Chapter 44 - Desmascarada

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- Tem razão, eu odiei seu plano. – Eu disse, me levantando da cama e andando pelo quarto, nervosa. – Theo, não podemos seguir com esse plano.

- Sim, nós podemos. – Ele se levantou e veio até mim, segurando ambas minhas mãos. – Você vai estar segura, salva de May. Isso é o que importa.

- Não, não me venha com essa agora. – Eu esbravejei, me afastando de Theo. – Vamos cancelar esse pl..

- Ele tem razão, Ma Belle. – Ouvi a voz de Tom atrás de mim, o que fez eu virar a cabeça e encará-lo confusa. A quanto tempo ele estava nos ouvindo? – Esse plano com certeza vai dar certo, mas precisamos que um de nós se sacrifique para isso. – Eu rangi meus dentes e caminhei até ele, pisando firme.

- Nenhum dos homens que eu mais amo irá se sacrificar! – Eu esbravejei, apontando com o dedo indicador na cara de Tom.

- Isso não cabe à você escolher. – Theo murmurou, suspirando e se sentando na minha cama. – Você ouviu todo o plano, Tom? – Ele assentiu, indicando que sim. – Ótimo, então vamos prosseguir com isso. – Theo veio até mim, eu já sabia o que ele iria fazer, então eu fui para longe dele e peguei minha varinha, apontando para o mesmo. – Não torne isso mais difícil do que já é, anjinha.

- Immobilus! – Observei a luz azul atingir o corpo de Theo, o mantendo imobilizado. Eu apontei para Tom, que revirou os olhos e balançou a cabeça em negação. – Immobilus! – Ele desviou do feitiço facilmente com um movimento de mão.

- Ma Belle, isso é ridículo. – Ele fez uma cara de tédio, seus olhos se focando na figura de Theo no chão. Eu aproveitei para imobilizá-lo da mesma forma que fiz com Theo . Observei os dois me olharem irritados, sem conseguirem falar ou fazer nada.

- Deveriam saber que eu não deixaria vocês se arriscarem por minha causa. – Eu caminhei até Tom e suspirei, levando uma de minhas mãos até seu rosto e acariciando. – Esqueceu do que eu disse? Eu seria capaz de dar minha vida por você, Tom, do mesmo jeito que você daria a sua por mim. Mas eu não deixaria fácil para você. Sempre que eu puder mantê-lo seguro, eu irei. – Pude ver uma gotícula de suor escorrer pela lateral da sua cabeça, ele estava lutando contra o feitiço. – Eu te amo, não se esqueça disso. – Eu sussurrei, depositando um beijo em seus lábios.

Caminhei até Theo, que também parecia estar lutando contra o feitiço, e sorri, colocando minhas mãos em seu rosto. Depositei um beijo demorado em sua testa e me afastei para olhá-lo nos olhos.

- Vejo você depois, Theo. – Pude ver uma lágrima escorrer de seu olho. – Não se preocupe, eu não vou morrer. Tenho um plano que vai fazer com que todos nós saiamos vivos. – À essa altura, Tom já sabia do meu plano. Eu olhei para ele, um olhar muito significativo. Nesse momento, ele sabia. Deixei com que ele descobrisse.

Eu me virei, ignorando os gritos internos de Tom para mim, e amarrei meus cabelos em um coque com minha varinha, fechando a porta em seguida e trancando-a com "colloportus". Caminhei rapidamente até o quarto de May e entrei sem bater, vendo ela sentada na sua escrivaninha conversando com alguém pelo anel. Um sorriso se estendeu em meus lábios.

- Essa é a pessoa com quem você tanto conversa? A que está em Azkaban. – Pude ver o pavor nos olhos dela. May sacudiu o anel rapidamente, fazendo com que o holograma sumisse. – Oras, porque não me deixou vê-lo?

- Angel... - Ela se levantou e pigarreou, colocando seu anel de volta em seu dedo. – O que... o que está fazendo aqui? Pensei que estivesse com Theo.

