Elizabeth Drummond sempre foi um espírito livre.
Dedicada a família e principalmente a irmã, Belinha, ela embarca em uma aventura pelas terras altas a fim de acatar o desejo de sua família para unir os clãs através de um casamento arranjado.
Contud...
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— É isso mesmo — disse Angus. — estamos nos aliando com amigos e inimigos por um bem maior.
— Mas... mas... — as palavras estavam fugindo — Belinha e eu não somos legítimas. Não temos o mesmo sangue que vocês, — argumentou — como uma aliança pode ser feita?
Ao que parecia, Angus já tinha considerado aquilo.
— Não temos escolha. O acordo pede as filhas de Drummond mas não precisamos especificar quais são as filhas.
— Mas isso é traição! — Lizzie não sabia o que pensar.
— Só se for descoberta.
Ela esfregou as têmporas tentando clarear as ideias pois não estava conseguindo entender absolutamente nada. Ia casar?
De repente as paredes pareciam girar ao seu redor.
— Os arranjos já foram feitos? — Se viu perguntando sem emoção alguma.
—Sim. Não há tempo a perder, precisamos fortalecer nosso exército.
— Não consigo entender. O que quer que eu faça? Como devo proceder?
— Vai se apresentar como Rhona Drummond. Temos planos para o casamento e tudo deve acontecer na noite de núpcias. Se tivermos sucesso, com este plano conseguiremos derrubar um dos maiores aliados de Robert de Bruce.
Lizzie tentou ordenar os pensamentos.
— Espere... então esta união não será verdadeira? É isso? Não estamos verdadeiramente nos aliando, estamos enganando nosso inimigo?
— Basicamente isso.
— E decidiu me colocar bem no meio dessa guerra, Angus?
— Queria que mandasse alguma das meninas?
Não, claro que não. Ela sabia que jamais seria possível algo assim. Seu clã estava bem no meio daquela batalha e Lizzie tinha consciência de que não teria como escapar. Mesmo se quisesse não podia ir contra seus deveres. Se precisavam dela, teria que colaborar mesmo que lhe doesse saber que a estavam sacrificando pois era mais fácil mandar uma filha ilegítima do que uma de seu próprio sangue.
— Eu... não sei o que dizer.
— Pense, Elizabeth. — disse Angus — Lutamos ao lado dos ingleses contra Bruce, em breve ele irá nos dizimar. Não importa quando, sabemos que irá. Além disso matou nossa gente, nossos parentes, não podemos esquecer algo assim. Ascender ao trono em uma cerimônia forçada não significa nada, o rei Edward não vai permitir. É nosso dever proteger o país de alguém como ele e nosso papel será de grande importância. Se tivermos sucesso seremos invencíveis.
—Mas então como conseguiu esse arranjo?
— Juramos lealdade ao rei. Mas em verdade estamos do outro lado.
