhos de pelúcia são uma boa escolha.

Aperto o coelhinho branco, envolvido em um laço rosa de cetim. Procuro minha carteira e as chaves do carro e sigo para a casa dos Miller.

São quatro da tarde e o dia está bonito hoje. Sinceramente não estou com cabeça para cantar parabéns quando tudo que faço é pensar em Elliott e no fora que ele me deu.

A frase maldita dele se repete constantemente atormentando a minha mente:

"Posso querer qualquer uma, menos você."
"Posso querer qualquer uma, menos você."
"Posso querer qualquer uma, menos você."
"Posso querer qualquer uma, menos você."
"Posso querer qualquer uma, menos você."

Não quero acreditar que isso seja verdade, mas admito que aquele bandido sabe como derrubar o ego de uma mulher. Se não fosse pela ereção dele, eu poderia acreditar em suas palavras, mas vi que ele estava gostando daquilo tanto quanto eu.

E... ele me beijou com desejo.

Não consigo esquecer suas mãos em mim e nem a cara de surpresa dele. Infelizmente depois do ocorrido, ele não me procurou, e para piorar ainda mais as coisas, ele fechou todas as cortinas. Não consigo mais vê -lo, a não ser que ele queira, o que é bem difícil de acontecer já que fazem dois dias desde que invadi a sua residência.

O fato de ter sido dispensada por ele me enfurece porque eu sei que ele me queria.

Elliott desperta a minha pior versão porque pensamentos nada decentes passam por minha mente agora. Queria fazê-lo se arrepender do que disse. Mas não sei como.

Olho a hora na tela do meu celular mais uma vez. A festa começou há exatamente uma hora e quarenta e cinco minutos. Sei que Dereck está puto comigo porque ele nem ligou. Mas não posso me sentir culpada por preferir ficar em casa esperando que Elliott por alguma razão pouco provável decida ir lá e nós terminemos o que começamos ontem. Aquilo foi muito bom. Foi quente e fora do comum.

Guardei o casaco dele em uma gaveta para vestir quando eu for dormir já que essa é a única forma de senti-lo perto de mim.



***

Ao chegar na casa dos pais de Dereck, sou recebida pela Kirah, mãe do próprio. Ela está feliz toda sorridente, afinal, sua primeira neta está fazendo aniversário hoje.

- Olá, Amber. Que bom que veio! Infelizmente perdeu o parabéns, mas fique à vontade, a festa continua animadíssima! - Me inclino para lhe dar um abraço.

Ela me aperta com carinho. É gostoso abraçá-la.

- Me desculpe pelo atraso, infelizmente tive uns imprevistos na livraria.
Seu sorriso se alarga.

- Não se preocupe, querida. Sei como são essas coisas no trabalho. Não é fácil ser empreendedora e ainda ter que administrar tudo sozinha.

- Verdade. Obrigada por entender, senhora Miller.

- Está tudo bem, mas não sei se Dereck terá a mesma compreensão. Ah, pode me entregar isso aqui - Diz pegando a pelúcia das minhas mãos - Vou juntar com os outros. A Cece vai adorar essa fofura!

Exclama ao analisar o coelhinho.
Olho o interior da casa, mas não vejo ninguém.

- Onde o pessoal está? - Pergunto ainda vasculhando os cantos da casa atentamente.

STALKERWhere stories live. Discover now