Após a morte dos pais, Angel Swan, uma garotinha de apenas 9 anos, passa a morar no Orfanato Wool, onde conhece seu melhor amigo; Tom Riddle. Os dois vivem uma amizade saudável e bela, mas que muda drasticamente assim que Tom descobre ser um bruxo e...
Alerta de gatilho agora no começo do cap, se for sensível ao conteúdo, por favor, pule os parágrafos que estão em itálico.
Itálico = frases assim.
Enquanto eu anotava meus planos futuros em meu diário, pude perceber que algumas lembranças de Angel que eu ainda não tinham visto estavam querendo entrar na minha cabeça, como se ela estivesse sonhando com isso. Eu coloquei a mão na testa e respirei fundo, sentindo minha mente doer cada vez mais.
Havia um cara me perseguindo, eu estava correndo dentro de uma casa completamente desconhecida, mas bonita. O corredor em que eu me encontrava parecia não ter fim, mas o cara parecia estar cada vez mais perto de mim. Vez ou outra eu olhava para trás, preocupado com a proximidade do homem. Infelizmente, senti meu braço ser agarrado pelo cara grande e de cabelos loiros, com a idade parecida com a do pai adotivo de Angel, Gabriel. Eu puxei meu braço com todas as minhas forças, mas foi inútil, o homem era mais forte que eu.
- Venha, florzinha. Seu pai disse para eu cuidar de você, não disse? Quer ser uma menina má ou uma menina boazinha? – A voz do homem me trouxe tantas coisas ruins que me senti doente, enjoado. Eu comecei a entrar em pânico, meu rosto começou a ficar encharcado de lágrimas. Eu queria pedir para que ele parasse de me levar para onde estava levando, mas minha voz não saia. Eu já não conseguia mais me mover. Só pude sentir as mãos do homem pelo meu corpo frágil e infantil.
Eu abri meus olhos rapidamente e respirei fundo, eu estava ofegante. Meus olhos se direcionaram para Angel na cama, pude ver que ela soluçava baixinho. Eu relaxei meus ombros e suspirei, me levantando da poltrona e caminhando para o lado da cama em que ela estava. Eu me agachei, ficando da altura do rosto dela, e analisei sua face. Ela estava com os olhos fechados, mas eu sabia que ela estava acordada. Seu rosto estava com lágrimas secas e o nariz avermelhado. Certamente, ela havia chorado por conta do pesadelo. Foi então que eu percebi que Angel sempre mentia quando dizia que seus pesadelos eram plantas raivosas tentando a matar, era sempre aquele homem que a assombrava. Eu não precisava de muita coisa para saber o que tinha acontecido.
- Porque nunca me contou? – Eu perguntei, baixo. Angel franziu a testa levemente, abrindo seus olhos e me encarando de volta.
- Como você sabe? – Eu travei por um momento.
- Você estava falando alguma coisa enquanto sonhava, então entrei na sua mente para ver o que estava acontecendo. Você estava sonhando com... – Eu parei de falar, vendo que ela havia entendido. Por um momento, Angel havia ficado pálida. Ela estava com medo que eu fosse ver seus planos de fuga e conspirações contra mim. – Por que não me contou sobre isso?
- Não achei necessário. – Ela engoliu em seco. Angel apenas não queria me contar pois isso a relembraria dos detalhes da situação, ela se sentia horrível.
- Não foi sua culpa. – Ela me olhou, seus olhos transmitindo um silencioso agradecimento. – Quem é ele? – Apesar de eu já saber o nome e as características do homem, eu precisava saber se Angel ainda confiava em mim. Se ela ainda estaria aberta para desabafar comigo, ou se ela, realmente, estava querendo se afastar de mim.
- Fleamont. – Eu quis suspirar de alívio. – Fleamont Potter. – Apesar de estar aliviado, eu ainda sentia o ódio daquele homem crescer dentro de mim. Eu teria planos pra ele, com certeza. Apenas respirei fundo e me levantei, levando uma de minhas mãos até os cabelos de Angel e os acariciando, ela ficou contente com a carícia.
- Volte a dormir. Garanto que você não terá mais pesadelos. – Quis sorrir quando ela pensou que eu a ajudaria a dormir, como da última vez. Mas logo me irritei quando ela ficou aliviada ao ver que eu não faria nada. – Quer ajuda para dormir?
- Não, não precisa. – Segurei a risada quando ela sorriu nervosa e voltou a se cobrir com o cobertor. Me aproximei dela e depositei um beijo no topo da sua cabeça, atento às suas reações diante de mim.
Angel já estava com sono novamente quando me sentei na poltrona, voltando a escrever. Não foi difícil esperar até ela cair no sono, eu logo me concentrei no diário novamente e fiquei assim até o amanhecer, não me preocupando em dormir ou descansar. Eu precisava manter tudo anotado para o meu plano.
- Bom dia. – Ouvi a voz doce de Angel dizer baixinho ao meu lado. Eu levantei a cabeça e encarei seus cabelos rebeldes e seu rosto cansado, sorrindo com isso. Ela havia acabado de acordar, mas continuava magnificamente bela.
- Bom dia, Ma Belle. Como dormiu? – Ela não havia tido mais pesadelos, isso era fato. Porém, por alguma razão desconhecida, senti que Angel havia dormido mal, como se faltasse algo ali com ela.
- Bem. – Ela suspirou e tirou o cobertor de cima do corpo. – Suponho que você nem dormiu. – Eu assenti, concordando com a suposição dela. Pude ver Angel revirar seus olhos e se levantar da cama, ela detestava quando eu passava as noites em claro. Segundo ela, isso me deixava cansado o dia todo e fazia com que eu não prestasse atenção nas aulas. E isso faria mal para minha saúde mental. Ela estava completamente certa.
- Feliz aniversário, aliás. – Eu disse, vendo ela parar no lugar e se virar para mim, um sorriso sincero desenhado nos lábios rosados.
- Feliz aniversário. – Nos encaramos por alguns segundos, não precisávamos dizer nada para expressar o que ainda sentíamos um pelo outro. Seus olhos abandonaram os meus primeiro, se voltando para o banheiro. Eu respirei fundo pelo nariz e fechei meu diário, murmurando o encantamento de sempre para mantê-lo longe de mãos alheias.
- Quer dar uma volta em Hogsmade essa tarde? – Eu perguntei enquanto me levantava e ia até o guarda-roupa.
- Claro. – Angel apareceu no quarto novamente e veio até mim, catando algumas roupas no guarda-roupa também. – Eu preciso comprar mais ração para Angel e Alface.
- Ótimo. – Eu saí dali após pegar minhas roupas e fui na direção do banheiro. – Sairemos após o almoço. – Avisei antes de fechar a porta. Por um segundo, eu parei e me concentrei apenas em saber o que Angel estava pensando e sentindo. Por incrível que pareça, ela estava feliz em poder sair comigo hoje. Me senti contente ao perceber isso. Porém, percebi que ela estava com as expectativas baixas por causa do meu temperamento. Ela sabia que, toda vez que nós saíamos, eu ficava emburrado e com a cara fechada o tempo todo e acabávamos voltando para Hogwarts sem ter nos divertido. Um sorriso pequeno se desenhou em meus lábios, junto com um plano.
como vocês estão se sentindo nessa sexta-feira de sol linda? eu estou completamente feliz e ansiosa com o decorrer da história.
Ainda hoje sai mais, postarei o máximo que eu conseguir.🤍
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