3 - Primeira Aparição

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Pela manhã

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Pela manhã...

- Morgan.  - Escuto uma voz arrastada, rouca e um pouco grossa. Ainda acordando, franzi o cenho.

- Morgan. Acorde. - Escuto a voz de minha mãe desta vez. Abri os olhos de leve, e notei seu olhar ainda abatido de ontem -  Bom dia.. Minha coelhinha.  - Coelhinha: Apelido de infância.

- Bom.. Dia.  - Murmurei sonolenta.

- Eu... Prefiro que não vá à escola hoje.  - Me levantei rapidamente.

- Como assim? Por que não?

- Não sabemos onde Will está. Pode ter sido sequestrado... Ou algo.. Pior. Fique.

- Mãe.  - Segurei sua mão. Estava fria por conta de seu nervosismo -   Não vai acontecer nada. -  Não tenho nenhuma certeza disso.

- Mas...  - Ela começou e uma lágrima derramou.

- Okay!   - Ergui minhas mãos em rendição -   Não vou ir para a escola!

- Obrigada, minha coelhinha linda.  - Ela beijou-me na bochecha e saiu de meu quarto fechando a porta. Comecei com planos que, assim que der o horário da saída da escola, irei me encontrar com eles. Como ainda era muito cedo – 6hrs da manhã – voltei a dormir mais um pouco, e sem pesadelos desta vez.

Como tinha planejado, fui para escola no final das aulas, me encontrei com eles saindo. Todos falaram meu nome e vieram até mim.

- C-como você.. E-está? 

-... Eu vi Will.  - Falei num murmuro baixo. Todos sorriram, menos eu -  Mas... Não vivo.   - Suspirei baixo.

- S-Sinto muito, M-Morg.  - Bill tocou em meu ombro como gesto de passar conforto.

- É. Sinto muito.  - Continuou Richie e logo todos falaram o “Sinto muito”, e só balancei a cabeça.

- E para piorar.. Ele é um dos desaparecidos. Se é que me entendem.  - Digo e eles se entreolharam.

- Foi ele.  - Concluiu Mike.

- Exatamente.  

°°°

Certa tarde de domingo, fiquei andando de skate na minha rua e revisava ir na rua de trás. Estava começando a ficar escuro, parecia que ia chover a qualquer momento. Olhei para o lado vendo o outro lado da rua, indo um pouco mais para frente, pude ver a casa abandonada.

Uma música irritante de sorvete começou a tocar derrepente. Jurei que era coisa de minha cabeça enquanto procurava o carro do som, e não encontrei. Ele quer brincar comigo... Não sou mais uma criança. Pensei comigo. Até que, no meio da rua, um balão de gás pelo visto, sendo segurado por uma corda, estava ali.

Meu coração acelerou, já era a segunda vez. Nem notei quando a música de sorvete parou, voltei à realidade e acabei correndo aos tropeços para casa. Acabei recebendo chuva, mas cheguei e me tranquei.

𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18Where stories live. Discover now