Eles sabem

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Eu precisava esperar todos dormirem para fazer alguma coisa, pra ver como iria contactar Conan. E passar pelo jantar estranho e tenso com a família do Calebe demorou mais do que precisava, perguntas estranhas, os garotos falavam sobre armas, enquanto a senhorinha parecia só apreciar sua comida maravilhosa. Eu fui umas das primeiras a sair da mesa e subir para o "quarto" alegando não estar me sentindo bem. Andei rápido pelo corredor até me aproximar da janela de onde se conseguia ver todo o campo vasto da fazenda, a grama alta balançava em sincronia com o vento, saltei, cai de um jeito majestoso . Ergui meu olhar para cima e me deparei com o cano de uma área em meu rosto, me levantei de vagar e vi Calebe e seu avô. Nos entre olhamos mesmo com a pouca luz.
Ouvi o gatilho sendo preparado, mais antes que fosse disparado eu corri e em menos de um segundo estava com Calebe em minhas mão, com um escudo, mais ele sorria com certa ironia.
Seu avó abaixou a arma também com um leve sorriso. Calebe levantou os braços como desistência.
- então e você de quem todos falam e cogitam a hipótese de existir. - o velho disse
- do que estão falando? - perguntei feroz.
- Calebe me disse quem você é, o que fez com aquela coisa, e você a salvadora.
- salvadora? - perguntei enquanto soltava Calebe.
- e, a guardiã que vai acabar com esses monstros. - Calebe disse.
- por isso me trouxe pra cá? - eu estava furiosa. - não devia ter feito isso posso matar vocês todos num piscar de olhos.
- eu sei, mais não vai, do contrário já teria feito. - Calebe disse com teimosia e arrogância enquanto jogava seu cabelo para trás e colocava as mãos tranquilamente nos bolsos.

Ele estava me desafiando e a minha vontade era de arrancar a garganta de seu avô para ele ver do que sou capaz. Respirei fundo controlando minha ânsia.
- tudo bem, mais se acreditam mesmo nisso precisam me deixar ir, preciso saber como acabar com isso.
- não, você vai ficar, eu sei que você e basicamente o anjo da morte mais precisa aprender um pouco sobre armas e como usa - lãs, isso vai ajudar você, eles são muitos e você só uma, quanto mais ajuda melhor. - o velho disse enquanto se escorava na sua arma.
Olhei para o além das árvores e eu queria correr e fugir, mais talvez eles tivessem razão.
- o que foi quem me entregou?
- sua agilidade, é e claro sua confissão para o Marcos.
Sorri. - não achei que ele fosse acreditar.
O silêncio nos rodiou.
- tudo bem, mais só três dias. - dei de costas. - e antes de tentarem qualquer coisa estupida saibam que eu sou imortal - me aproximei velozmente de calebe - suas armas não podem me matar.
Ele olhava para mim enquanto minhas palavras cheias veneno eram ditas, mais eles não tinha medo, na verdade havia um fundo de desejo em seus olhos.
Voltamos todos para dentro como se nada tivesse acontecido, o avó de calebe ficou no quarto de baixo junto com sua esposa que pela fresta da porta parecia já estar dormindo. Eu e calebe subimos as escadas, parei no meio do corredor enquanto ele seguiu e parou em frente à seu quarto.
- vamos? - ele me chamou com um aceno de cabeça para dentro do quarto.
- não vou dormi. - eu disse.
- essa também não é minha intenção - ele me olhou e se virou o corpo todo em minha direção.

Fui em sua direção velozmente e parei a milímetros de distancia de seu rosto, sentia sua respiração leve e quente conta o meu rosto.

- devia estar com medo. - sussurrei enquanto sentia meus dentes cheios de veneno.

-por que? por que quer que tenhamos tanto medo de você?

sorri. - gosto do cheiro do medo de vocês humanos, e delicioso.

Ele arqueou as sobrancelhas surpreso. Passei por ele e entrei no quarto, olhei ao redor e vi um espelho me posicionei em frente ele e tirei a blusa enorme que ele havia me dado para vestir, não me importei se ele estava olhando ou se a porta estava aberta. Olhei para o meu umbigo e a pequena marca em volta dele, passei os dedos e senti o lugar formiga, o reflexo de Calebe surgiu atras de mim, mais ele olhava mais para a marca do que para meu corpo.

- O que e isso?

- E complicado...

- Acho que consigo...

- A cada vez que eu fizesse algo ou falasse algo crescia uma marca em mim, como sinal do que eu fiz e para não me esquecer.

- E cade elas? - seu dedo correu por meu corpo nú.

- Um dia elas sumiram e se resumiram a isso, não sei, talvez eu tenha todo conhecimento e não precise mais ser lembrada por marcas.

O silencio imundou o quarto, nos entre olhamos pelo reflexo, fui para pegar minha blusa mais ele me impediu segurando meu rosto e pressionando seu lábios quentes contra os meus. e no mesmo segundo que meus olhos se fecharam eu vi um cara forte e de barba cerada, ele me olhava com paixão enquanto eu dizia seu nome, Enzo. me afastei de Calebe rapidamente.

- O que foi? - ele perguntou assustado.

- Nada. - menti. - acho que vou dormi na sala. - sai pela porta e desci as escadas correndo, passei pela porta da sala e parei na varanda, olhando para a escuridão e o vazio, e me perguntando o que havia sido aquela visão, e quem era Enzo?

So de pensar em seu nome sentia um frio no estomago. Passei a noite em claro, sentada nas escadas só pensando o que foi aquilo e quem era esse Enzo.

Guardiã Where stories live. Discover now