AMOR

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Promise me
You'll always be
Happy by my side
I promise to
Sing to you
When all the music dies

And marry me
Today and everyday
Marry me

Train - Marry Me

Amor, se eu sabia o que era esse sentimento eu estava completamente enganado

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Amor, se eu sabia o que era esse sentimento eu estava completamente enganado. Tá certo eu amei e ainda amo minha mãe, eu amo meu irmão e meus sobrinhos, mas amar uma mulher e amar um filho eram sentimentos completamente diferentes. Era como se eu só existisse depois de tê-las na minha vida, como se antes disso eu nada fosse, eu não existisse. Os meus amigos do quartel até caçoavam de mim, porque agora eu era o primeiro a ir embora e o último a aceitar horas extras, o meu exato oposto do que eu era sem elas. Agora eu corria tomar banho quando acabava o meu turno pra poder correr pra casa e encontrar as duas jogadas no meu sofá, tapeta, na minha cozinha, onde fosse. Minhas coisas, minha casa já não eram mais minhas tudo agora tinha cheiro de leite, fraldas, bebê, minha casa agora era um território de uma pessoa só, e essa pessoa se chamava Hope. 

Hope, essa era o centro do meu mundo, com seus seis meses completos ela me tinha em suas gordinhas e pequenas mãos  e sabia muito bem disso. Ela que agora sentava sozinha sabia que era só gritar um pouquinho mais alto que eu estaria ali pra socorrer, enquanto a mãe dela só me falava que eu estava estragando a menina. Era eu passar pela porta da casa e gritar "cadê meu boneco da michelin preferido" pros seus gritinhos serem ouvidos, independente de onde ela estava. Eu fazia questão de me fazer presente em todos os momentos possíveis, desde brincadeiras, a troca de fraldas e banhos, eu era presente em tudo e as vezes até me arrependia disso, principalmente quando ela achava que poderia romper a camada de ozônio sozinha, e acredite, o pequeno estomago dela tinha poder pra isso.

Quanto a Mariana essa ainda era uma incógnita pra mim, as vezes eu tinha a impressão de que ela ainda desconfiava de que da noite para o dia eu me tornaria um maníaco e mataria ela com requintes de crueldade e criaria Hope sozinho, outras vezes eu achava que ela era apaixonada por mim (tá, eu acho que nessas vezes era só o reflexo do que eu sentia) e em outras vezes eu achava que ela ainda estava perdida no seu mundo, descobrindo como ser mãe, ter uma pequena confecção e dividir a casa com um cara, devia ser confuso pra ela, ainda mais depois que ela começou a receber chamadas dos pais dela exigindo que ela voltasse e dizendo que se ela o fizesse eles ainda conseguiriam arranjar um casamento pra ela, e isso estava acabando com a sanidade mental dela, mas hoje eu tinha algumas surpresas pra ela e esperava que ela não me matasse no fim. 

-Cadê meu boneco da michelin favorito? - falei fechando a porta da entrada atrás de mim. 

-Estamos na cozinha. - ouvi a voz de Mariana dizendo sendo seguido por um grito de Hope.

-Oi meu pequeno amor. - falei tirando Hope da cadeirinha e indo até Mariana e dando um beijo na sua bochecha. - Oi Mari. 

-Oi, você chegou cedo hoje. - falou amassando uma banana que eu sabia que Hope sujaria tudo com ela. 

HopeWhere stories live. Discover now