Encontro

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- Você está pronta, Hope? - a voz de Charlus, o seu avô, a questionava assim que eles pararam em frente aos portões de Hogwarts.

Hope respirava fundo ao encarar a escola, onde estava o seu senhor ursinho? Tom não havia vindo com eles para a saída à Hogsmeade, disse que preferia não comparecer, mas, que iria vê-la antes de ela ir para lá.

- Ah sim, sim, Charlus - ela o responde com seu semblante alegre, mesmo que seu coração chorasse pela falta de seu Tom.

Charlus sobe em sua carruagem, estendendo sua mão para que ela subisse também, contudo, no segundo seguinte Hope se volta para a voz grossa e potente que a chamava.

- Tommy amor, você veio - Hope se joga nos braços do moreno, Riddle sorri de forma discreta para ela ao dar um beijo em sua testa.

- Deixe-me ver como o meu mel está - ele gira sutilmente o corpo de Hope, que estava usando um vestido branco esvoaçante que a deixava com um aspecto impecável, como uma boneca de porcelana - está incrível, docinho, você é a mulher mais bonita do mundo - o sonserino deixa um beijo em seus lábios vermelhos, Hope sorria abertamente ao dar outros cinco beijos nele quando ficou na ponta de seus pés.

- Tommy, você vai ficar bem, não vai? - Hope o questiona incerta abraçando o corpo forte dele, enquanto Riddle acariciava o rosto da sua princesa.

- Vou, docinho, você deixou tudo certo para mim - Tom afirma ao se lembrar de como ela organizou o dia dele para que segundo ela " ele não se lembrasse dela naquelas cinco horas" , o que ele não discordou, mesmo que sabia que era impossível ele não se lembrar dela, ele não resistiu nem no começo desta manhã quando disse a si mesmo que não iria vê-la partir, ele parou de procrastinar e se arrumou como um doído para ver a sua mulher.

- Eu trago um docinho para você, pode ser, senhor ursinho? - Hope sugere preocupada ao encaixar sua mão com a dele.

- Sim, meu potinho de mel, contarei as horas para vê-la - Tom se despede de Hope dando um último cheiro nos cabelos dela.

- Eu vou voltar rapidinho, se cuide, amor - Hope sela seus lábios uma última vez com o Riddle, antes dele a auxiliar em sua subida à sua carruagem.

- Potter - ele chama a atenção de Charlus para si - espero que cuide da minha mulher com a sua vida, caso contrário, farei com que Malfoy o faça perder todos os próximos jogos do ano - Tom deixa um beijo sobre o dorso da mão de Hope, que o fazia cara feia enquanto Riddle se aproxima do ouvido dela - eu estou brincando, docinho - Tom afirma de forma sussurrada no ouvido da sua garota antes da carruagem partir para longe dele.

Hope sorria enquanto encarava o seu namorado sumir de sua vista, agora o seu dia estava completo, ela estava mais tranquila e poderia ter o seu dia com mais calma.

- Ele é complicado, Hope, mas, se você gosta dele...então é a única - Charlus diz fazendo Hope fechar seu semblante.

- Respeite o meu neném, Charlus, eu não quero que fale mal dele - Hope o repreende magoada pela forma como ele falou do homem em que estava se relacionando.

- Certo, Hope, me desculpe, eu não irei mais detestar abertamente o seu namorado - Charlus sorri para ela enquanto Hope acenava com a cabeça em concordância.

- Acha...acha que eles vão gostar de mim? - A morena o questiona incerta e com uma leve sensação ruim no estômago.

- Eu tenho certeza que eles irão gostar de você, somos família - Charlus a conforta.

- Certo, vai dar tudo certo - Hope sorria abertamente, era a primeira vez em que ela iria conhecer alguém de sua família sanguínea, Charlus e sua família.

Quando enfim chegaram à Hogsmeade, Hope se sentiu como se estivesse vendo o lugar pela primeira vez, era diferente, algumas coisas e lugares estavam diferentes.

A sonserina desce de sua carruagem com o auxílio de Charlus, que se ofereceu para conduzi-la até os Três Vassouras, Hope contava nervosamente cada passo em que dava, ela se acalmou melhor quando adentrou o lugar, era bem parecido em aparência com o que tinha na década de 90, mas, um pouco mais...rústico, talvez fosse essa a palavra correta.

- Estão alí - Charlus diz ao se aproximar com Hope para a mesa mais afastada do lugar, Hope sorria ao pensar que talvez ela pudesse ter um apoio em sua vida, eles eram Potter's e todos diziam o quanto os Potter's eram boas pessoas - Mãe, Pai...essa é Hope Potter, Hope, esses são os meus pais, Henry e Hanna Potter -  Charlus sorria enquanto apresentava seus pais.

Henry era um típico Potter, com seus cabelos cacheados e olhos castanhos, Hanna, era belíssima, tinha olhos azuis e cabelos escuros como os de seu amor.

- É um prazer, Hope querida - a mulher sorria sutilmente ao observar a morena dos pés a cabeça - és verdadeiramente uma Potter, pelo que posso notar - Hanna a cumprimenta com um aceno de cabeça.

- Ah sim, senhora Potter - Hope sorria abertamente para a mulher, ignorando sua falta de decoro em suas ações.

- Sente-se minha querida, sinta-se à vontade - Henry sorria para ela ao mostrar o assento livre ao lado de Charlus.

A morena se senta em seu lugar, se sentindo constantemente desconfortável com os olhares que recebia dos três bruxos em sua volta, estava sendo estranho.

- Então, querida, como você encontrou Hogwarts? - Hanna a questiona ao acenar para que o garçom viesse a servir em sua mesa.

- Ah, bem - Hope inicia sua história da qual ela havia ensaiado para ser dita, ela não gostava de mentir, mas, não era como se ela pudesse dizer que viera da década de 90.

- Entendi, e...você pretende ficar em nossa residência, senhorita? - Hanna indaga com curiosidade mesmo que seus olhos oferecessem um sorriso estranho nos lábios.

- Ah, bem, eu não acho que seja nece - a morena tentava argumentar enquanto a mulher acena com a cabeça.

- Bem, você sabe que não a conhecemos e...você é uma mulher, eu tenho o meu marido, não acho que seja adequado, compreende? - Hannah abraça o corpo de seu marido que sorria abertamente para Hope.

Naquele momento, Hope enfim entendeu, não se pode confiar no que dizem de algo em que não conhecem.

- Olha senhora - Hope novamente é interrompida pela mulher de meia idade.

- Agradeceria se também não viesse a falar publicamente sobre nossa linha de família sanguínea, eu não quero que a imagem da nossa família seja...arruinada - a mulher conclui quando Hope sente o baque em seu corpo em relação à aquelas palavras.

Hope queria chorar...nem mesmo Bellatrix seria tão cruel em suas palavras, ao menos ela seria direta em seu ataque, não se passaria por uma ovelha...e pode ter certeza, de que aquela família não tinha de doce em seus modos e em suas vidas.

The Light of Your Darkness - Tom RiddleWhere stories live. Discover now