A Obreira Real (Em revisão)

Falta tão pouco...

-Princesa!-Grita Leandro batendo na porta.

-Por favor 'Lê', não complica as coisas-digo chorando.

-Não complica você Helena, lembra que em breve seremos felizes, por favor abra a porta, não chegamos tão longe para desistir agora, falta tão pouco para as coisas mudarem, poxa, também é difícil pra mim, porém, eu me mantenho firme por você, então por favor, você não pode fazer isso comigo, não pode acabar com o nosso futuro. O que todos vão dizer? Me diz?-diz Leandro.

-É isso que te preocupa? As aparências? Claro...é tudo o que você pode oferecer, não é? Aparência. Leandro você não cansou de viver assim não? Não cansou de ser consumido por um vazio? Por favor...Eu apenas quero ser feliz...E espero poder ser, quando nos casarmos-digo jogando o caco de vidro no chão.

Abro a porta e Leandro me olha espantado.

-Ou então, não exitarei em tirar a minha vida-digo e vou pra casa logo após vestir a minha calça.

Leandro ficou paralisado na porta do banheiro, ele não sabia o que fazer, não sabia o que falar, apenas estava muito assustado, e tentava digerir o que estava acontecendo.

Chegando em casa, fui tomar um banho para limpar todo aquele sangue, e em seguida fui comer algo.

Vida_Como você está?

Eu_Como você acha?

Vida_Eu não gosto de te ver assim princesa.

Eu_Eu também não...Mais é assim que eu preciso me ver todos os dias.

Vida_E os cortes? Como pensa explica-los?

Eu_Eu não cortei meus pulsos, apenas a barriga e as pernas, ninguém irá ver.

Vida_Mesmo quando você estiver com o vestido de obreira?

Eu_Sim, mesmo com ele.

Vida_Que bom, se cuida viu? E não esqueça que em breve as coisas irão mudar.

Eu_Eu espero que sim

Desligo a tela do meu celular e o jogo pro lado. Meus olhos ficam marejados e lágrimas escorrem pelo mesmo lentamente.

Quando levanto minha cabeça, vejo a bíblia em cima da mesa.

PEGUE, EU AINDA QUERO FALAR CONTIGO!

NÃO FAÇA ISSO, É APENAS UM LIVRO IDIOTA!

Me levantei e fique de frente para a bíblia, então eu a peguei, e fui sentar novamente. Comecei a folhe-a-la, quando de repente tudo fica preto.

Quando voltei a mim, a bíblia estava toda rasgada no chão, e minha roupa estava toda relaxada e por partes rasgada. A principio eu não entendi nada, porém, depois caiu a ficha do que realmente havia acontecido.

Uma raiva surgiu em meu peito, então foi quando eu subi para o meu quarto.

-Chega! Eu devia ter me matado aquela hora, não sei por que não fiz isso-digo pra mim mesma.

Peguei alguns comprimidos, de relaxantes muscular, e um remédio que minha mãe tomava, antes de ser curada, quando ainda tinha pressão alta, que por coincidência ela havia esquecido de jogar fora.

E quando fui toma-los o telefone toca.

Tum Te Tum Te Tum

Droga nem pra morrer tenho sossego. Jogo os comprimidos na comoda e vou atender

Eu~Alô?

Tia~Oi mocinha, que saudade, liguei pra confirmar se você vai vir passar um tempinho comigo.

Eu~Olha tia, não sei se vou conseguir não.

Tia~Qual é Helena, você me prometeu, e eu quero tanto te ver, eu te amo muito minha sobrinha linda, e você pra mim é como a minha filha.

Eu~Tudo bem tia, rs eu estou mesmo precisando de um tempo.

Tia~Ebaa, eu também quero desejar os parabéns, soube pela sua mãe que ficou noiva, ah nem parece mais aquela mocinha sapeca que vivia me dando trabalho.

Eu~Quem me dera se eu parecesse pelo menos um pouco ela, rs mais qual é tia, eu nunca dei trabalho!

Tia~Estou brincando minha sapeca, te espero aqui hein, ou melhor, o Rio te esperaa. Te amo Heleninha tchau.

Eu~Ok tia, eu também te amo.Tchau

Talvez seja disso que eu precise, de um descanso, eu só quero que as coisas mudem, e que eu possa ser feliz de verdade ao lado de Leandro.

Joguei os comprimidos fora junto com a bíblia rasgada e fui me trocar, meus pais e meu irmão não podiam me ver assim.