Chapter 14 - Medo

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A curiosidade e ambição corriam pelas minhas veias de maneira constante. Era quase impossível parar agora, eu não queria parar. Eu estava muito perto de achar a câmara secreta e conseguir fazer minha primeira horcrux, não importa quem seria a vítima. Desde que não fosse Angel.

Angel.

Eu não podia fazer isso, ela nunca me perdoaria. Mas a vontade de ser imortal, superior a todos os bruxos do mundo e se tornar a pessoa mais forte e poderosa que todos temerão.... eu estava dividido entre ficar com Angel ou abandona-la para seguir meu caminho pelas Artes das Trevas. Seria uma decisão difícil, pois eu sei que Angel nunca aceitaria tirar a vida de alguém apenas para ter imortalidade, diferente de mim, Angel possuía um coração bom. Eu não podia estragar isso nela.

Quando a encontrei desmaiada na biblioteca, meu coração se apertou fortemente e meu corpo travou. Eu quis me desesperar quando imaginei que ela estivesse morta, mas me recusei a pensar no pior. Eu percebi que ela estava lendo sobre as horcruxes antes de desmaiar, o que me levou a crer que Slughorn tenha contado para ela.

Eu apenas a peguei no colo e levei com calma até meu quarto, ignorando todas as pessoas que vinham em direção a nós com curiosidade. Depositei Angel em minha cama e sentei ao lado dela, aguardando até que ela acordasse.

Após longas horas esperando, eu já estava deitado ao lado dela quando ela finalmente acordou, se sentando na cama e colocando a mão na cabeça.

- Tom? – Ela me encarou confusa, mas logo fez uma feição que não consegui decifrar. – O que aconteceu? – Ela perguntou baixo, desviando o olhar para baixo.

- Encontrei você desmaiada na biblioteca. Você tomou café da manhã hoje? – Ela penas negou com a cabeça e se levantou, mas segurei o pulso dela antes que Angel andasse até a porta.

- Por favor... – Ela olhou para minha mão que segurava ela, implorando, silenciosamente, que eu a soltasse. Eu entendi que se Angel continuasse falando, ela iria chorar. E sei que ela não quer isso.

Apesar da escuridão e pouca iluminação do quarto, que vinha da lareira, consegui ver que os olhos dela estavam marejados. Angel engoliu o choro e respirou fundo, me olhando nos olhos pela primeira vez hoje.

- Me solte. – Ela disse, exigente. Eu queria obedecer ela, mas não podia deixar que Angel me deixasse sozinho, eu precisava dela.

- Porque está irritada? – Decidi fingir que eu não sabia de nada, me mantendo firme e esperando que Angel contasse o que ela sabia.

- Você pretende matar alguém só para se tornar imortal? – Angel não segurou e soluçou, começando a chorar. Meu coração se despedaçou ao vê-la assim, eu era o motivo de tal sofrimento. – Porque, Tommy? Esse não é você...

- Você não sabe quem eu sou ou não, Ma Belle. – Minha voz saiu mais rude do que eu gostaria. – Tirar a vida de alguém é um pequeno preço a se pagar pela imortalidade.

- Pequeno? Como você consegue dizer isso?! – Ela puxou o pulso dela com força de minhas mãos, mas eu apenas a apertei ainda mais e respirei fundo, tentando não perder a paciência. – Tom, eu já não reconheço mais você. O que aconteceu? Por que você está fazendo isso?!

- POR QUE EU NÃO QUERO MORRER! – Eu gritei, me levantando da cama e puxando seu pulso para que ela deitasse no colchão, assustando ela. – Eu tenho medo de morrer, Ma Belle, entende isso?! Eu passei muitos anos na escuridão e sozinho, no frio e querendo apenas o carinho de alguém, mas tudo o que eu ganhei foi dor e sofrimento. Acha que aqueles garotos do orfanato não xingavam minha mãe de prostituta e de aborto? Eles chamaram ela por nomes deploráveis, Ma Belle, coisas que eu tenho vergonha de lembrar, mas eu não podia defender ela por que eu nem conhecia ela! Eu não sei se ela foi uma prostituta ou não, se ela foi um aborto ou se sequer me amou algum dia! Eu não sei o que acontecerá comigo depois da morte, mas eu não quero morrer e ser aprisionado nessas lembranças para sempre, Ma Belle. – Ela ficou em silêncio, seus olhos estavam marejados. Eu podia ver a dor estampada em seu rosto. – Eu preciso que você me entenda, Ma Belle. Eu não quero e não irei morrer, não importa quem tenha que morrer para isso. – Ela fechou seus olhos e engoliu em seco, uma lágrima escorreu pelo seu rosto lentamente. – Por favor, diga alguma coisa... – Eu me sentei ao lado dela e esperei pacientemente por sua resposta, mas Angel apenas ficou em silêncio.

Eu suspirei e soltei seu pulso, vendo ela ir na direção da porta e sair rapidamente. Eu havia arruinado nossa amizade, eu sabia disso. Eu precisaria de muito esforço para fazer ela me perdoar, mas não tenho tempo para me concentrar nisso agora. Apenas me levantei e peguei o diário que Angel havia me dado, começando a anotar minhas ideias e fingindo que estava tudo bem. Mas não estava.








estou depressiva após esse capítulo 👍🏼

como estão se sentindo hoje?

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Possessive || Tom RiddleWhere stories live. Discover now