- Eu estava, mas ele e Tom estão ocupados agora. – Eu fui até ela e entrelacei nossos braços, sorridente. – O que acha de sairmos para uma volta? – Um pequeno, quase imperceptível, sorriso se desenhou nos lábios de May.

- Claro. Você já tem algum lugar em mente? – Ela andou comigo até a saída de seu quarto. Tudo estava caindo como uma luva.

- Na verdade não. Apenas queria sair um pouco da rotina cansativa de estudos. Você pode escolher para onde iremos. – Dei de ombros, vendo ela assentir lentamente.

- Sua sorte é que já tenho um lugar em mente. – Ela andou saltitante, me puxando junto com ela, e pegou sua varinha. – Sei que não podemos aparatar em Hogwarts, mas eu não conto se você não contar. – Eu sorri. May sacudiu sua varinha. Pude sentir o puxão forte em todo meu corpo se intensificar e logo diminuir quando pousamos em uma superfície fofa. Eu olhei para baixo e pude ver a neve branca cobrindo meus sapatos. Eu olhei para May, que havia pego seu anel e ligado seu holograma. – Estou com ela aqui. Foi mais fácil do que eu esperava. – May me olhou e me deu uma piscadela. Eu forcei uma cara de surpresa e indignação. – Posso acabar com ela ou você quer vê-la primeiro, pai? – Por um segundo, minha feição vacilou. Eu não sabia que ela era filha dele, apenas sabia que eles estavam ligados. Foco, Angel. – Ok. Onde quer que eu deixe o corpo dela? – Pude ouvir o que Grindelwald disse. Mentalizei um sorriso. Ela sacudiu seu anel e o colocou de volta no dedo anelar. – Então, estrelinha, sei que deve estar surpresa e tudo mais. – Ela apontou sua varinha na minha direção. – Me dê sua varinha.

- Porque está fazendo isso, May? – Ela engoliu em seco. – Pensei que éramos amigas. – Eu levei minhas mãos até meus cabelos e puxei minha varinha, sacudindo ela discretamente enquanto mantinha a atenção de May em meus olhos. – E nossos planos de nos formar e morarmos perto uma da outra? E aquela sua ideia de ser madrinha dos filhos que um dia eu terei?

- Foi tudo enganação, estrelinha. – Ela puxou minha varinha da minha mão e se afastou. – Eu sou como uma cobra, Angel. Eu minto e engano se for preciso. – Pude ouvir os barulhos de aparatação de longe. Eu suspirei antes de sorrir.

- Então somos duas cobras. – Ela franziu a testa quando eu saí da sua mira. Dei uma rasteira nos pés de May, fazendo-a cair no chão e grunhir de raiva. Tirei as duas varinhas de sua mão e coloquei meu pé em seu peitoral, vendo os aurores apontarem suas varinhas para a figura de May caída no chão. – Nunca mais pense ser mais esperta do que eu, May. Eu sou Angel Dumbledore. Nem você e nem seu pai são páreos para mim. – Eu tirei meu pé do peitoral dela e quebrei sua varinha, jogando os pedaços que sobraram no chão.

- Se afaste, senhorita Dumbledore. – Ouvi a voz do Ministro. Eu me afastei de May e fiquei atrás dos aurores, vendo eles a prenderem com um feitiço. May tentou gritar, mas logo sua voz foi silenciada. – Obrigada por nos chamar, Angel. Estamos cada dia mais perto de Grindelwald. E, graças a você, agora temos uma ligação direta com ele.

- Não é à mim que você deve agradecer, senhor Ministro. É ao senhor Theo Mountbatten. – Ele sorriu e assentiu, se afastando e ordenando aos aurores que levassem ela para o Ministério. Eu ajeitei minha postura e sacudi minha varinha, aparatando para Hogwarts novamente.

Ainda não acabou.



como estão, bombons?

como estão, bombons?

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Possessive || Tom RiddleWhere stories live. Discover now