ESTRATÉGIAS DE CAMPANHA - JUSTIFICATIVA

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A transparência hoje exigida em qualquer processo que envolva a atividade pública recomenda que não se corram riscos desnecessários, que possam resultar não apenas na perda da credibilidade, mas na execração pública de seu autor ou cassação da candidatura.

Ao mesmo tempo, o amadurecimento do eleitor e a mudança de mentalidade imposta, principalmente pela massa eleitoral dos mais jovens, criados e condicionados dentro de uma visão mercadológica consumista e pelo culto da imagem, estão eliminando a figura do voto de cabresto, bem como a dos chamados currais eleitorais.

O político instintivo e intuitivo, que busca embasar sua campanha no carisma e nas manifestações de promessa de apoio popular tende a ser surpreendido na reta final da campanha por manobras oportunistas de seus adversários.

Nesse contexto, o trabalho estruturado de marketing político, dentro de uma abordagem científica, oferece as melhores chances de sucesso, uma vez que trabalhará visando minimizar os efeitos negativos das chamadas variáveis incontroláveis.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes ações:

- Criação de um comitê central (formal) para estabelecer as estratégias de campanha, desenvolver e reavaliar ações e analisar atuação dos concorrentes, criando estratégias para minimizá-las ou anulá-las.

- Definir, orientar e padronizar todo o material audiovisual da campanha, bem como coordenar e orientar as participações do candidato em aparições públicas.

- Criação de subcomitês (informais) para multiplicação das ações, vigilância e coleta de informações sobre os concorrentes (ação logística).

- Criação de um Grupo de Apoio para desenvolver as atividades de captação de recursos para financiamento da campanha.

- Mapeamento do universo eleitoral e disposição estratégica dos subcomitês.

- Comunicação - mínimo: 1 linha telefônica comum com fax, 1 linha telefônica celular, um veículo;

- Instalações: escritório com mesas, cadeiras, sala de espera e sala reservada. Material audiovisual (TV, vídeo, filmadora, fitas, rádio, um quadro-negro com giz ou um flip-chart com pincéis). Máquina de escrever/computador com impressora e material de escritório.

- 1 secretário(a) no início, 2 ou mais na reta final.

- Voluntários (colaboradores).

- 1 coordenador.

- Conhecer a fundo as atribuições do cargo em vista e as necessidades do eleitorado.

- Recursos: Empréstimos/comodato de simpatizantes da candidatura/Fundo Partidário/doações. Ficar atento às regras que orientam essas doações de campanha.

- Assessoria de Imprensa (ver capítulo específico),

- Levantamento do Grupo de Apoio.

- Levantamento dos subcomitês.

- Montagem do comitê.

- Seleção dos voluntários (estrategicamente importantes).

- Estruturação e padronização do material de campanha.

- Diagnóstico da intenção de voto dos eleitores.

- Desenvolvimento de estratégias de convencimento e de cooptação.

- Desenvolvimento de estratégias de informações.

- Desenvolvimento de estratégias para a divulgação e fixação da imagem do candidato.

- Elaboração de releases e do material escrito do candidato.

- Elaboração de discursos dentro do programa mínimo de mandato, adequando-o à realidade do local onde se realiza o comício. Evitar ser fantasioso e prometer o que não será da competência de seu cargo.

- Avaliação das aparições públicas do candidato.

- Popularização da imagem.

- Estabelecer um cronograma para criação de Fatos Novos ao longo da campanha, mantendo o candidato em evidência.

- Analisar e opinar sobre alianças e apoios oferecidos.

- Propor alianças e acordos políticos de interesse do candidato.

- Criar estratégias visando anular ataques dos concorrentes.

- Desenvolver estratégia agressiva de Boca de Urna e de reta final, dentro do permitido pela lei e sem ameaças à imagem do candidato.

- Outras atividades necessárias, detectadas ao longo da campanha.

- Levantamento do desempenho do candidato.

- Elaboração de um currículo político.

- Estabelecer elementos de negociação.

- Levantamento das necessidades da campanha.

- Levantamento do universo de possíveis contribuintes.

- Levantamento de alianças políticas (Vereadores, Prefeitos, Deputados Federais, Senadores, Governador).

- Análise de campanhas de arrecadação de fundos (sem nunca perder de vista as regras).

- Mobilização das campanhas e promoções.

- Contatos preparatórios.

- Permutas, doações e comodato (atenção às regras).

- Visitas a doadores.

- Contatos com disseminadores de imagem/jornalistas (ver atuação da assessoria de imprensa no capítulo específico).

- Massificação de abordagens (palestras, visitas a clubes de serviço e instituições assemelhadas).    

O CANDIDATO A VEREADOR - Um Manual Para Sua EleiçãoWhere stories live. Discover now