Capítulo 10 - Insegurança

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N/a: Hoje avisei algumas meninas no Whatsapp que teriam dois personagens novos, eu disse que eles eram de uma banda famosa e elas vieram me perguntar quem era. Eu não contei, mas espero não decepcioná-las. E para os demais, boa leitura!

Ps: Nas mídias temos Fireproof (minha música favorita EVER), eu ouvi ela enquanto escrevia esse capítulo, então caso queiram ouvir também Sz

🌃🌃🌃

O restante do dia se passa normalmente, depois daquele episódio vergonhoso. Evito pensar em qualquer coisa que me leve a Harry, isto inclui Lottie, uma vez que ela iria dicar me lembrando sobre o que eu fiz.

Porra! Irmãs mais novas - e adolescentes - não deveriam escutar coisas como estas.

Mal vejo Jay chegando com o restante do pessoal, já que optei por dormir mais cedo para não precisar responder aos seus questionamentos - mas tenho certeza que ela passou no meu quarto para me dar um beijo de boa noite. Mães.

São, provavelmente, três da manhã quando acordo com a garganta seca, me levanto da cama, arrastando meu corpo mole e cambaleante até a porta. Giro a maçaneta com o máximo cuidado possível, evitando que alguém acorde com o ranger da porta. Assim que consigo passar por esse obstáculo, sinto meus pêlos eriçados devido a brisa fria da noite.

Passado o corredor, chego ao começo da escada e solto uma exclamação quando meus olhos alcançam uma luz ofuscada que vem da cozinha. Não posso evitar de me arrepender por estar apenas com uma calça de moletom - inclusive descalço - quando meus pés tocam o piso frio nos degraus da escada.

De qualquer forma, desço vem passos leves, e quanto mais me aproximo, mais se tornam perceptíveis o burburinho que vem do cômodo.

- Eu não acho que seja uma boa idé-

- Mark? - Adentro a cozinha sem cerimônias, interrompendo o homem encostado no balcão, ele desliga rapidamente o telefone erguendo seus olhos até mim.

- Hey Lou, o que faz acordado tão tarde?

- Lhe pergunto o mesmo...

- Eu estava conversando com oh-ah-oh... - Ele estala os dedos, parecendo puxar um nome da memória e não deixo de espreitar meus olhos, suspeitando de seus atos - Apenas conversando com o vovô, sabe como é, ele queria abandonar o asilo novamente e eu não acho uma boa ideia.

Vovô George vive nos Estados Unidos, mais especificamente no sul da Flórida, onde Mark cresceu. Já essa explicação é no mínimo estranha, uma vez que meu avô não vive em asilo algum, mas sim com minha avó em uma casa bem aconchegante.

Em poucos segundos, decido que irei dar corda a Mark - sim, ele é meu pai, mas não o chamo assim faz algum tempo - e verei ele se enforcar sozinho.

- É porque desligou tão depressa? Eu queria conversar com o vovô.

- Bom, eu apenas me assustei - Mark troca o peso de suas pernas, parecendo desesperado.

- Tudo bem, eu vou beber um pouco de água, sim? - Indico o filtro, vendo o homem despertar rapidamente de seu transe.

Ele vem até mim e sussurra um breve "boa noite", antes de selar minha bochecha. É inevitável o arrepio que corre por minha espinha após esse ato. Vindo justamente de Mark.

🌅🌅🌅

O domingo de manhã correu bem, até a hora que comecei a me arrumar para ir a casa - mansão - dos Malik. Ele geralmente faz estas reuniões, então não foi surpresa para minha mãe quando disse que sairia.

Como estamos no verão, tratei de vestir uma roupa mais leve, regata com uma das minhas calças coloridas. Alcancei um boné azul marinho para não ter que pentear meus cabelos, e exatamente às dez, eu já estava pronto, esperando Liam que seria minha carona e jogado no sofá da sala.

I'm Not Gay! |✔️| l.sWhere stories live. Discover now