ii. FINAIS

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"Você me proporcionou emoções e momentos que eu apenas havia lido sobre."

Eu ainda me lembro. Lembro de quando eu tentava o ignorar apenas porque você havia dito que eu tinha medo das coisas sairem fora de meu controle e era verdade. Eu tinha medo, tinha medo das coisas não sairem como planejava, eu semprei fui muito organizada com a minha vida, a cada passo eu pensava em uma reação, nunca vivi o momento ao não ser com você, eu nunca planejei me apaixonar por você Livergens.

Meus planos era ficar sozinha, eu não quis me aproximar de ninguém depois do meu antigo namorado, ele me vez duvidar de tudo e não acreditar que eu merecia viver uma história de amor verdadeira, e é claro que eu o escutei em minha cabeça quando estava com você, e isso fez eu agir como uma idiota, porque meu coração dizia "sim" e minha mente "não" e eu apenas dizia "não sei", porque não sabia realmente como agir com tudo aquilo.

― Ele gosta de você ― Alissa disse sorrindo depois que passamos por você e seu amigo que nos encarava em um dos corredores.

― Não gosta não ― digo e Alissa ri sarcástico.

― E você parece se sentir atraída por ele também ― ela disse rindo e lhe monstro a língua a fazendo rir mais. Eu não podia negar era óbvio aquilo mas não pensei que estivesse tanto na cara, Alissa parecia saber minhas emoções antes mesmo de eu me dar conta.

― Ele ainda não convidou para sair? ― ela perguntou curiosa.

― Alissa não, ele apenas olha para mim, isso não signifique nada e ah não ouse dar uma de cupido ― digo séria e ela apenas emite um estalo com a língua. ― Alissa, prometa que não vai fazer nada ― digo séria e ela apenas morde os lábios, paro de andar e cruzo os braços.

― Ta legal, ta legal mas só posso prometer tentar não fazer nada ok? ― reviro os olhos eu sabia que ela ia tentar fazer algo no final das contas.

― Hum... Agora tenho aula de cálculos mas no final da aula podemos ir até um café que abriu a umas semanas na esquina, e você me contar o que vai aprontar ― digo assim que pararmos em frente a sala de cálculos e o professor não havia chegado.

― Eu queria pizza, Hope. Chega de cafés, não sei como você dorme sério! E da minha boca não sai nada ― Alissa disse monstrando a língua e tento fazer uma carranca com a cara mas apenas rio e depois entro na sala assim que nos despedimos.

Eu não tinha te visto durante as aulas todas e comecei a sentir uma sensação de estranhamento porque não havia aula de literatura aquele dia e infelizmente era a única aula que nos víamos.

Quando Alissa e eu fomos ate a pizzaria e não ao café que planejamos, obviamente ela não contou nada nem mesmo quando a dei o último pedaço de pizza, e ela apenas disse que eu veria, eu sentia meu coração palpitar ansioso, eu não sabia o que aconteceria, ou o que Alissa havia feito, ou o que você faria. Toda aquela sensação de não saber o que aconteceria me deixava nervosa e ansiosa, talvez por isso eu fui tão insegura, eu sempre pensei em reações e consequências das minhas ações, eu quase nunca agi impulsivamente até você aparecer em minha vida.

E naquela tarde quando eu voltei para casa e fui tomar meu banho, foi quando você me ligou a primeira vez, eu não atendi porque estava no banho e apenas escutava a música instrumental do aparelho celular emitir, e quando saí do banheiro com as toalhas sobre meus cabelos cacheados e meu corpo, você ainda estava me ligando. Apollo apenas encarava o celular irritado com o barulho, o gatinho preto nunca gostava de músicas clássicas e sempre quando eu colocava ele apenas saí do lugar ou começava a miar irritado.

Pego o aparelho apenas encarando a tela e seu número chamando enquanto a música ainda tocava, por um momento penso em atender, mas apenas o jogo na cama e começo a encara-lo com Apollo, você não desistia nunca, você havia ligado diversas vezes e eu apenas não atendia por medo do que aconteceria, o que eu tinha que falar, como eu tinha que conversar com você, eu me sentia tão insegura com o que dizer a você que não atendi o celular nenhuma vez, porque um lado eu queria o ignorar para desistir de mim e o outro queria tanto falar com você, mas tinha medo de você me achar uma idiota, é tão estranho sabe? Estarmos sempre procurando a aprovação de um desconhecido, sempre agindo calculamente com o que falar e como agir, deixando muitas vezes de sermos nos mesmos com medo da pessoas que quer se aproximar não gostar de você.

Alissa era minha única amiga no colégio, eu nunca gostei de me aproximar com pessoas por causa disso, só que com Alissa eu conseguia ser eu mesma, sem ter que fingir não ligar para coisas que eu faria, ou sem falar demais e sempre calcular as palavras certas para se dizer, porque Alissa era assim, ela gostava de mim da maneira que eu era sem eu ter que fingir ser algo além, ela me fazia me sentir bem comigo mesma assim como você.

E quando eu agarrei o celular nervosa um pouco e pronta para te atender, a chamada parou, você não ligou mais, fiquei esperando por uns minutos ainda apenas mais um toque mas o celular ficou em silêncio total, porque você deve ter me achado uma babaca que estava o ignorando, e eu realmente era mas só que era tão difícil agir perto de você Noah, você sempre me deixou sem palavras, sempre vez eu agir impulsivamente sem pensar em nada ao não ser estar com você, você me proporcionou emoções e momentos que eu apenas havia lido sobre.

Você fez eu agir como eu mesma perto de você, sem ligar quando eu tinha crises de insegurança e complicava tudo, você nunca desistia, e acho que isso é uma das coisas que mais aprecio em você, você nunca foi embora de vez quando discutíamos ou quando eu tentava fazer de tudo para terminamos porque nunca me achei suficiente a você.

E você apenas merece felicidade Noah, você merece todo o amor que hesitei em dar, você merece uma pessoa que o apoie de verdade e seja tão incrível como você. Eu não sei se irá ler essas linhas algum dia, ou apenas joga-las fora ou em torno de uma fogueira, mas saiba Noah eu o amei em todo momento que estivemos juntos e até antes mesmo, e eu me culpo todos os dias por não ter o feito feliz de verdade e terminarmos daquele jeito, semprei acreditei que havia dois tipos de finais: os "felizes" e os necessários, mas felizes apenas existiam em palavras de livros e roteiros de filmes, as pessoas sempre opinaram pelos necessários e não vi escolha ao fazer o mesmo.

Hope & NoahWhere stories live. Discover now